sábado, 7 de setembro de 2013

No Grito dos Excluídos, CUT-SP vai às ruas para defender protagonismo da Juventude

O PT quer ocupar as ruas fingindo lutar pela juventude para impedir os jovens de fazerem manifestação contra a Dilma.

Na verdade, estão tirando a voz dos jovens e empurrando o movimento espontâneo para escanteio.

No Grito dos Excluídos, CUT-SP vai às ruas para defender protagonismo da juventude.
Defesa é também pelo direito dos jovens que vivem condições precárias no mercado de trabalho.

Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular. Este é o lema que será levado às ruas da capital paulista no próximo sábado (7), na 19ª edição do Grito dos Excluídos. A ideia é chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos jovens, como a violência e o extermínio, principalmente nas periferias das cidades.

Em São Paulo, o ato dos movimentos popular e sindical, dentre o qual estará a CUT São Paulo, terá concentração na Praça Osvaldo Cruz, a partir das 8h30. Os participantes seguirão em caminhada pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio até o Monumento das Bandeiras, no Parque do Ibirapuera, onde ocorrerá o grande ato.

Entre as principais reivindicações está a defesa pelo protagonismo da juventude para a construção de um projeto de sociedade que garanta os direitos dos trabalhadores, trabalhadoras e da população, como reforma urbana e agrária, saúde, educação e transporte público de qualidade.

O secretário de Políticas Sociais da CUT/SP, João Batista Gomes, afirma que a CUT levará em suas bandeiras a defesa dos direitos da juventude trabalhadora.

“Muitos jovens entram no mercado de trabalho em condições precárias. Eu, que sempre atuei no serviço público, posso dizer que isso não é diferente no funcionalismo. Salários baixos e grandes jornadas de trabalho são alguns exemplos. Fora esta questão, a nossa Central tem resistido para que o PL 4330, que é o mesmo que rasgar a CLT, não passe no Congresso”, disse o dirigente, referindo-se ao chamado Projeto da terceirização, uma tentativa de precarizar ainda mais as relações de trabalho no Brasil.

De acordo com Gomes, o tema deste ano traz desafios para o mundo sindical, num momento histórico em que a juventude sai às ruas para protestar. “Junho e julho foram meses que nos ensinaram. Não é de hoje que o movimento sindical debate sobre a importância de maior participação dos jovens dentro das entidades. Para nós, isso ainda é uma questão a ser superada, ou seja, precisamos descobrir de que forma conseguiremos abrir espaços para que a juventude ocupe”.

Raimundo Bonfim, coordenador estadual da Central de Movimentos Populares (CMP), ressalta que é preciso apostar na juventude que luta. “Apoiamos a juventude que resiste às formas de opressão e que está nas ruas para brigar por mudanças estruturais. Sabemos que a desigualdade no Brasil afeta principalmente as mulheres e os jovens”.

A qualidade dos transportes públicos – bandeira erguida pela juventude no primeiro semestre deste ano – foi outro tema destacado por Bonfim. “No Grito dos Excluídos vamos denunciar a corrupção dos governos tucanos nos metrôs e trens paulistas. Exigimos a criação de uma CPI para apurar os desvios que vêm sendo feitos há 20 anos pelos tucanos em São Paulo”.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Palácio da Liberdade é Tema de Livro que Será Lançado nesta Quinta-Feira

Fonte: Agência Minas

O poder que inspira a arte e a arte que inspira o poder. É esse o silencioso testemunho que o Palácio da Liberdade, antiga sede de governo do estado, traz hoje para o povo mineiro.

Transformado em museu, aberto a visitações públicas e incorporado ao Circuito Cultural Praça da Liberdade, ele pode, agora, revelar os seus segredos.

Se, em outros tempos, sua exuberância serviu de inspiração às tomadas de decisão dos governantes, daqui por diante ela há de inspirar poemas, ensaios estéticos, estudos arquitetônicos e diversas outras iniciativas culturais e artísticas.

Para abrir com chave de ouro essa nova fase, nada melhor que uma publicação que revele a face mais poética desse patrimônio histórico, datado do final do século XIX. É o que se pode encontrar em “Palácio da Liberdade – Arte e beleza no espaço político”.

Idealizado por Marcelo Xavier, que assina ainda o projeto gráfico, e Cláudio Rocha, também produtor executivo, o livro traz fotografias de Marcelo Prates e textos de Gabriel Rocha.  A publicação será lançada nesta quinta-feira (5), às 19h, no Centro de Arte Popular Cemig (rua Gonçalves Dias, 1608, Funcionários). A entrada para o evento de lançamento é franca.

Produzido no final de 2012, durante as preparações para a abertura do palácio aos cidadãos, a obra traz ensaios fotográficos que captam a beleza materializada na arquitetura, na ambientação, no mobiliário, nos objetos e no paisagismo da construção, a partir de ângulos inusitados, alguns deles desconhecidos até mesmo para quem já foi presença constante no Liberdade – fato confirmado pelo relato de autoridades que, mesmo tendo frequentado assiduamente as suas dependências, surpreenderam-se ao folhear as páginas.

Os textos, poéticos e informativos, reforçam o caráter lírico das imagens, ao mesmo tempo em que procuram contextualizar o corpo arquitetônico no tempo e no espaço, o que torna a publicação um guia estético-didático para aqueles que visitam o imóvel pela primeira vez.

Produzido por meio da Lei Rouanet, com patrocínio da Cemig e do Governo de Minas, o livro “Palácio da Liberdade – Arte e beleza no espaço político” marca um momento histórico de encerramento do ciclo político do palácio, contribuindo com a documentação de seu acervo artístico e arquitetônico e, mais ainda, com a sua inscrição definitiva na memória afetiva do Estado. Além disso, afirma o compromisso dos mineiros com a conservação e divulgação do seu patrimônio histórico.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ginásio do Mineirinho Recebe mais uma Edição do UFC

Fonte: Agência Minas
Nesta quarta-feira (4), o Mineirinho sediará o quinto Ultimate Fighter Championship no Brasil. O evento, apoiado pela Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude (SEEJ), começa às 16h30, com o início do card principal previsto para às 20h. Os portões serão abertos ao público às 15h30.
“Ao saber sobre a possibilidade de mais uma edição do UFC no ginásio do Mineirinho, nos empenhamos para priorizar a agenda do espaço e garantir a realização do megaevento na capital”, afirma o secretário de Esportes e da Juventude de Minas Gerais, Eros Biondini. ”Minas Gerais está de braços abertos para receber os maiores lutadores de artes marciais mistas e nosso ginásio pronto para recepcionar convidados de várias partes do mundo. Temos vocação para diferentes modalidades esportivas. E o UFC representa, brilhantemente, essa proposta de reacender o Mineirinho”, destacou.     
No confronto principal da noite, o número três do ranking dos pesos meio-pesados do UFC Glover Teixeira enfrenta o também Top 10 da divisão Ryan “Darth” Bader. Lutando pela primeira vez em seu estado natal, o mineiro de Sobrália Glover procura se consolidar como uma das maiores promessas para enfrentar o atual campeão Jon Jones.
“É um sonho fazer uma luta principal no UFC. Ainda mais no estado onde eu nasci. Não tenho palavras pra descrever o que eu estou sentindo”, declarou Glover Teixeira. “Minha cidade (Sobrália) está muito empolgada. Vou poder lutar na frente da minha família, vão todos viajar para me assistir. Acho que vou precisar de bastante ingresso!”, brincou o lutador.
“Estou ansioso para lutar no Brasil pela primeira vez, ouvi que os fãs são incríveis”, declarou Ryan Bader. “Posso não ser o favorito dos brasileiros, considerando que vou enfrentar um de seus lutadores de maior destaque, mas estou treinando muito, estou pronto para uma guerra. Sei que uma vitória sobre o Glover vai me ajudar a subir no ranking e estou trabalhando muito para voltar à rota do título”, disse.

Outros Confrontos
Dois lutadores Top 5 dos pesos médios se encontram na co-principal luta da noite, quando o ex-campeão brasileiro do Strikeforce Ronaldo “Jacaré” Souza enfrenta o ex-desafiante ao cinturão de Anderson Silva e atual número 3 do ranking, Yushin Okami.  
“Estamos muito felizes por voltar a Minas Gerais, que nos recebeu com tanto entusiasmo da última vez, com o primeiro evento do UFC realizado no meio da semana no Brasil”, declarou o Diretor para Desenvolvimento Internacional do UFC, Marshall Zelaznik. “A energia no Mineirinho foi incrível e esperamos que a animação seja igual dessa vez, com esse card excelente que estamos montando. Será nosso quinto evento no Brasil este ano e a cada edição os fãs conseguem superar nossas expectativas e mostrar porque o país se tornou tão importante para o UFC”, completou.
Também no card do segundo UFC mineiro, o natural de Belo Horizonte Rafael “Sapo” Natal busca sua terceira vitória consecutiva contra o sueco Tor “The Hammer” Troeng. O Estado de Minas Gerais também será representado por Lucas Martins “Mineiro”, que estreia na categoria dos pesos galos contra Ramiro Hernandez Jr. O especialista em jiu-jitsu Jussier Formiga busca sua segunda vitória consecutiva no país, em uma batalha de pesos moscas contra o duas vezes desafiante ao cinturão Joseph Benavidez.       
Voltando à mesma arena que recebeu a primeira final de uma edição do The Ultimate Fighter Brasil, dois destaques da primeira temporada entram em ação: o peso galo Hugo “Wolverine” Viana enfrenta Johnny Bedford, enquanto Marcos Vinícius “Vina” luta contra o estreante no UFC Ali Bagautinov. Além disso, os brasileiros Yuri Villefort e Marcelo “Magrão” Guimarães buscam recuperação após derrotas recentes, enfrentando Sean Spencer e Keith Wisniewski, respectivamente.
O Ginásio do Mineirinho já havia recebido um evento do Ultimate Fighting Championship em junho 2012, quando o UFC 147 coroou os dois primeiros vencedores do The Ultimate.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

(Des)alinhamento

Artigo do senador Aécio Neves para a Folha de S.Paulo

A diplomacia brasileira já viveu dias melhores. As circunstâncias que forçaram a fuga cinematográfica do senador asilado Roger Molina, da embaixada em La Paz para o Brasil, derrubaram o pouco que restava da imagem de profissionalismo da nossa chancelaria.

Longe de ser fato isolado, o episódio se inscreve em um incrível rol de desacertos que se acumulam na gestão da política externa, desde que a ela se impôs um nítido viés ideológico.

O Brasil não reagiu, por exemplo, à expropriação das refinarias da Petrobras em Santa Cruz; colaborou para afastar o Paraguai do Mercosul, abrindo as portas à Venezuela chavista; apoiou com eloquência o governo iraniano e achincalhou o instituto do asilo, ao deportar, em tempo recorde, dois boxeadores cubanos durante os Jogos Pan-Americanos de 2007.

Agora, a contratação de médicos estrangeiros tangencia a dimensão dos direitos humanos, ao impor, apenas aos profissionais cubanos, uma condição de permanência no país que afronta a Constituição.

O governismo tenta reduzir a questão aos que seriam contra ou a favor de contratar mais médicos para a população, evitando o debate em torno da falta de transparência da iniciativa, que alimenta especulações graves: o país negará aos cubanos o tratamento que oferece aos cidadãos de outros países? Poderão, se quiserem, casar e viver no Brasil? Se pedirem asilo, serão deportados?

Ao enfraquecer o patrimônio ético e moral do asilo, que já salvou a vida de centenas de brasileiros vítimas de perseguição política, o país se apequena diante da comunidade internacional.

O esforço feito no passado para reinserir o Brasil no mapa global, com atuação relevante em temas importantes no âmbito multilateral, tem sido muito atingido. A verdade é que a política externa deixou de representar os interesses permanentes do Estado brasileiro para defender o ideário do governo de plantão.

Entre outros alinhamentos, o Brasil deixou em posição secundária a cooperação com os países desenvolvidos para priorizar as relações com nações emergentes e com os vizinhos no continente, em especial os afinados ideologicamente.

Com isso, nossa fatia no comércio internacional vem declinando e nos últimos anos firmamos apenas três acordos comerciais, com países de pouca relevância. Esta política enviesada alija nossas empresas das cadeias globais de produção e, dessa maneira, deixa de gerar aqui empregos de melhor qualidade.

O declínio da credibilidade do Itamaraty é um retrato lamentável de uma gestão submersa em questões ideológicas. E de um governo que se supõe sinônimo de país, incapaz de perceber a diferença entre a conveniência de um e os interesses maiores do outro.