sábado, 26 de outubro de 2013

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Dilma Contesta Promessa sobre Creches que ela Própria Divulgou

Fonte: Folha de S. Paulo

A presidente Dilma Rousseff criticou a imprensa nesta quarta-feira (23) por divulgar promessas supostamente inexistentes feitas por seu governo para construção de creches. Dilma rebateu a informação de que prometera construir 8.000 creches, mas ela chegou a citar o número em abril deste ano.

A menção ocorreu no programa oficial de rádio "Café com a Presidenta", levado ao ar em 1º de abril deste ano. Nesta quarta-feira (23), durante inauguração de uma creche na capital mineira, a presidente disse que o número prometido foi 6.000, e não 8.000.

"O governo federal tem esse compromisso com as 6.000 creches. Tem umas coisas estranhas, que eu sempre estou dizendo que é estranha. De repente, meu compromisso de 6.000 virou 8.000. Não sei muito bem de onde que apareceu os 8.000", disse ela.

"Eu vivo perguntando para os meus botões quem são as 'fontes do Planalto', além das fontes de água, porque tem uma linda fonte de água. Mas as 'fontes do Planalto' às vezes me intrigam", disse Dilma, em provável referência à expressão comumente utilizada para caracterizar informações do governo obtidas "off the record" (jargão jornalístico para designar informação em que a fonte se mantém anônima).

Contudo, no programa de abril a própria Dilma citou inicialmente a meta de 6.000 unidades e, ao final da sua fala, disse que talvez fosse possível chegar a 8.685 creches.

"Até o final de 2014, o nosso compromisso é construir 6.000 creches, contratá-las e pagá-las com recurso do Tesouro Nacional. [...] Mas nós queremos muito mais", disse.

"Nós estamos selecionando novos projetos para garantir os recursos do governo federal para a construção de mais 3.288 creches. Assim, somando as 5.397 creches com as 3.288, nós vamos chegar a 8.685 creches. O nosso compromisso era 6.000, mas é muito possível que seja um número maior que nós vamos entregar de creches", completou a presidente na ocasião.

Em nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou que "não há dúvida" sobre a declaração feita pela presidente em abril, que reafirmou a meta de 6.000 creches, sendo esse o número a ser considerado.

Segundo a secretaria, ao citar o número de 8.685 creches, Dilma se referia também às creches contratadas no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

"Se somadas as creches contratadas no governo Dilma com as construídas após 2010, mas contratadas no governo Lula, poderão superar oito mil creches", diz a nota.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Twiter Retira do Ar ‘Fake’ do Blog do Planalto


O Palácio do Planalto solicitou ao Twitter a retirada do ar de um perfil falso do Blog do Planalto que publicou uma série de notícias falsas sobre o leilão do Campo de Libra.
Quem percebeu a imitação foram os responsáveis pelo perfil oficial, que comunicaram a empresa por volta de 12h30. A empresa atendeu ao pedido do governo.
O responsável pela conta falsa publicou uma série de comentários sobre o leilão, que aconteceu na tarde desta segunda-feira.
“Não toleramos vândalos espanhóis, nem franceses no Leilão de Libra e por isso só os chineses estão no páreo. Negócio da China”, escreveu a cópia em uma das mensagens.
Para conseguir copiar o perfil original, o autor criou a conta @biogplanalto, utilizando o “i” maiúsculo para parecer uma letra “l” minúscula. As imagens de fundo eram cópias da original.

O perfil @blogplanalto original é usado pelo Palácio do Planalto para divulgar informações oficiais do governo.
“O Blog do Planalto traz para você o cotidiano da Presidência da República, com informações sobre a agenda, eventos e atos da presidenta e seus assessores”, diz a descrição do perfil no microblog.

Qual a Utilidade do Fake de Dilma?

Lula Critica o PT

Fonte: Jornal O Globo

Em entrevista ao jornal espanhol “El País”, publicada ontem, o ex-presidente Lula afirmou que com o crescimento do PT, ao longo desses 33 anos, e com sua chegada ao poder foram aparecendo “defeitos”, como a valorização demasiada do Parlamento e de cargos públicos, e o surgimento da corrupção.

Apesar disso, Lula disse que dirigentes do partido foram previamente condenados, por meios de comunicação, no julgamento do mensalão, inclusive, segundo ele, “à prisão perpétua”.

— Era um partido pequeno (o PT), que depois passou a ser grande e, como tal, foram aparecendo defeitos. Gente que dá muito valor ao Parlamento, outros aos cargos públicos — disse Lula, ao “El País”.

Nesse trecho, o repórter interrompe o ex-presidente e faz referência ao escândalo do mensalão. Lula, então, lembra, com saudosismo, de como o partido funcionava no passado:

— Eu queria dizer que as pessoas tendem a esquecer os tempos difíceis em que achavam bonito carregar pedra. A gente acreditava, era maravilhoso. Um grupo mais ideológico, as pessoas trabalhavam de graça, de manhã, à tarde e à noite. Agora você vai fazer uma campanha e todo mundo quer cobrar. Não quero voltar às origens, mas gostaria que não esquecêssemos para que fomos criados (o PT). Por que queríamos chegar ao governo? Não para fazer como os outros, mas para agir de maneira diferente.


O repórter retomou o assunto, lembrando o que dizia anteriormente o ex-presidente sobre o processo de crescimento (do PT):

— Aparece a corrupção — completou Lula, sem explicar na entrevista sobre quais casos de corrupção se referia.

Ex-presidente critica cobertura do mensalão

O ex-presidente criticou a imprensa pela cobertura do julgamento do mensalão:

— No caso dos companheiros do PT, já foram previamente condenados. Alguns meios de comunicação o fizeram, independente da sentença, inclusive à prisão perpétua. Alguns (petistas) nem podem sair na rua.

O ex-presidente afirmou ainda duvidar que exista no mundo uma nação com quantidade de fiscalização tão grande como o Brasil. E disse que 90% das denúncias são feitas pelo próprio governo:
— O que digo aos companheiros é que só há uma forma de não ser investigado neste país: não cometer erros.

Na entrevista, Lula também pregou a necessidade de renovação do partido:

— O Partido dos Trabalhadores completou 33 anos de vida. Quando se chega a isso, os que começamos com 35 anos, devemos dar espaço a uma nova geração.

Quanto às manifestações de junho, que tomaram conta das ruas do país e pegaram de surpresa a classe política, o ex-presidente disse que elas “são saudáveis”. E listou conquistas de seu governo para dizer que é natural, na sua opinião, que a população queira mais.

Lula ressaltou, no entanto, que é preciso valorizar a participação democrática e não permitir que os jovens reneguem a política:

— Temos que valorizar a participação democrática e não permitir que os jovens reneguem a política, porque quando isso ocorre o que vem é o fascismo.

Apesar de haver um forte “Volta Lula” em setores do PT, o ex-presidente disse, mais uma vez, que não será candidato nas eleições do ano que vem:

— Eu tenho minha candidata, que é Dilma, e vou trabalhar para ela.

Sobre a crise econômica que afeta a Europa, principalmente Espanha, Portugal e Grécia, Lula disse ao jornal espanhol que, na sua opinião, há um problema de falta de decisão política, e não econômica:

— As decisões não foram tomadas no momento adequado. No fundo, se permitiu os mesmos ajustes que se fazem nos países pobres. Espanha ou Grécia, com suas rendas per capita, poderiam assumir ajustes de mais longo prazo, não a um tão curto (prazo), asfixiando a economia, a base de sacrifícios enormes, sem levar em conta o que vai custar à população para se recuperar.


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Dilma Aumenta em 800% Gastos com Propaganda do Minha Casa, Minha Vida.

Fonte: Revista Veja

O Programa Minha Casa, Minha Vida é uma das principais apostas eleitorais da presidente Dilma Rousseff para 2014, dada a escassez de grandes realizações que possam cativar o eleitor e garantir um segundo mandato à petista. 

O governo aposta tanto na divulgação do programa que, em 2013, despejou uma quantidade desproporcional de recursos apenas para fazer propaganda dele.

Dados cedidos pela Caixa Econômica Federal a pedido do líder da minoria na Câmara, Nilson Leitão (PSDB-MT), mostram a repentina elevação de gastos com publicidade: em 2011, foram 261 000 reais. 

No ano seguinte, 1,7 milhão. Em 2013, até o fim de julho, a Caixa já havia destinado 15,7 milhões de reais para divulgar o programa.

Mesmo que o banco público não gaste mais um real até o fim do ano para propagandear o programa habitacional, o valor significará um aumento de 823% por cento na comparação com todos os gastos de 2012 – e de 5.900% em relação a 2011.



A Caixa não apresenta uma explicação clara sobre a elevação de gastos. Diz que, no montante, estão ações de esclarecimento aos participantes do programa.

"A campanha teve como objetivo de prestar, de forma transparente, orientações aos beneficiários que estavam recebendo as chaves de imóveis do MCMV – tais como a conservação e manutenção da moradia, condições de instalação do sistema elétrico e hidráulico, economia de água e energia, dentre outros pontos importantes", informa nota emitida pela assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal ao site de VEJA.

Mas o que se viu nos últimos meses foi uma profusão de peças de publicidade para atrair novos participantes para o programa, estreladas pela atriz Camila Pitanga e a apresentadora Regina Casé. 

A Caixa, aliás, não revela o preço pago a elas: diz que o cachê é uma informação "estratégica".

Somando os governos Lula e Dilma, 1,3 milhão de pessoas obtiveram a casa própria por meio do programa, de um total de 2,9 milhões de adesões. A meta é atingir 3,4 milhões de contratos no fim de 2014.
 
O deputado Nilson Leitão agora vai pedir à Caixa que esclareça se o aumento nos gastos com publicidade foi acompanhado de um crescimento proporcional nos empreendimentos do programa. 

A pergunta é meramente retórica, já que a resposta será evidentemente negativa. "É um gasto apenas promocional para o governo; não muda em nada a vida do cidadão", queixa-se o parlamentar.

A elevação dos gastos com publicidade do Minha Casa, Minha Vida ocorre no momento em que a inadimplência disparou: como mostrou VEJA há um mês, entre as famílias com renda mensal de até 1 600 reais, o índice chega a 20% – número dez vezes maior que a média dos financiamentos imobiliários no país.

Cifras

Os gastos gerais do governo com publicidade também subiram. Levantamento feito pela ONG Contas Abertas a pedido do site de VEJA mostra que os valores empenhados chegaram a 177,7 milhões de reais neste ano, comparados com 173 milhões de reais no ano passado inteiro. 

O cálculo leva em conta dados do Orçamento e exclui as estatais, como a própria Caixa.

O aumento ocorre acompanhado de uma nítida mudança na estratégia de comunicação da presidente Dilma Rousseff, já de olho nas eleições de 2014.

Dilma abriu uma página no Facebook e passou a usar o Twitter diariamente, além de priorizar eventos que possam garantir exposição positiva nos meios de comunicação.

José Matias-Pereira, professor de administração pública da Universidade de Brasília, diz que somente a cobrança da sociedade pode impedir abusos com o uso de verbas públicas para promoção eleitoral. 

"Nós temos que assumir uma postura mais proativa e agressiva, no bom sentido, para cobrar resultados dos governantes, e não publicidade. Quanto pior o desempenho de um governante, maior a tendência dele de gastar o dinheiro com publicidade", diz. 

Ele também critica a mistura entre público e privado: "O eleitor está sendo chamado para pagar uma conta que, na verdade, tem por trás dela interesses políticos, de grupo e pessoais". 

Há outra explicação relevante para a elevação dos gastos já em 2013: pela lei, o governo só pode gastar com publicidade em ano eleitoral aquilo que já havia gasto no ano anterior. Esticar a corda já em 2013 é garantir a possibilidade de gastos maiores no ano que vem.

domingo, 20 de outubro de 2013

Aécio Neves Demonstra Satisfação e Cautela com Resultado de Pesquisa em Minas

Fonte: Portal UAI

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez questão de agradecer a confiança dos mineiros e de ressaltar a gestão do governador Antonio Anastasia (PSDB) ao comentar o resultado da pesquisa EM Data/Ufla/MDA, que avaliou a intenção de voto para as disputas pelas vagas de presidente, governador e senador. Na simulação de disputa presidencial, Aécio vence a presidente Dilma Rousseff (PT) em Minas em todos os cenários.

O tucano aparece com 46,6% das intenções, contra 35,4% da petista, quando o outro adversário é o governador do Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que fica com 6,6%. Já no embate com Marina (PSB), Aécio tem 43,8% e Dilma 33,8%, contra 13,2% da ex-senadora. Foram ouvidos 2.006 entre os dias 12 e 15. A margem de erro é de 2,1%.


Aécio considerou os números extremamente positivos: “Agradeço a grande confiança que os mineiros vêm manifestando, e aproveito para reiterar o meu profundo e permanente compromisso com Minas”. Ele ressaltou os 80% de aprovação do governo Anastasia.

“É uma demonstração de que o modelo de gestão fundamentado na transparência e na melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados aos mineiros, iniciado em 2003, continua tendo a aprovação da grande maioria da população”. Para Aécio, as pesquisas devem ser vistas com cautela, já que é preciso aguardar a definição do quadro eleitoral em Minas e no Brasil.

Para o presidente estadual do PSB, deputado federal Júlio Delgado, o resultado da sondagem presidencial reforça a tese de parceria entre PSDB e PSB num eventual segundo turno.

“Esses números são importantíssimos para um cenário de segundo turno que a gente deseja: a soma de Aécio com Eduardo ou Marina nos permite mais de 50% contra Dilma”, afirmou.

No caso do Palácio da Liberdade, o bom desempenho de Lacerda, segundo Delgado, mostra “que o PSB tem de ser protagonista em Minas, seja com o Marcio ou um palanque comum para enfrentar Pimentel, que é o nome de Dilma em BH”. Já o presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, considerou o resultado “excelente” para Dilma.

“O senador Aécio tem um desempenho de apenas 10 pontos à frente, é muito pouco. Antes da crise a presidente estava à frente de Aécio e, como está em processo de recuperação, é natural que ele tenha assumido a dianteira no estado em que foi governador”, argumenta.

Governador

Os principais nomes na corrida pelo governo avaliaram que ainda é cedo para ter uma amostra do que ocorrerá no ano que vem. No levantamento, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), e o governador Anastasia aparecem como os favoritos para governador e senador, respectivamente.

Pimentel comentou o resultado, que o coloca com percentual entre 31,5% e 42,2%, à frente dos possíveis candidatos do atual governo. “Fico muito feliz de ser lembrado. É uma honra e deve ser fruto da trajetória como prefeito e ministro, mas é muito cedo para fazer prognóstico. As candidaturas vão se definir no ano que vem”, comentou.

O senador Clésio Andrade (PMDB), que aparece com percentual entre 7,5% e 9,2% das intenções de voto, dependendo do cenário, gostou do resultado. “É sinal de que o trabalho no Senado que está sendo reconhecido pelo povo”, disse.

Já o presidente estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana, que segundo o levantamento teria hoje 3,9% dos votos, acredita que a população não está preocupada com eleição agora e apenas reage ao que o pesquisador pergunta.

“No tempo certo nosso grupo liderado pelo senador Aécio terá um nome que será um forte candidato. Neste momento, o grau de conhecimento é o que foi manifestado na pesquisa espontânea”, afirmou o tucano.

Nesse caso, em que o pesquisador não informa quais são os candidatos em disputa, a preferência é por Aécio e Anastasia como opção de voto para governador. Pestana lembra que em março de 2010 Anastasia tinha 5% nos levantamentos e acabou vencendo em outubro com 62%.

Pimenta da Veiga, Alberto Pinto Coelho e Marcio Lacerda não retornaram as ligações da reportagem. Procurado por meio de sua assessoria, o governador Antonio Anastasia não comentou o levantamento.