sexta-feira, 20 de junho de 2014

CNI/Ibope confirma Aécio no segundo turno e desaprovação de Dilma chega a 50%

A nova pesquisa da CNI/Ibope, divulgada nesta quinta-feira (19), confirma a presença do candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, no segundo turno da disputa eleitoral. Na simulação do primeiro turno, o tucano aparece na segunda colocação com 21% das intenções de votos.

No segundo turno, Aécio avançou seis pontos percentuais em relação a pesquisa do Ibope divulgada em maio. Na simulação divulgada nesta quinta, o tucano reduziu a vantagem da presidente Dilma de 19 para 13 pontos. Ele aparece com 30% das intenções de votos.

Já a reprovação dos brasileiros à maneira como a presidente Dilma Rousseff governa o país chegou a 50%. Isso reflete não só a queda no índice de aprovação à administração da petista, assim como na confiança do eleitor em relação à presidente da República.

Dilma foi reprovada pela maioria dos brasileiros em todas as nove áreas avaliadas, inclusive no combate a fome e a pobreza. Nada menos do que 63% dos ouvidos pela pesquisa, ou seja, dois terços do total, classificam seu governo como regular, ruim ou péssimo.

A pesquisa do Ibope foi custeada pela CNI e entrevistou 2.002 pessoas entre os dias 13 e 15 de junho de 2014. Está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR-00171/2014.

Portal PSDB

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A vida e a história do senador Aécio Neves


Nascido em 10 de março de 1960, em Belo Horizonte (MG), e economista pela PUC Minas, Aécio Neves da Cunha é filho de Inês Maria e do ex-deputado federal Aécio Ferreira da Cunha, neto do ex-presidente da República Tancredo Neves e do deputado federal Tristão da Cunha.

Eleito senador da República por Minas Gerais em 2010, foi governador do Estado de Minas Gerais por dois mandatos (2003 a 2010) e deputado federal por 16 anos, tendo presidido a Câmara dos Deputados. Aécio Neves foi eleito presidente nacional do PSDB em de maio de 2013.

Aécio Neves começou na vida pública em 1982, incentivado pelo avô Tancredo Neves, eleito governador de Minas Gerais no mesmo ano. Em 1984, ao lado de Tancredo, teve atuação ativa no Movimento das Diretas Já, que marcou a transição entre a ditadura militar e a retomada da democracia no país após 20 anos de autoritarismo.

Aécio foi eleito deputado federal por quatro mandatos consecutivos (1987-2002), foi líder do PSDB na Câmara de 1997 a 2000 e presidente da Câmara dos Deputados em 2001 e 2002. Sob a presidência de Aécio Neves, a Câmara dos Deputados aprovou mudanças históricas, que deram maior transparência e agilidade ao Legislativo, aproximando a sociedade do Parlamento brasileiro.

Destacaram-se a criação da Comissão de Legislação Participativa, que permitiu a maior participação da população na Câmara, e da Ouvidoria Parlamentar. A Câmara passou a realizar compras por meio do pregão eletrônico e foi aprovado o chamado “Pacote Ético”, que possibilitou a adoção de medidas que visavam moralizar a atividade parlamentar, como: a criação do Conselho de Ética, a implantação do Código de Ética e Decoro Parlamentar e o fim da imunidade parlamentar para crimes comuns.

Em 2002, Aécio foi eleito, em primeiro turno, governador de Minas Gerais, com 5.282.043 votos – o equivalente a 58% dos votos válidos – a maior votação da história do estado até então.

Em 2006, reelegeu-se, também em primeiro turno, com 7.482.809 votos, 77,03% dos votos válidos, novamente um recorde. No Palácio da Liberdade, o governador Aécio Neves implantou o programa Choque de Gestão, que tem como principal proposta reduzir o tamanho do Estado para investir mais no cidadão e que virou referência para a administração pública no Brasil.

A iniciativa também é reconhecida em âmbito internacional. Conseguiu equilibrar as finanças estaduais, priorizou ações de infraestrutura em centenas de municípios mineiros e criou condições para o desenvolvimento das regiões mais pobres do estado.

Em 2011, assumiu uma cadeira no Senado Federal, após ser eleito no ano anterior com 7.565.377 votos.  Em abril do mesmo ano, fez seu primeiro discurso em plenário – “Caminhos da Oposição” – e definiu os pilares básicos da atuação oposicionista: coragem, responsabilidade e ética.

É autor de propostas que fortalecem estados e municípios, como a que proíbe que o governo federal promova desonerações com recursos que não lhe pertencem, a que impede que o governo contingencie recursos da segurança pública destinados aos estados e a que zera o PIS/Cofins das empresas de saneamento.

Também propôs novas regras para o Código Mineral, ainda sem aprovação pelo governo. Aécio é autor de dois projetos de lei que preveem avanços e melhorias ao programa Bolsa Família. Em 18 de maio de 2013, Aécio foi eleito presidente do PSDB – o maior partido de oposição do país – com 97,3% dos votos.

Aécio Neves é pai de três filhos Gabriela, Julia e Bernardo, e é casado com Letícia Weber.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

“Despedida”, por Aécio Neves na sua última coluna na Folha

Em respeito aos critérios anteriormente fixados pela Folha em função do período eleitoral, escrevo hoje a minha última coluna, em uma manhã de sábado em São Paulo. E me despeço manifestando, mais uma vez, o meu respeito pela atividade política.

Sei que corro o risco de ser mal interpretado, em um país em que, lamentavelmente, sobram motivos para o descrédito da ação política, mas a cada dia me convenço mais do acerto da decisão que tomei há 30 anos, quando entrei na vida pública.

Poucas escolhas na vida nos permitem reunir ao mesmo tempo as razões do coração e da razão. Dizem que as pessoas que conseguem encontrar o dever e o prazer no mesmo lugar têm uma chance especial de encontrar a felicidade. E, apesar de todas as dificuldades, poder imprimir à vida um sentido no qual se acredita não deixa de ser uma oportunidade a ser celebrada. 

Nunca tive dúvidas sobre a escolha que fiz, nem nas horas de dificuldades. Nunca as tive nos momentos de frustração quando fui confrontado com a impossibilidade de realizar tudo o que gostaria, nem nos momentos em que sou atacado de forma covarde por calúnias e difamações.

Vejo nisso apenas mais razões para continuar a minha caminhada e colaborar para a construção de um tempo em que a política tenha mais a ver com a verdade e com a realidade, e menos com a manipulação e com a hipocrisia. Acredito na política como instrumento de transformação da sociedade. Onde falta política sobra autoritarismo.

Fiz desta coluna um testemunho de meu compromisso com a política voltada ao bem comum e do meu compromisso com os brasileiros. Busquei refletir sobre o Brasil, consciente de que escrever para um jornal como a Folha é sonhar em voz alta.

É falar para o Brasil. Nunca me omiti diante das grandes questões. Me expus ao crivo da opinião pública e saio fortalecido da experiência. E ainda mais convencido de que a arena pública deve estar sempre permeável ao debate.

Olho para o Brasil e vejo um país banhado por uma energia positiva que parece adormecida, mas que é essencialmente nossa. Alegria, esperança e confiança são um patrimônio coletivo da nossa nação. Não podemos perdê-lo.

“A nação renasce porque está renascendo nos olhos dos moços”, escreveu meu avô Tancredo no discurso preparado para o dia de sua posse na Presidência e que o destino não permitiu que ele lesse. Ele falava daquela energia única, do “calor sagrado que torna as pátrias imperecíveis”. Esta é a energia que me move.

Encerro a minha coluna surpreso com a velocidade com que o tempo tem passado. Foram três anos. Meu agradecimento à Folha pelo convite. A você, meu agradecimento pela companhia, meu abraço e desejo de que o tempo seja generoso com cada um dos nossos sonhos.

*Aécio Neves é senador (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB e candidato do partido à disputa pela Presidência da República 
**Coluna publicada na Folha de S. Paulo – 16-06-2014