Cartão
postal de Belo Horizonte, a Lagoa da Pampulha completa 70 anos nesta
quinta-feira (16). Inaugurado em 1943, o mais importante complexo
arquitetônico, paisagístico e urbanístico da capital mineira foi encomendado
pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, a renomados
artistas e profissionais da época.
Candido
Portinari, Alfredo Ceschiatti, Burle Marx e Oscar Niemeyer estão entre os
responsáveis por arquitetar e decorar o cassino (atual Museu de Arte), a Igreja
de São Francisco de Assis, o Iate Tênis Clube e a Casa do Baile.
Na
esteira do complexo arquitetônico, incorporou-se o Aeroporto da Pampulha,
construído antes mesmo da represa, e, mais tarde, o campus da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), a Fundação Zoobotânica, o Mineirinho e o
Mineirão, que passou por uma recente obra de modernização para receber os jogos
das copas das Confederações e do Mundo, em 2013 e 2014, respectivamente.
Tombado
nas esferas municipal, estadual e federal, o símbolo da capital aguarda análise
para receber da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura (Unesco) o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. A expectativa é
de que toda a documentação seja encaminhada à Unesco em dois anos.
Lagoa
será Revitalizada
A Lagoa
da Pampulha é outro destaque da região. A orla, com 18 quilômetros de extensão,
é um dos cenários preferidos pelos belo-horizontinos para a prática de
esportes. Segundo a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa),
a bacia hidrográfica da Lagoa da Pampulha será recuperada, com o tratamento e a
despoluição. Com as obras, 95% do esgoto que chega à lagoa serão coletados e
tratados até dezembro deste ano.
“Vamos
deixar a lagoa na classe três, referente a lagos onde se pode praticar esportes
náuticos, como pedalinho, barco e caiaque”, destaca o gestor do Programa de
Despoluição da Lagoa Pampulha, Valter Vilela.
A nova
Estação Elevatória de Esgoto Pampulha, cuja capacidade é para 24 milhões de
litros de esgoto por dia, bombeará todo esgoto recebido da margem esquerda da
lagoa para a margem direita, de onde será encaminhado para tratamento na
Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Ribeirão do Onça.
A estação
possibilitou o atendimento, com coleta e interceptação dos esgotos, nos bairros
Tijuca, Amendoeiras, Bom Jesus e parte do Xangrilá, de Contagem. Com ela, foi
possível desativar quatro antigas elevatórias e reduzir o custo de operação. A
Copasa implantou cerca de 12 quilômetros de redes coletoras e interceptoras nas
sub-bacias da margem esquerda da lagoa.
Desde
2002, a Copasa já investiu cerca de R$ 430 milhões na região, com destaque para
a aplicação de R$ 179 milhões na ETE Ribeirão do Onça, incluindo a implantação
do tratamento secundário.