quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Parceria entre Seds e empresas beneficia ex-detentos


Carteira assinada e salário de aproximadamente R$ 1 mil. Essa é a nova realidade de Dione Aparecido da Silva, 37 anos, ex-detento do presídio Floramar, em Divinópolis, região Centro- Oeste de Minas. Após seis anos e dez meses de detenção, ele comemora a conquista do cargo de polidor em uma empresa especializada em peças de alumínio fundido, oportunidade que lhe foi dada quando ainda cumpria pena na unidade prisional. “Não queria passar o dia inteiro atrás das grades, sem fazer nada. Então, na primeira chance que tive, comecei a trabalhar. Primeiro, dentro do presídio. Depois, em outras empresas até chegar aqui. Dei a volta por cima”, comemora Silva.

O ex-detento conta que já completou cinco anos de trabalho, sendo dois quando ainda estava preso e os demais após recuperar a liberdade. Com jornada de seis horas diárias, ele e os colegas trabalham por produção e em duplas. Cada uma é responsável por descascar, raspar, polir e lustrar um mínimo de 150 peças (panelas e tampas) por dia. Se ultrapassarem este número, recebem R$ 0,35 por peça extra. O salário é de R$ 762,00, mais adicional de insalubridade, cesta básica e vale-transporte. “Antes de ser preso, era vendedor. Não sabia nada sobre fundição, fui aprendendo aos poucos. Nos dois primeiros meses passava o dia aqui. Entrava às 8h e saia às 17h, porque queria aprender”, lembra.

A dedicação de Silva ao trabalho é motivo de orgulho para o proprietário da empresa, Wesley Assaf. “O Dione é um dos melhores que tenho aqui. É gratificante ver que ele conseguiu voltar à sociedade e ter uma vida nova”, relata. Com 19 anos de mercado, a Alumínio Condor LTDA empregou mais de 30 detentos do presídio Floramar nos últimos seis anos. “Pequenas empresas como a Condor não podem fazer muito. Esta foi a forma que encontrei de dar a minha contribuição social”, destaca o empresário.


Leia mais na integra: Agência Minas

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