Fonte: Portal UAI
O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves recebeu políticos e
autoridades, em uma cerimônia na noite dessa quarta-feira, para a abertura da
exposição permanente sobre a trajetória do primeiro presidente eleito após a
ditadura militar no Brasil.
Em 1985, aos 75 anos, Tancredo já havia sido deputado, governador e
primeiro ministro, quando foi indicado para a Presidência da República pelo
Colégio Eleitoral formado por parlamentares.
Acabou morrendo um dia antes de tomar posse, em decorrência de uma
diverticulite, causando comoção no país.
Ao lado do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e do
senador Aécio Neves (PSDB-MG), neto de Tancredo, parlamentares e ministros
viram, em primeira mão, o que o público poderá conferir gratuitamente a partir
de hoje: fotos e vídeos que contam a história do político mineiro, além de
documentos como o diploma de presidente da República, que ele jamais chegou a
receber.
“Gostaria que ele tivesse tido a oportunidade de receber o diploma, pois
se preparou a vida toda para aquele momento”, lamentou Aécio. “Esse espaço
simboliza a importância não só dele, mas de todos aqueles que construíram o
caminho para a democracia”, afirmou o senador.
Na exposição, uma grande linha do tempo mostra o passo a passo da
trajetória de Tancredo, conhecido por ter sido um dos articuladores da saída
dos militares do poder. “A gente fala muito da importância da memória cívica e
histórica, mas existe outra dimensão, muitas vezes esquecida: a afetiva”, lembrou
Andrea Neves, neta de Tancredo e irmã de Aécio.