sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

PSDB: Dilma Devia Seguir Exemplos dos Governos de SP, MG e PR e Baixar Conta de Luz




Fonte: Blog Adriana Vasconcelos
  

O PSDB reagiu rápido a estratégia do Palácio do Planalto de jogar para cima da oposição um eventual recuo na sua promessa de reduzir em média 20% a conta de luz dos brasileiros.

A medida foi anunciada em plena campanha eleitoral, na tradicional cadeia nacional de rádio e TV que o presidente da República de plantão costuma convocar na véspera da comemoração da independência do pais, embora o benefício só fosse ser implementado em janeiro.

A presidente Dilma Rousseff esqueceu-se, na ocasião, de explicar que a medida estaria a adesão das empresas estaduais de energia de arcar com a maior parte desta conta, sem que o governo federal abrisse de quase nada da sua gorda fatia de impostos federais que pesam hoje sobre a conta de luz de todos os brasileiros, não só de alguns.

A iniciativa de Dilma foi encarada pelo mercado como uma repetição do filme da Petrobrás, que perdeu para a Ambev na semana passada o posto de maior empresa da América Latina, por conta das inúmeras intervenções políticas em sua gestão.

Numa clara demonstração de que as críticas feitas hoje à MP 579 não tem nenhum viés partidário ou oposicionista, basta lembrar o que o ex-presidente da Eletrobras no governo Lula, Luiz Pinguelli, Rosa disse na semana passada: o governo corre o risco de não garantir a economia anunciada para os consumidores, comprometer o fornecimento de energia do país e ainda gerar desemprego.
O fato é que os brasileiros merecem sim uma conta de luz menor. Mas é fato que o setor de energia precisa também de mais investimentos. Haja visto os sucessivos apagões que o Brasil tem enfrentado nos últimos meses.

Em Brasília mesmo, eles têm sido quase que diários. Cada dia em um bairro ou área diferente, trazendo transtornos para o trânsito, comércio e até mesmo para o setor público federal.

O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra, divulgou nota oficial cobrando que a presidente Dilma honre a promessa às vésperas do primeiro turno das eleições municipais, caso contrário “será acusada de estelionato eleitoral”.

Guerra destacou que para tanto, bastaria que que o governo seguisse o exemplo das administrações tucanas de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Lá, a conta de luz, especialmente dos mais pobres, já é mais barata.

Em São Paulo e Minas, graças a isenção de ICMS garantida àqueles que consonem até 90kW/hora.

No Paraná, 200 mil famílias com renda per capita inferior a um salário mínimo, que moram em casas de até 50 metros quadrados e consomem até 100 kw/mês, estão isentas da conta de luz. Isso quer dizer que a conta de luz dessas famílias é paga pelo Estado.
“Uma situação que não se repete em estados sob o comando do PT, como o Rio Grande do Sul’, alfineta ainda Guerra.

E conclui: “Neste instante, o que está em discussão não é a redução das tarifas de energia, com a qual nós concordamos integralmente, mas a demagogia do governo.Afogado em notórias dificuldades, o PT recorre ao falso argumento de que é o único que defende os pobres. Os ‘defensores dos mais pobres’ estão a caminho da cadeia, punidos pela Justiça. Não somos cúmplices daqueles que levaram a Petrobras à delicada situação em que se encontra, nem tampouco dos que levaram a Eletrobras a perder, em poucos dias, quase 50% de seu valor de mercado. O PT está em busca de um discurso populista, sem a menor responsabilidade democrática”.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Anastasia Destaca Legado de Niemeyer para a História de Minas Gerais



O governador Antonio Anastasia destacou nesta quinta-feira (06), durante entrevista em Belo Horizonte, a relevância da obra de Oscar Niemeyer para a história e a cultura de Minas Gerais. O arquiteto, um dos mais importantes nomes da arquitetura moderna do mundo, morreu na última quarta-feira, no Rio de Janeiro, aos 104 anos.

“Nós mineiros, principalmente belo-horizontinos, temos muito a agradecer e homenagear Niemeyer. Ele começou aqui a sua trajetória de fama internacional com o conjunto da Pampulha, teve em Juscelino Kubitschek, certamente, seu principal apoiador, naquele início ainda nos anos 1940, e, portanto, Niemeyer, a partir dali, fez Brasília e fez outras tantas obras, e uma das últimas, a Cidade Administrativa. E, por isso mesmo, deverá, permanentemente, estar na nossa lembrança, na nossa memória e nas nossas homenagens”, afirmou o Anastasia.





O conjunto arquitetônico da Cidade Administrativa Presidente Tancredo de Almeida Neves foi inaugurado em março de 2010 pelo então governador Aécio Neves, para abrigar, em um mesmo local, os diversos órgãos da administração direta do Poder Executivo Estadual.

Aécio Neves justificou a escolha do arquiteto Oscar Niemeyer para fazer o projeto da Cidade Administrativa citando uma frase do antropólogo, educador e senador Darci Ribeiro. "Daqui a 200 anos, o mundo vai se lembrar de apenas três brasileiros. Um será certamente Oscar Niemeyer, os outros dois, não faço nem ideia de quem possa ser", disse à época.

Na cerimônia de lançamento do projeto, em julho de 2004, o engenheiro José Carlos Sussekind, responsável pelos cálculos de várias obras de Niemeyer, disse que a Cidade Administrativa representou o ápice da carreira Niemeyer.

 “O projeto coroou uma carreira de quase 70 anos, uma carreira que começou na Pampulha. A nova sede da máquina administrativa do Estado representa o simbolismo que, em sua leitura, Oscar quis dar à importância, talvez à serena grandeza de Minas Gerais”, disse o engenheiro.



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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Eletrobras Investiu Apenas 41,2% do Orçamento em 2012



O Grupo Eletrobras, composto por 19 empresas do setor de energia elétrica, investiu apenas 41,2% dos recursos previstos para este ano. Do montante autorizado de R$ 10,7 bilhões para 2012, R$ 4,2 bilhões foram aplicados até outubro. Percentualmente, é a pior execução desde 2007.

A estatal é responsável por atividades de pesquisa, geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, além da comercialização do setor. Os dados são do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.


Segundo assessoria da Eletrobras, a previsão é utilizar entre 80% e 90% dos recursos previstos para 2012. “O resultado não será de 100% devido a dificuldades pontuais nos andamentos de licitações (como empresa de economia mista, a Eletrobras segue a Lei 8.666, que dispõe sobre as licitações) e a alguns empecilhos na liberação de licenças ambientais”, aponta nota.

Os problemas estão refletidos nas principais companhias do Grupo. A Eletronorte, que por problemas técnicos deixou seis estados do Nordeste sem energia elétrica em setembro, aplicou somente R$ 229 milhões dos R$ 600 milhões autorizados, ou seja, 38,2%.

No começo de outubro outro “apagão” deixou sem luz quatro regiões do país. A pane aconteceu em um transformador de Furnas, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Até outubro, apenas 57,4% do total de R$ 1,5 bilhão previsto para Furnas foram investidos.

A assessoria da estatal afirmou, no entanto, que a Eletrobras está segura de que o ritmo dos seus investimentos nada tem a ver com os apagões. “Esses incidentes passaram por investigações rigorosas dos órgãos competentes”, completa nota.

De acordo Roberto Piscitelli, professor da Universidade de Brasília (UnB) e conselheiro do Conselho Federal de Economia (COFECON), os problemas são generalizados. “Há obras gigantescas, muito contestadas, mal planejadas, que deixam rastros de questionamentos e resistências tanto do ponto de vista ambiental como social (deslocamentos maciços de populações, ocupação de áreas contestadas etc.)”, afirma.

Piscitelli ressalta ainda a falta de convicção acerca da viabilidade técnico-econômica desses empreendimentos. “Em vez de realizarem obras gigantescas, que provocam profundas mudanças ambientais e de assentamento populacional, poderiam optar por obras menores, de prazos e custos bem menores, mais dispersas no território nacional”, expõe o professor.