O
Plano Real completa duas décadas nesta terça-feira (1º). A moeda que simbolizou
o projeto idealizado por Fernando Henrique Cardoso, no governo Itamar Franco, e
que acabou com a hiperinflação no país entrou em circulação em 1994.
Desde
então, o país vive um cenário de estabilidade econômica – bem diferente do que
se registrava antes, quando a desvalorização da moeda corroía a renda dos
brasileiros e planos e mais planos se sucediam para tentar conter a inflação,
sem cumprir seu objetivo.
“Nenhuma
outra reforma econômica na nossa história recente foi mais transformadora do
Brasil que o Plano Real”, afirmou o candidato do PSDB à Presidência da
República, senador Aécio Neves.
Sessão
Na
sessão solene promovida em fevereiro no Congresso, que celebrou os 20 anos da
medida provisória que criou a Unidade Real de Valor (URV) e estabeleceu os
caminhos para a implantação do real, Aécio descreveu o panorama da economia
brasileira nos anos que antecederam a então nova moeda.
“Em
abril de 1990, a inflação acumulada em 12 meses era de 6.821%, recorde até hoje
absoluto em nossa história. Foram mais de 10 anos de inflação acima do patamar
de 100%”, lembrou o senador.
Em
seguida, Aécio ressaltou que: “A média da década alcançou inacreditáveis 694%.
Naquele tempo, o grave desarranjo econômico agravava ainda mais a crônica
pobreza existente; tornava mais aguda e destrutiva a desigualdade, solapando
qualquer perspectiva de crescimento e uma mais justa distribuição das riquezas
nacionais. Além do caos econômico, uma gravíssima crise política tomava o seu
curso”.
Inovação
O
senador destacou que a inovação que marcou os trabalhos preparatórios para o
Plano Real. “A estratégia incluiu um programa de austeridade fiscal, o Plano de
Ação Imediata, e a criação do Fundo Social de Emergência, com corte
significativo de gastos públicos, além do combate à evasão de impostos e um
maior rigor na rolagem das dívidas dos estados”, disse.
Aécio
afirmou ainda que a originalidade marcou o Plano Real: “O novo plano foi,
assim, concebido de maneira original, evitando erros cometidos nas inúmeras
tentativas anteriores. Não houve congelamento de preços, não houve ‘pacotaços’
nem surpresas”.
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PSDB