sexta-feira, 18 de março de 2011

Deputados cobram do governo explicações sobre falta de remédios para tratamento da aids


Deputados do PSDB querem explicações oficiais do Ministério da Saúde sobre a falta de remédios para o tratamento da aids. De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, o desabastecimento está prejudicando 40 mil pessoas e motivando críticas de médicos e ONGs. Vanderlei Macris (PSDB/SP) apresentará requerimento na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle convocando o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para dar satisfações e apresentar soluções para o problema. Já o deputado Marcus Pestana (PSDB/MG) quer que o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatite, Dirceu Greco, preste esclarecimentos na Comissão de Seguridade Social e Família.

Para Macris, é um desleixo do governo deixar milhares de pessoas sem tratamento. Segundo ele, as vítimas ficam desesperadas e começam a olhar para o futuro de maneira incerta. “Primeiro, há o descaso. Segundo, um problema de gestão, pois o governo lida com um estoque e deve se preparar para atender a demanda e tomar providências se perceber que pode faltar”, criticou.

Ex-secretário de Saúde de Minas Gerais, Pestana afirma que os pacientes não podem abrir mão dos antirretrovirais. “Nenhum portador de HIV diagnosticado e que esteja em tratamento deve ficar sem os remédios. É preciso esclarecer os motivos da ocorrência do gargalo na oferta de medicamentos no Programa Nacional de Combate e Prevenção da Aids”, destacou. Ainda de acordo com o parlamentar, um programa que avançou tanto no governo tucano e que serviu de modelo para o mundo salvando vidas não pode ser deixado de lado.

A reportagem do jornal paulista alerta que estão faltando três medicamentos para combater a infecção pelo vírus da aids. O Atazanavir, droga da Bristol usada por 33 mil pessoas, está em falta em pontos localizados do Brasil. Também foram registradas queixas de falhas na entrega do Saquinavir, adotado na terapia de 800 pacientes, além da Didadosina, droga utilizada por 3,7 mil pessoas.

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Fonte: Diário Tucano

quinta-feira, 17 de março de 2011

Rogério Correia e a Minas que tem censura


Do Blog: Minas tem Censura


O deputado do PT Rogério Correia tem aparecido nas notícias de forma inadequada para um parlamentar que se diz ético.
Primeiro ficou configurado que ele recebe auxílio moradia da ALMG tendo apartamento próprio em BH. O objetivo desse auxílio, entendo eu, é ajudar ao deputado do interior que tem que se mudar de sua cidade e viver em Belo Horizonte durante o seu mandato já que a Assembléia de Minas fica nessa cidade.

Por seu Twitter o deputado Rogério Correia informou que ele repassa esse auxilio aos movimentos sociais que ele apóia.
Na suposição de que isso é verdade, já que muitos não acreditaram nessa versão, temos que perguntar se é legal.
A pergunta ficou solta no ar sem resposta.

Essa semana o seu nome aparece em uma pixação bem feita, em um muro de uma gráfica,( foto) localizada na AV. Amazonas 3499, trabaho de profissionais, onde é mostrado o seu endereço na web e o nome do bloco “Minas Sem Censura”que ele diz ser líder.
Ora, pixar muro de ruas é crime ambiental. Pelo tamanho grande da pintura parece que a gráfica em questão não opôs resistência ao fato.
Será que essa gráfica aparece na prestação de contas da campanha do deputado? Será que essa gráfica presta serviços para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Nos dois casos há um lado ético a ser estudado.
O que a Comissáo de Ética da Assembléia de Minas pode nos dizer desses fatos?
Ë com esses argumentos que o PT vai fazer frente ao excelente trabalho que o Governador Anastasia faz em Minas Gerais?
Sorte de Anastasia!

PT rompe aliança com PSDB em Minas e Aécio Neves quer ampliar a aliança com PSB de Márcio Lacerda

PT decide romper aliança com PSDB de MG em 2012

Partido quer lançar candidato próprio para a Prefeitura de Belo Horizonte

Em 2008, petistas e tucanos se uniram para apoiar a candidatura do PSB; Anastasia estreita laço com sigla socialista

O PT de Minas descarta a renovação da aliança com o PSDB em Belo Horizonte em torno do atual prefeito da capital, Marcio Lacerda (PSB).
Desde a eleição de 2008, os três partidos formam uma coalizão no município – o vice-prefeito, Roberto Carvalho, é petista.

Na época, a aproximação de petistas e tucanos teve entre seus articuladores o então prefeito Fernando Pimentel (PT) e o então governador Aécio Neves (PSDB). Foi uma rara aliança entre os dois partidos no país.

Na campanha municipal do próximo ano, porém, o PT deve lançar um candidato próprio contra Lacerda.

Os petistas tentam reerguer o partido no Estado após a eleição de 2010, quando apoiaram a derrotada candidatura do peemedebista Hélio Costa ao governo.

O vice-prefeito, que preside o diretório do PT em Belo Horizonte, tem uma relação distante com Lacerda e já chegou a criticar a administração do município.

Mas diz que o PT não irá para a oposição neste mandato. “Respeitamos as decisões do Marcio. Mas, se ele decidir ficar com o PSDB, teremos candidato próprio.”

Carvalho e o deputado federal Miguel Corrêa Júnior são as principais opções do partido para o próximo ano.

“Vamos unir o partido em torno de um nome para lançar um candidato sem precisar nem mesmo de prévias”, afirmou o vice.

O PMDB, que tem a segunda maior bancada da Câmara Municipal atrás do próprio PT, deve se unir aos petistas.

AÉCIO
O senador Aécio Neves, possível candidato à Presidência em 2014 pelo PSDB, quer ampliar a aliança entre os tucanos e o PSB em Minas. Ele foi um dos articuladores da aliança em 2008.

No governo mineiro, o PSB é da base aliada tucana e tem duas secretarias importantes no governo de Antonio Anastasia: Desenvolvimento Social e Educação.

Nas últimas semanas, Anastasia tem elogiado a gestão de Lacerda, a quem chama de parceiro.

“O prefeito Marcio Lacerda faz uma excelente administração, aliás, opinião partilhada pelos belo-horizontinos e pelas pesquisas de opinião. Então, naturalmente, esse é um dado da realidade, que vai ser considerado no momento oportuno”, disse o governador.

O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) disse que Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do partido, tem muito em comum com Aécio.

“Se o candidato for o Aécio, eu acho possível um alinhamento. Com outro [candidato], não.”

quarta-feira, 16 de março de 2011

SUJEIRA POLITICA


A campanha acabou há mais de cinco meses, mas a pintura de muros para fins políticos segue firme em Belo Horizonte, poluindo visualmente a cidade. Que o diga o deputado estadual Rogério Correia (PT), que usou a fachada de uma casa na Avenida Amazonas, próxima à esquina com a Rua Pedra Bonita, no Barroca, para divulgar um site e o bloco “Minas Sem Censura”, formado na Assembleia por PT, PMDB, PRB e PCdoB.

Fonte: Jornal Estado de Minas

Antonio Anastasia anuncia super PIB mineiro de 10,9% em 2010 – valor é recorde dos últimos 15 anos

Fonte: Agência Minas

O governadorAntonio Anastasia anunciou, nesta quarta-feira (16), no Palácio Tiradentes, resultados recordes do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais no ano de 2010, que apresentaram crescimento real médio de 10,9% em relação ao mesmo período de 2009, superando em 3,4 pontos percentuais o resultado nacional, que foi de 7,5%.

Avaliado pelo Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro (FJP), a taxa de expansão do PIB mineiro de 2010 é a maior da série histórica iniciada em 1995 pela Fundação. Trata-se do melhor resultado de crescimento econômico do Estado dos últimos 15 anos. Até então, o recorde foi verificado em 2004, quando a economia mineira cresceu 5,9%.

O governador ressaltou que o resultado atesta a recuperação da atividade econômica do Estado, ante a crise financeira internacional que teve início no final de 2008, destacando a expressividade dos números frente ao crescimento nacional e até mesmo ao de países reconhecidos por apresentarem taxas de crescimento elevadas.

“Tenho a satisfação de informar aos mineiros e ao Brasil que o crescimento do nosso PIB foi de 10,9%. É um resultado extraordinário, superior, inclusive, aos padrões dos países que têm tido forte dinamismo econômico, como a China e Índia, e bem superior ao do Brasil, que foi de 7,5%. Isso sinaliza a retomada efetiva da economia do Estado e vamos continuar trabalhando para que tenhamos crescimento econômico sempre superior à média brasileira. Os últimos resultados demonstram o dinamismo da economia de Minas Gerais e o acerto da nossa política econômica”, afirmou Antonio Anastasia.

O governador anunciou o PIB mineiro acompanhado da secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothéa Werneck, da presidente da Fundação João Pinheiro, Marilena Chaves, e do diretor do Centro de Estatística e Informações da FJP, Frederico Poley.

Fatores de crescimento

O estudo da Fundação João Pinheiro avalia que a expansão do emprego, da massa salarial e da oferta de crédito no Estado, ao impulsionarem o mercado interno, foram fundamentais para o intenso crescimento do nível de atividade econômica de Minas Gerais em 2010.

A equipe técnica do Centro de Estatística e Informações da FJP, durante apresentação do PIB, destacou ainda que o contínuo aumento da demanda internacional por produtos da pauta de exportações mineira, junto com a valorização de produtos siderúrgicos, commodities agrícolas e minério de ferro, também contribuíram para o desempenho positivo da economia mineira em 2010.

A secretária Dorothéa Werneck destacou que o crescimento expressivo da economia terá impacto positivo na geração de emprego e renda e no aumento da qualidade de vida. “Todos comemoraram a taxa de crescimento do Brasil em 7,5% e estamos anunciando 10,9%, crescimento maior do que a China (10,3%) e maior do que a Índia (8,6%). Estamos vivendo em um Estado que está com um crescimento muito acima da média e isso significa para nós, mineiros, melhor qualidade de vida através da geração de mais empregos, mais renda, através de um potencial de maior consumo ainda em nosso Estado”, comentou a secretária.

No quarto trimestre de 2010, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a taxa de crescimento do PIB estadual foi de 6,7%. O valor adicionado bruto da economia mineira aumentou 9,7% em 2010, enquanto, no país, o crescimento foi de 6,7%.

O estudo completo do PIB de Minas Gerais 2010 está disponível no site da FJP (http://www.fjp.gov.br/index.php/component/docman/doc_download/591-informativo-cei-pibmg-2010-iv).

Desempenho por setor

Em Minas Gerais, o desempenho do valor adicionado na produção industrial superou amplamente o observado no âmbito nacional ao longo de todo o ano, encerrando 2010 com crescimento de 15,6%. No Brasil, a taxa foi de 10,1%. A diferença de 5,5 pontos percentuais pode ser atribuída principalmente à forte expansão da indústria extrativa mineral. No quarto trimestre de 2010, em comparação com o mesmo período de 2009, a indústria mineira cresceu 8,1%, enquanto a nacional registrou crescimento de 4,3%. “Destacaram-se a indústria extrativa-mineral e a indústria de transformação”, afirmou a presidente da FJP, Marilena Chaves.

Na atividade serviços, o aumento de 7,1% da produção mineira em 2010 também foi maior que o resultado anual para o Brasil (5,4%). No último trimestre de 2010 o valor adicionado bruto estadual dos serviços cresceu 6,2% e o brasileiro, 4,6%.

Marilena Chaves ainda ressaltou os bons resultados obtidos no setor de serviços, citando o comércio (10,6%), transportes (13,4%), aluguel (3,6%) e administração pública (4,1%). Marilena Chaves disse que os valores positivos na agricultura foram puxados pelos acréscimos nas safras de café (25,9%).

A agropecuária foi a única atividade em que variações nos valores adicionados estadual e nacional apresentaram resultados praticamente similares no acumulado de 2010: 6,4% e 6,5%, respectivamente. No comparativo trimestral, entretanto, observa-se retração de 4,7% da agropecuária de Minas no quarto trimestre de 2010, enquanto, no Brasil, a atividade registrou pequeno acréscimo (1,1%).

No acumulado de 2010, a agricultura cresceu 8,5% e a pecuária, apenas 1,0%. No quarto trimestre de 2010, relativamente ao mesmo trimestre do ano anterior, a agropecuária estadual teve retração de 4,7%. No mesmo período, a produção vegetal apresentou queda de 6,6% e a produção animal caiu 6,5%.

terça-feira, 15 de março de 2011

Anastasia recebe presidente da Brasil Foods S/A


O governador Antonio Anastasia recebeu, na tarde desta terça-feira (15), no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, a visita do presidente da Brasil Foods S/A, José Antônio Fay. Também participaram do encontro a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, o vice-presidente de Assuntos Corporativos da Brasil Foods, Wilson Mello, e o gerente nacional de Relações Institucionais da empresa, Guilherme Portella.

Governador Anastasia amplia metas dos Objetivos do Milênio


O governadorAntonio Anastasia assinou, nesta terça-feira (15), no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, Memorando de Entendimento entre o Governo de Minas e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão subsidiário das Nações Unidas (ONU), para revisão dos Objetivos do Milênio, uma vez que o Estado cumpriu antecipadamente cinco dos sete principais compromissos determinados até 2015.

Os Objetivos do Milênio fazem parte de um compromisso político assumido por 191 chefes de Estado, que sintetiza as prioridades globais de desenvolvimento e define metas sociais a serem alcançadas. Minas Gerais é o primeiro estado em todo o mundo a ampliar suas metas e desafios para o seu desenvolvimento social e redução das desigualdades.

"De maneira pioneira e inovadora, estamos nos desafiando, com metas mais ousadas do que aquelas que já alcançamos. Teremos, pela primeira vez no mundo, metas mais inovadoras, ou seja, metas mais difíceis, que vamos nos esforçar para alcançar", disse o governador Antonio Anastasia, em entrevista.

Das sete metas pactuadas para 2015, Minas Gerais já cumpriu antecipadamente o estipulado para a redução da fome e da miséria; para a promoção da igualdade entre os sexos e a valorização da mulher; para a redução da mortalidade infantil; para o combate à AIDS, malária e outras doenças; e para a garantia da sustentabilidade ambiental.

A partir da assinatura deste novo memorando com o PNUD, terão início estudos e levantamentos junto às secretarias estaduais para que, entre três e cinco meses, sejam estabelecidas novas metas a serem cumpridas por Minas Gerais dentro do prazo inicial, o ano de 2015.

"É bom lembrar que essas metas são de responsabilidade dos governos, mas também da sociedade civil, de todos os setores, porque queremos reduzir a mortalidade materna, queremos melhorar o nível de educação dos nossos alunos, queremos melhorar a renda das pessoas, queremos ter as mulheres mais inseridas no mercado de trabalho. Essas metas do milênio, portanto, serão aperfeiçoadas para Minas Gerais", afirmou o governador.

Acima da média nacional

O coordenador-residente do Sistema Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, Minas afirmou que o Brasil vem apresentando bons resultados em relação às metas pactuadas. Segundo ele, o desempenho de Minas Gerais é ainda melhor e está acima da média nacional. Ele parabenizou o governador Antonio Anastasia pela iniciativa de ampliar as metas do Estado.

"Esperamos que Minas Gerais possa continuar liderando o extraordinário processo da melhora de qualidade de vida e desenvolvimento humano e que nós possamos mostrar ao resto do mundo que, com um compromisso forte, político, institucional, e também moral, é possível derrotar a pobreza, a miséria e a ignorância", disse o coordenador do PNUD no Brasil.

Chediek ressaltou ainda o pioneirismo mundial do governo mineiro na adoção do Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), desenvolvido pelo PNUD no ano passado, e que traz uma nova forma de medição da pobreza, baseada não apenas na renda da população, mas em um diagnóstico detalhado das privações e carências da população.

A metodologia será aplicada pelo governo estadual no programa Porta a Porta, que tem o objetivo de visitar todas as regiões mineiras para analisar em suas diversas dimensões as necessidades dos cidadãos.

De acordo com o assessor especial de Políticas Sociais do Governo de Minas, Marcelo Garcia, o primeiro levantamento está sendo realizado em nove cidades - quatro na Região Metropolitana de Belo Horizonte e nas cinco cidades mais pobres de Minas. O trabalho será feito em parceria com entidades sociais conveniadas ao Estado, ao longo dos próximos quatro anos.

Além do governador e de Chediek, também assinaram o documento os secretários de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães; de Educação, Ana Lúcia Gazzola; de Saúde, Antônio Jorge; e a presidente da Fundação João Pinheiro, Marilena Chaves.

Discursando em nome dos secretários signatários do memorando, o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, lembrou o esforço do Governo de Minas, nos últimos oito anos, em pactuar compromissos com a sociedade.

"Tivemos o Choque de Gestão, com o equilíbrio fiscal; uma segunda fase, com o estabelecimento de metas e resultados; e, agora, com o foco em numa gestão para a cidadania", disse o secretário.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Enquanto motoristas morrem nas estradas, governos do PT usam recursos do Fundo de Trânsito para fazer superávit primário

Programa para reduzir acidentes no trânsito tem 72% dos recursos bloqueados

Fonte: Amanda Costa - Do Contas Abertas

Os feriados nacionais costumam deixar um saldo elevado de acidentes nas rodovias estaduais e federais que, em geral, acontecem por conta da imprudência dos motoristas no trânsito, sobretudo, pelo consumo de bebidas alcoólicas. Para tentar reduzir a mortalidade, a gravidade e o número de acidentes no país, o governo federal dispõe do Fundo Nacional de Segurança e Educação no Trânsito (Funset), cujo orçamento previsto para este ano chega a R$ 690,9 milhões. No entanto, R$ 494,2 milhões (72%) sequer chegarão a ser usados, já que estão na chamada reserva de contingência, que auxilia a formação do superávit primário do governo federal, necessário para o pagamento dos juros da dívida (veja tabela).

O congelamento dos recursos não é fato novo. Desde 2003, pelo menos um terço da verba prevista no Funset foi contingenciada. Assim, dos R$ 3,1 bilhões previstos em orçamento neste período, pouco mais de R$ 1 bilhão esteve bloqueado, não podendo ser aplicado no fomento de projetos de redução de acidentes. Os recursos efetivamente desembolsados ao longo dos últimos oito anos somaram R$ 863,6 milhões, em valores corrigidos pela inflação.

Neste ano, até a última semana, foram aplicados R$ 13,2 milhões em projetos que visam aumentar a conscientização e promover a educação no trânsito. A cifra corresponde a 7% dos R$ 196,7 milhões disponíveis para uso, após o bloqueio de 72% da verba autorizada.

O sistema de informações do Sistema Nacional de Trânsito (STN) recebeu a maior parte dos recursos, quase R$ 8,4 milhões. A ideia é assegurar confiabilidade, segurança e a atualização dos sistemas de dados e informações de gestão com a manutenção e operação de registros, controle, monitoramento e acompanhamento das informações de competência do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Contudo, em ações como a de fomento a pesquisa e desenvolvimento na área de trânsito, não foram aplicados nenhum centavo dos R$ 4,7 milhões programados. A verba é destinada à promoção da segurança, gestão operacional e a fiscalização de trânsito por meio da melhoria de processos e dos instrumentos, equipamentos ou produtos utilizados na área de trânsito,

No ano passado, o contingenciamento foi menor, o equivalente a R$ 81,8 milhões. Mas foram aplicados somente R$ 208,4 milhões dos R$ 574,6 milhões previstos em orçamento. Assim, a execução atingiu o patamar de somente 36%. As campanhas publicitárias, cujos objetivos são informar, esclarecer, orientar, mobilizar, prevenir ou alertar a população sobre comportamentos no trânsito, foram o carro-chefe, com gastos de R$ 126 milhões, ou 60% da totalidade dos recursos desembolsados.

O Funset é formado a partir do percentual de 5% do valor das multas de trânsito que é depositado mensalmente na conta do fundo. A maior parte dos recursos é gerida pelo Denatran, do Ministério das Cidades.

A assessoria de imprensa do órgão informou que o ministro do Ministério Cidades, Mário Negromonte, tem se enforçado no sentido de tentar descontingenciar os recursos. Mas, por outro lado, a assessoria garante que, mesmo após o bloqueio da verba, os projetos previstos no Funset não serão afetados, já que houve um redimensionamento para adequar as açõs ao orçamento disponível, após o contingenciamento.

domingo, 13 de março de 2011

Lula turbinou popularidade com recorde em propagandas

Gastança .Em valores corrigidos, FHC gastou R$ 1,3 bilhão em sete anos e petista utilizou R$ 3,3 bilhões


Nem só ao carisma do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se deve a aprovação recorde de seu governo, que terminou com mais de 80% de avaliação positiva. Um levantamento feito pela reportagem nas contas da União demonstra que as despesas com publicidade na administração do petista cresceram 149,8%, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), na comparação com o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). FHC gastou R$ 1,3 bilhão, enquanto Lula torrou R$ 3,3 bilhões.


Ao longo de seus oito anos de mandato, Lula aumentou, em média, em R$ 35,9 milhões, por ano, os gastos com publicidade e propaganda do governo federal. Durante sete dos oito anos da gestão tucana no país, Fernando Henrique incrementou as despesas em cerca R$ 4 milhões ao ano. Em 1996, ocorreu o menor gasto de FHC com publicidade: R$ 176,7 milhões. Já a menor despesa de Lula foi em 2003, no primeiro ano de mandato, quando o montante chegou aos R$ 269,4 milhões, em valores corrigidos.


Salto. Quando a correção é desconsiderada, Lula aumentou 12,9 vezes as despesas apenas da Presidência da República com publicidade no primeiro ano de seu governo, em 2003, numa comparação com Fernando Henrique em seu último ano de gestão. Lula priorizou a publicidade de sua gestão à propaganda dos ministérios.

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