segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Aécio defende pacto pelas reformas constitucionais

Aécio e Cabral
A concentração dos tributos no caixa da União e a demora dos últimos governos em aprovar as reformas necessárias para o país, como a tributária e a política, foram alvo de declarações feitas pelo governador Aécio Neves, nesta segunda-feira (24), no Rio de Janeiro, durante o seminário “Cenários e Perspectivas para o Brasil”, promovido pelo jornal O Globo, em comemoração aos 40 anos do Caderno de Economia do jornal. Além de Aécio Neves, também participaram do evento o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral.
“Acredito que a raiz mais profunda dos problemas que o Brasil vive hoje é a fragilização, o aniquilamento da Federação, que hoje é uma expressão solta em uma folha de papel e sem qualquer conexão com a realidade. Vivemos um processo perverso de concentração de renda e, faço justiça, não é algo que se inicia no governo presidente Lula, isso vem de muitos anos. Hoje, os estados e municípios, sobretudo aqueles de menor desenvolvimento econômico têm inúmeras dificuldades para cumprir com seus compromissos básicos, por exemplo, de folha salarial”, afirmou Aécio Neves, em entrevista.
O governador de Minas citou como exemplo do enfraquecimento dos entes federados, a situação em que vivem boa parte dos municípios mineiros, que todos os anos têm dificuldades para pagar o 13º salário aos funcionários públicos. “Governo o estado que tem o maior número de municípios do país, são 853.
Todo o ano, cerca de 300 desses municípios não têm condições de pagar o abono salarial, precisam de auxílio do próprio Estado. Então, ou paralisamos, interrompemos esse processo de concentração que faz com que hoje 70% de tudo o que se arrecada no Brasil esteja nas mãos da União, ou vamos avançar para viver um Estado unitário. Essa é uma das questões que eu gostaria de ver discutida com profundidade no debate eleitoral do ano que vem, além da gestão pública de qualidade, algo que o governo federal deu nenhuma importância nos últimos seis anos”, disse Aécio Neves, em entrevista após o seminário.


Nenhum comentário:

Postar um comentário