O PT quer ocupar as ruas
fingindo lutar pela juventude para impedir os jovens de fazerem manifestação
contra a Dilma.
Na verdade, estão tirando a
voz dos jovens e empurrando o movimento espontâneo para escanteio.
No Grito dos Excluídos,
CUT-SP vai às ruas para defender protagonismo da juventude.
Defesa é também pelo direito
dos jovens que vivem condições precárias no mercado de trabalho.
Juventude que ousa lutar
constrói o projeto popular. Este é o lema que será levado às ruas da capital
paulista no próximo sábado (7), na 19ª edição do Grito dos Excluídos. A ideia é
chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos jovens, como a
violência e o extermínio, principalmente nas periferias das cidades.
Em São Paulo, o ato dos
movimentos popular e sindical, dentre o qual estará a CUT São Paulo, terá
concentração na Praça Osvaldo Cruz, a partir das 8h30. Os participantes
seguirão em caminhada pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio até o Monumento das
Bandeiras, no Parque do Ibirapuera, onde ocorrerá o grande ato.
Entre as principais
reivindicações está a defesa pelo protagonismo da juventude para a construção
de um projeto de sociedade que garanta os direitos dos trabalhadores,
trabalhadoras e da população, como reforma urbana e agrária, saúde, educação e
transporte público de qualidade.
O secretário de Políticas
Sociais da CUT/SP, João Batista Gomes, afirma que a CUT levará em suas
bandeiras a defesa dos direitos da juventude trabalhadora.
“Muitos jovens entram no
mercado de trabalho em condições precárias. Eu, que sempre atuei no serviço
público, posso dizer que isso não é diferente no funcionalismo. Salários baixos
e grandes jornadas de trabalho são alguns exemplos. Fora esta questão, a nossa
Central tem resistido para que o PL 4330, que é o mesmo que rasgar a CLT, não
passe no Congresso”, disse o dirigente, referindo-se ao chamado Projeto da
terceirização, uma tentativa de precarizar ainda mais as relações de trabalho
no Brasil.
De acordo com Gomes, o tema
deste ano traz desafios para o mundo sindical, num momento histórico em que a
juventude sai às ruas para protestar. “Junho e julho foram meses que nos
ensinaram. Não é de hoje que o movimento sindical debate sobre a importância de
maior participação dos jovens dentro das entidades. Para nós, isso ainda é uma
questão a ser superada, ou seja, precisamos descobrir de que forma
conseguiremos abrir espaços para que a juventude ocupe”.
Raimundo Bonfim, coordenador
estadual da Central de Movimentos Populares (CMP), ressalta que é preciso
apostar na juventude que luta. “Apoiamos a juventude que resiste às formas de
opressão e que está nas ruas para brigar por mudanças estruturais. Sabemos que
a desigualdade no Brasil afeta principalmente as mulheres e os jovens”.
A qualidade dos transportes
públicos – bandeira erguida pela juventude no primeiro semestre deste ano – foi
outro tema destacado por Bonfim. “No Grito dos Excluídos vamos denunciar a
corrupção dos governos tucanos nos metrôs e trens paulistas. Exigimos a criação
de uma CPI para apurar os desvios que vêm sendo feitos há 20 anos pelos tucanos
em São Paulo”.