quinta-feira, 24 de abril de 2014

Aécio cobra do presidente do Senado instalação imediata da CPI da Petrobras

O senador Aécio Neves classificou, nesta quinta-feira (24/04), como uma vitória da democracia a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, determinando que o Senado instale a CPI da Petrobras. 

Em manobra em conjunto com a base governista, o presidente do Senado, Renan Calheiros, havia se negado a instalar CPI, mesmo depois de cumpridos todos requisitos constitucionais para a abertura das investigações pelo Parlamento. 

Na noite de ontem, no entanto, a ministra do STF deferiu mandado de segurança protocolado por senadores da oposição em favor de que as graves denúncias de desvios e má gestão da Petrobras sejam apuradas.

“A decisão da ministra Rosa Weber faz cumprir a Constituição e garante algo que é sagrado, o direito de as minorias atuarem no Parlamento fiscalizando as ações do governo federal. Nesse instante, a partir da notificação a essa Casa, cabe ao presidente Renan Calheiros, ou a quem estiver respondendo pela Presidência do Senado, solicitar aos líderes a indicação dos membros que irão compor a CPI para que ela inicie seus trabalhos imediatamente. Não há mais como procrastinar, não há mais como adiar. Foi uma vitória do Estado de Direito, uma vitória da democracia e, sobretudo, uma vitória do Parlamento brasileiro”, disse o senador Aécio Neves.

O senador afirmou que, instalada a CPI, a sociedade brasileira terá condições de avaliar se parlamentares da base do governo têm ou não interesse no esclarecimento das denúncias que atingem a maior estatal brasileira.

“O governo até agora fez de tudo para impedir essa investigação. O desgaste teria sido muito menor se o governo tivesse aceitado aquilo que era razoável. Havido o fato determinante e apontado esse fato e o número adequado de assinaturas, bastava a sua instalação, e dentro da CPI faz-se o embate. O que foi grave é, para impedir a investigação, extirpar, retirar do Parlamento uma prerrogativa fundamental e que iria valer para casos futuros, não apenas para esse. Está garantido o direito das minorias de investigar o governo. A CPI está pronta para ser instalada e que o governo, dentro da CPI, faça o embate político. Caberá à sociedade julgar se eles querem efetivamente uma investigação ou se querem, na verdade, impedir que a sociedade saiba o que aconteceu com sua maior empresa”, afirmou Aécio Neves.

Pela Constituição, cabe ao presidente do Senado instalar qualquer investigação que cumpra as exigências previstas: número mínimo de assinaturas; prazo fixado e fato determinado. No caso das denúncias que atingem a Petrobras, o governo federal tem tentado inviabilizar a instalação da CPI. Por meio da sua base no Senado, aprovou parecer que ampliava a apuração da CPI para fatos diversos e sem qualquer relação com a Petrobras, com objetivo de atrapalhar as investigações sobre má gestão da estatal. A decisão da ministra do STF restitui ao Senado a prerrogativa dos parlamentares da oposição.

Novas Denúncias

Aécio Neves e outros senadores defendem a investigação sobre prejuízo de mais de US$ 1,2 bilhão sofrido pelo Petrobras na compra da refinaria de Pasadena (EUA). À época do negócio que causou o maior rombo financeiro da história da empresa, a presidente Dilma Rousseff presidia o conselho de administração da Petrobras e deu seu aval para a compra.

Outros graves fatos revelados pela imprensa também apontam para má gestão da estatal, como os US$ 20 bilhões gastos na construção da refinaria Abreu e Lima, após uma previsão inicial de US$ 2 bi; o pagamento de suborno a diretores da estatal para beneficiar a companhia holandesa SBM; e a colocação em alto-mar de plataformas que ofereciam risco aos funcionários da Petrobras.

Nesta quinta-feira, jornal O GLOBO informou a descoberta de um saque de US$ 10 milhões feito pela administração da refinaria Pasadena sem qualquer registro oficial da transação. O saque ocorreu em janeiro de 2010.

Fonte: Portal PSDB

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Aécio Neves contesta Propostas do Governo Federal

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, reagiu nesta quarta-feira (23) à sugestão de membros do governo federal de retirar o preço dos alimentos do cálculo da inflação. A possibilidade foi divulgada pelo jornal O Globo e é contestada por economistas ouvidos pela publicação, que relataram a falta de precisão que a medida traria.

“Essa iniciativa até faria sentido, se viesse acompanhada da proibição para que a população comesse daqui por diante. Se o governo conseguisse determinar uma forma de que ninguém precisaria gastar recursos com alimentação, ela faria sentido”, ironizou Aécio.

O presidente do PSDB analisou o assunto durante entrevista que concedeu à Rádio CBN Cuiabá, da capital do Mato Grosso.Segundo o senador, a tentativa reflete a falta de gestão do governo federal para o combate da desvalorização da moeda.


“O governo perdeu o controle dessa que foi a principal conquista que nós tivemos nos últimos 50 anos no Brasil, o fim da inflação. O governo do PT começou a flexibilizar esses pilares macroeconômicos desde o final de 2008 e isso permitiu que a inflação recrudescesse e que nosso crescimento, no ano passado, fosse maior apenas do que o da Venezuela”, atacou Aécio.

O Relatório Focus, produzido pelo Banco Central com base em projeções estabelecidas pelo mercado financeiro, identificou uma expectativa de inflação em 2014 superior ao teto estabelecido pelo governo federal, que é de 6,5%. Caso a situação realmente ocorra, será a primeira vez desde 2004 que o Brasil verá inflação superior à meta.

Fonte: Portal PSDB

terça-feira, 22 de abril de 2014