sábado, 20 de fevereiro de 2010

CIDADE ADMINISTRATIVA GANHA VIDA

Segunda-feira, 1,8 mil servidores estaduais estarão em novo endereço no complexo desenhado pelo gênio da arquitetura, Oscar Niemeyer
Ernesto Braga - Estado de Minas
Publicação: 20/02/2010 08:37 Atualização: 20/02/2010 08:54

Passados 70 anos da inauguração dos primeiros prédios projetados por Oscar Niemeyer em Belo Horizonte – a Casa do Baile e o Museu de Arte Moderna, ambos de 1940 e erguidos na Pampulha –, mais um empreendimento do gênio da arquitetura será aberto ao público. A Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, construída às margens da MG-010, no Bairro Serra Verde, na Região de Venda Nova, começa a funcionar segunda-feira. Três andares do Edifício Gerais, além do Centro de Convivência, estão prontos para receber 1,8 mil servidores, primeira leva dos 16 mil que serão transferidos para a nova sede do governo de Minas até o final de outubro.


Todo o mobiliário e equipamentos necessários para que os servidores das secretarias de Planejamento e Gestão (Seplag), Governo, do Gabinete Militar e do Estado para resultados comecem a exercer suas funções na segunda já estão funcionando. São computadores e aparelhos de telefone de última geração, montados em mesas individuais, separadas por divisórias com isolamento acústico. Além de gavetas para guardar documentos e objetos pessoais, cada setor conta também com arquivos deslizantes. “Cerca de 50% dos servidores não tinham acesso à internet nos seus postos de trabalho. Agora, acabou essa história de dividir mesa e computador. Cada um terá seu ambiente individualizado, padronizado para todo mundo”, disse a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena.
Os restaurantes do primeiro andar do Gerais, que vão vender comida a R$ 15 o quilo ou R$ 18 para que a pessoa se sirva à vontade, também estarão funcionando segunda-feira. “Ao todo, serão 30 lojas no primeiro andar, de conveniência, lanchonete, lavanderia e agência de viagem. A previsão é de que até abril tudo esteja pronto”, afirmou Renata Vilhena. O prédio contará ainda com caixas eletrônicos e em cada um dos 14 andares haverá dois refeitórios para os servidores que optarem por levar a comida de casa. Nos últimos dois dias foram feitos todos os testes antes da abertura da Cidade Administrativa. Amanhã, haverá um mutirão de limpeza.

Das sete novas linhas criadas pela BHTrans para o deslocamento de servidores e visitantes até a Cidade Administrativa, três começam a operar segunda-feira: a passagem da 65 (Centro de Belo Horizonte/Estação do Metrô Vilarinho) e da 8650 (Estação do Metrô São Gabriel/Cidade Administrativa) vai custar R$ 2,30, enquanto a tarifa cobrada pelo ramal 642 (estação BHBus Venda Nova / estação Vilarinho) custará R$ 1,65. Outra opção é o ramal 6350 (Estação BHBus Barreiro/Estação Vilarinho), já em funcionamento e com passagem a R$ 2,50. Também começam a rodar os quatro ônibus articulados que vão transportar os servidores gratuitamente da Estação Vilarinho à nova sede do governo, das 7h às 19h.

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Jornal do Comércio: “PSDB descarta Aécio como vice de Serra”, caminho é o Senado

A disposição do governador de Minas, Aécio Neves, de disputar uma cadeira no Senado faz parte de uma estratégia para consolidar seu nome como uma liderança nacional, afirmou nesta quinta-feira o presidente do diretório estadual do PSDB, deputado federal Nárcio Rodrigues. Aécio e o governador de São Paulo, José Serra, combinaram um encontro na próxima semana.

Tucanos mineiros asseguram, porém, que praticamente não há chance de o governador aceitar compor como vice numa chapa encabeçada pelo colega paulista. “O Aécio queria ser candidato à presidência, mas não deu. É candidato a senador e a chegar em Brasília credenciado para exercer a sua liderança nacional”, afirmou Nárcio.

Aliados do mineiro não escondem a irritação com a tese da chapa puro-sangue, considerada “deselegante” e “constrangedora”. Interlocutores de Aécio também encaram com bastante ceticismo a hipótese de Serra possa desistir da disputa na última hora, optando por concorrer à reeleição. Prova disso é que o PSDB-MG já decidiu lavar as mãos em relação à definição da estratégia presidencial do partido, com o argumento de que o diretório regional foi “derrotado” no processo interno.

Nárcio disse que não fará pressão para que Serra anuncie sua candidatura. “Não podemos questionar o time dele e nem questionar o partido, mas não podemos deixar de dizer que o partido fez a escolha que seguia a lógica do governador Serra”, ressaltou.

De acordo com o presidente do PSDB-MG, Serra solicitou uma conversa com Aécio porque vive um “momento de definição” e precisa ouvir as principais lideranças do partido. Nesta quinta-feira, o vice-governador e pré-candidato do PSDB ao governo em Minas, Antônio Anastasia, observou que a vontade de que Aécio seja candidato à presidência ainda “existe e permanece”, mas salientou que ele já manifestou publicamente que irá se candidatar ao Senado.

Porém, partidários de Aécio afirmam reservadamente que a construção de uma chapa envolvendo os dois governadores esbarra no fato de que eles possuem estilos muito diferentes, “incompatíveis para uma caminhada conjunta”. Alegam que o mineiro não tem vocação para ocupar um espaço de “submissão” que costuma ser reservado aos vices e prefere ser “dono de seu mandato”. Pela estratégia do PSDB mineiro, o governador retornaria ao Congresso liderando uma “renovação” para chegar à presidência do Senado ou mesmo da legenda tucana.



Fonte:Aecio Presidente

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Escola Viva retoma atividades em 2010 com visita à exposição


Até o dia 26 de fevereiro, cerca de 2,6 mil alunos de escolas que fazem parte do projeto Escola Viva, Comunidade Ativa, da Secretaria de Estado de Educação (SEE), vão visitar a exposição organizada pelo jornalista Bernardino Furtado. “Cumplicidade: 20 anos de reportagem, 20 fotógrafos – Olhares para o Brasil e Brasileiros” está no Museu de Artes e Ofícios (MAO), Praça Rui Barbosa, s/n, centro de Belo Horizonte. O trabalho tem curadoria de Sérgio Rodrigo Reis e reúne um acervo de 42 fotos que mostram ao público outras faces do Brasil, um país interiorano, com muitas dificuldades, pessoas simples, mas fortes, singelas e que contribuem com a sobrevivência do país. As visitas das escolas acontecem durante a manhã, tarde e noite.

Ludmila dos Anjos Oliveira, aluna do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual João Alphonsus, em Belo Horizonte, visitou a exposição com seus colegas. Segundo ela, passeios como este contribuem para a formação do aluno. “Na exposição, o jornalista (Bernardino) nos guiava e destacou o trabalho de fotógrafos que estiveram com ele em suas matérias. Tinha fotos que eu já conhecia por ter lido as matérias nos jornais”, destaca a estudante que buscou se informar também com os comentários presentes abaixo de cada imagem.


Leia mais na integra: Agência Minas

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Cai em 60% número de mortos nas rodovias estaduais mineiras durante o carnaval


O número de mortos nas estradas estaduais mineiras e federais delegadas, sob responsabilidade da Polícia Militar de Minas Gerais, caiu 60,61%, durante o feriado de carnaval deste ano em relação ao mesmo período de 2009. No ano passado 26 pessoas perderam a vida nas estradas de Minas durante o carnaval. Este ano, foram 12. Também teve queda o número de acidentes, passando de 412, no ano passado, para 361, neste ano, o que representou uma redução 13,62%.
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) reforçou o policiamento nos 31.469 quilômetros de rodovias sob sua responsabilidade em todo o Estado, com a Operação Carnaval 2010, que teve início na última sexta-feira (12), às 18h, e término na Quarta-feira de Cinzas (17), às 8h. A ação contou com cerca de 40 mil homens, utilizando viaturas, helicópteros, avião, radares e bafômetros. O objetivo foi garantir mais segurança durante o feriado prolongado. Também foram realizadas diversas operações nas 18 regiões da Polícia Minas e blitze simultâneas em todo o Estado.

Com estas ações, a PMMG assegurou a preservação e a restauração da ordem pública, visando, principalmente, à prevenção de acidentes e de possíveis ações delituosas, além de assistir à população em casos de urgência ou emergência.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sem Medo do Passado

O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.

Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?

A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês…).
Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo? Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.
Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados… O que conta é repetir a versão conveniente.

Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal. Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado. Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país. Esqueceu-se por anos de “bravata” do PT e dele próprio.

Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.
Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista.
Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010. “Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”.
O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia.
Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.

Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.
É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”.
Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).
Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.

Publicado em 7 de fevereiro de 2010.

Zero Hora Fernando Henrique Cardoso
EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA