
A última perda de impacto dentro dos quadros do PT foi a da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, próxima de se filiar ao PV e se candidatar à Presidência em 2010.
De acordo com a cientista política e uma das fundadoras do PT, Sandra Starling, a mudança de rumos e a debandada de políticos importantes da legenda podem ser explicadas pela ausência de democracia no partido."As principais lideranças do partido estão como cordeirinhos do presidente Lula, o partido é para dar voz aos de baixo.
Somos um partido criado de baixo para cima", alfinetou a petista.Uma das principais críticas é a aliança com o PMDB, que o presidente pretende ver expandida para 2010 em uma coalizão para a eleição da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Além disso, a defesa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), das denúncias feitas contra ele e sua família e as falas amistosas de Lula ao ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) são considerados indícios de que o partido mudou a sua conduta.Militante da legenda e um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Emanuel Cancela acredita que o PT deixou de ser um partido diferenciado.
"Acho que o PT tem problemas sim. Como todos os partidos de esquerda do mundo quando chegam ao poder, ele sofre com inchaço, oportunismo", afirmou o petista, que também é diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo (Sindipetro-RJ).
O professor de sociologia política da PUC Minas Moisés Gonçalves não fala em crise interna no PT, mas ressalta que os princípios éticos que norteavam o partido foram abandonados."O PT fez uma opção clara de uma nova identidade, de renunciar a muitas questões que ele defendia antes, em outros momentos ", analisou o professor.
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