sábado, 3 de abril de 2010

Aécio Neves: “Tenho orgulho de ser político”

O tucano Aécio Neves confirma que concorrerá ao Senado,
aponta as maiores fragilidades do discurso petista e diz
que é vital recuperar a dignidade da atividade política

"É preciso implantar a meritocracia
na administração federal, e o PT
simplesmente não quer, não sabe
e não pode fazê-lo"

Em obediência à lei eleitoral que requer a desincompatibilização de políticos em posições executivas que pretendem concorrer nas próximas eleições, o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, de 50 anos recém-completados, passou, na última semana, o cargo a seu vice, Antonio Anastasia. Aécio saiu com 92% de aprovação da população mineira. A marca impressionante é resultado da administração de um governador que apostou tudo na meritocracia e, com ela, melhorou bastante todos os indicadores sociais, econômicos e educacionais do seu estado. Essa quase unanimidade em um colégio eleitoral de 14 milhões de votos faz dele o vice dos sonhos do candidato do PSDB ao Planalto, o governador paulista José Serra. Mas Aécio acredita que ajuda mais como candidato ao Senado por Minas Gerais. Disse Aécio a VEJA: “A aprovação do meu governo é a prova maior de que os resultados de uma gestão eficiente se impõem sobre o messianismo da era Lula”.

A que exatamente a população deu a aprovação de 92%?
As pessoas sabem o que é bom para elas, sua família, sua cidade, seu estado e seu país. A aprovação vem naturalmente quando elas percebem que a ação do governo está produzindo professores que ensinam, alunos que aprendem, policiais que diminuem o número de crimes e postos de saúde que funcionam. Quando você faz um choque de gestão e entrega bons
resultados ano após ano, não há politicagem que atrapalhe a percepção de melhora por parte da população. Quem tem 92% de aprovação está sendo bem avaliado por todo tipo de eleitor, até entre os petistas.

Os eleitores entendem o conceito de “choque de gestão”?
Quase todo mundo percebe quando a política está sendo exercida como uma atividade nobre, sem mesquinharias, com transparência e produzindo resultados práticos positivos. A política, em si, é a mais digna das atividades que um cidadão possa exercer. Os gregos diziam que a política é a amizade entre vizinhos. Quando traduzimos para hoje, estamos falando de estados, municípios e da capacidade de construir, a partir de alianças, o bem comum. Vou lutar por reformas que possam tornar a política de novo atraente para as pessoas de bem, que façam dessa atividade, hoje vista com suspeita, um trabalho empenhado na elevação dos padrões materiais, sociais e culturais da maioria. É assim que vamos empurrar os piores para fora do espaço político. Não existe vácuo em política. Se os bons não ocuparem espaço, os ruins o farão.

A máquina do serviço público é historicamente pouco eficiente. Como o senhor fez para mudar essa realidade?
Nós estabelecemos metas para todos os servidores, dos professores aos policiais. E 100% deles passaram a receber uma remuneração extra sempre que atingissem as metas acordadas. O governo começou a funcionar como se fosse uma empresa. Os resultados apareceram com uma rapidez impressionante. A mortalidade infantil em Minas caiu mais do que em qualquer outro estado, a desnutrição infantil das regiões mais pobres chegou perto do patamar das regiões mais ricas, todas as cidades do estado agora são ligadas por asfalto, a energia elétrica foi levada a todas as comunidades rurais e mesmo as mais pobres passaram a ter saneamento. Na segurança pública conseguimos avanços notáveis com a efetiva diminuição de todos os tipos de crime.

O desafio do PT sobre comparação de resultados de governos, então, lhe conviria?
Gostaria muito de contrapor os resultados obtidos pela implantação da meritocracia com o messianismo daqueles que apenas fazem promessas e propagam a própria bondade. Quando você estabelece instrumentos de controle e consegue medir os resultados das ações de governo, você espanta os pregadores messiânicos. Eles fogem das comparações. Mas para ter resultados é preciso que se viva sob um sistema meritocrático. Isso significa que as pessoas da máquina estatal têm de ser qualificadas, e não simplesmente filiadas ao partido político. O aparelhamento do estado que vemos no governo federal é um mal que precisa ser
erradicado.

Quais são as chances de o senhor ser candidato a vice-presidente da República na chapa de José Serra?
Serei candidato ao Senado. Eu tenho a convicção de que a melhor forma de ajudar na vitória do candidato do meu partido, o governador José Serra, é fazer nossa campanha em Minas Gerais. Eu respeito, mas divirjo da análise de que a minha presença na chapa garantiria um resultado positivo para o governador Serra. Isso não é verdade. Talvez criasse um fato político efêmero, que duraria alguns dias, mas logo ficaria claro que, no Brasil, não se vota em candidato a vice-presidente.

Nas últimas eleições, quem venceu em Minas venceu também a eleição presidencial. Acontecerá o mesmo neste ano?
Espero que sim, e acho que o governador Serra tem todas as condições para vencer em Minas Gerais e no Brasil. Eu vou me esforçar para ajudá-lo, repito, porque tenho um compromisso com o país que está acima de qualquer projeto pessoal. Esse compromisso inclui trabalhar para encerrar o ciclo de governo petista. Lula teve muitas virtudes. A primeira delas, aliás, foi não alterar a política econômica do PSDB. Ele fez bons programas sociais? Claro, é um fato. Mas o desafio agora é fazer o Brasil avançar muito mais, e é isso que nosso presidente fará.

A ministra Dilma Rousseff, candidata do PT ao Planalto, tem dito que o presidente Lula reinventou o país. Esse é um exemplo de discurso messiânico?
Sem dúvida. Se um extraterrestre pousasse sua nave no Brasil e ficasse por aqui durante uma semana sem conversar com ninguém, só vendo televisão, ele acharia que o Brasil foi descoberto em 2003 e que tudo o que existe de bom foi feito pelas pessoas que estão no governo atual. Os brasileiros sabem que isso é um discurso vazio. Não teria havido o governo do presidente Lula se não tivesse havido, antes, os governos do presidente Fernando Henrique e do presidente Itamar Franco. Sem o alicerce do Plano Real, nada poderia ter sido construído.

A ministra Dilma cresceu nas pesquisas e viabilizou-se como candidata competitiva. Isso preocupa o PSDB?
A ministra Dilma chegou ao piso esperado para um candidato do PT, qualquer que fosse ele. A partir de agora, ela terá de contar com a capacidade do presidente Lula de lhe transferir votos. Mas o confronto olho no olho com o governador Serra vai ser muito difícil para ela.

Na sua opinião, como será o tom da campanha presidencial?
Acho que, em primeiro lugar, a candidata Dilma terá de explicar logo como será sua relação com seu próprio partido, o PT, em um eventual governo. O PT tem dificuldades históricas de ter uma posição generosa em favor do Brasil. Quando a prioridade do Brasil era a retomada da democracia, o PT negou-se a estar no Colégio Eleitoral e votar no presidente Tancredo Neves. O PT chegou a expulsar aqueles poucos integrantes que contrariaram o partido. Prevaleceu uma visão política tacanha, e não o objetivo maior que tinha de ser alcançado naquele momento. Se dependesse do partido, talvez Paulo Maluf tivesse sido eleito presidente pelo Colégio Eleitoral. Ao final da Constituinte, o PT recusou-se a assinar a Carta. Quando o presidente Itamar Franco assumiu o governo, em um momento delicado, de instabilidade, e o PT foi convocado a participar do esforço de união nacional, novamente se negou, sob a argumentação de que não faria alianças que não condiziam com a sua história. Se prevalecesse a posição do PT, nós não teríamos a estabilidade econômica, porque o partido votou contra o Plano Real. O presidente Lula, com sua autoridade, impediu que o partido desse outros passos errados quando chegou ao governo. Mas o que esperar de um governo do PT sem o presidente Lula?

Qual é o seu palpite?
Eu acho que, pelo fato de a ministra Dilma nunca ter ocupado um cargo eletivo, há uma grande incógnita. Caberá a ela responder, durante a campanha, a essa incógnita. Dar demonstrações de que não haverá retrocessos, de que as conquistas democráticas são definitivas. A ministra precisa dizer de forma muito clara ao Brasil qual será a participação em seu governo desse PT que prega a reestatização, que defende uma política externa meramente ideológica, que faz gestos muitos vigorosos no sentido de coibir a liberdade de expressão.

E o PSDB, falará de quê?
Nosso maior tema será lembrar aos brasileiros que somos a matriz de todos os avanços sociais e econômicos do Brasil contemporâneo. Nós temos legitimidade para dizer que somos parte integrante do que aconteceu de bom no Brasil até agora. Se hoje o país está numa situação melhor, foi porque nós tivemos uma participação decisiva nesse processo. Houve a alternância do poder, que é natural e saudável, mas está na hora de o PSDB voltar ao poder. Está na hora de o país ter um governo capaz de fazer a máquina pública federal funcionar sem aparelhamento. É preciso implantar a meritocracia na administração federal, e o PT simplesmente
não quer, não sabe e não pode fazê-lo. Às promessas falsas, ao messianismo, aos insultos pessoais, aos ataques de palanque, vamos contrapor nossos resultados nos estados e a receita de como obtê-los também no nível federal.

O senhor acha que os brasileiros são ingratos com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso?
Eu acho que hoje não se faz justiça a ele, mas tenho certeza absoluta de que a história reconhecerá seu papel crucial. Como também acho que se fará justiça ao presidente Itamar Franco, que permitiu a Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda, fazer e aplicar o Plano Real.

Se vencer a disputa presidencial, Serra diz que tentará acabar com a reeleição.
Eu prefiro mandatos de cinco anos, sem reeleição. Defendo isso desde 1989. Mas, hoje, pensar nisso é irreal. A reeleição incrustou-se na realidade política brasileira de maneira muito forte. A prioridade deveria ser uma reforma política que incluísse o voto distrital misto. Isso aproximaria os eleitores dos deputados e ajudaria a depurar o Parlamento.

O senhor, um político jovem, bem avaliado, duas vezes governador de um grande estado, ainda deve almejar chegar à Presidência, não?
Eu tenho muita vontade de participar da construção de um projeto novo para o Brasil, em que a nossa referência não seja mais o passado, e sim o futuro. Sem essa dicotomia que coloca em um extremo o PT e no outro o PSDB, e quem ganha é obrigado a fazer todo tipo de aliança para conseguir governar. Assim, paga-se um preço cada vez maior para chegar a sabe-se lá onde. O PT deixou de apresentar um projeto de país e hoje sua agenda se resume apenas a um projeto de poder. Eu gostaria de uma convergência entre os homens de bem, para construir um projeto nacional ousado, que permita queimar etapas e integrar o Brasil em uma velocidade muito maior à comunidade dos países desenvolvidos, de modo que todos os brasileiros se beneficiem desse processo.

Mas o Brasil já está direcionado nesse rumo, não?
Está, mas é preciso acelerar a nossa chegada ao nosso destino de grandeza como povo e como nação. Eu fico impaciente com realizações aquém do nosso potencial. O Brasil pode avançar mais rapidamente com um governo que privilegie o mérito, que qualifique a gestão pública, para que ela produza benefícios reais e duradouros para a maioria das pessoas, que valorize o serviço público e cobre dele resultados. Um governo que tenha autoridade e generosidade para fazer acordos. Meu avô Tancredo Neves costumava dizer que há muito mais alegria em chegar a um entendimento do que em derrotar um adversário. Eu vou ser sempre um construtor de pontes. Quanto a chegar à Presidência da República, tenho a convicção de que isso é muito mais destino do que projeto.

Entrevista revista VEJA

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Aécio se despede do governo com um "até breve"

Cerimônia não teve balanço de ações e é marcada pela emoção e pompa

AMÁLIA GOULART

"Há poucos dias, quando inaugurava a nova sede do governo de Minas, encerrei minhas palavras retirando das cordas mais profundas da minha alma o sentimento que me une a Minas e aos mineiros. É com este sentimento que me despeço de cada um de vocês, não com um adeus, mas com um até breve, pois: Minas é minha causa, minha casa, minha pátria. E aqui, nesse chão, somos todos irmãos!". Essas foram as últimas palavras de Aécio Neves (PSDB) como governador de Minas Gerais. Do alto da sacada do Palácio da Liberdade, ele se despediu ontem do cargo. Ao lado de artistas, prefeitos, deputados e toda uma claque de políticos, o tucano passou o posto a Antonio Anastasia (PSDB), seu vice e pré-candidato à sucessão estadual. O tucano se desincompatibilizou para concorrer a uma vaga no Senado.

Os últimos minutos de Aécio como governador foram de expectativa. Um forte temporal que caiu na capital mineira, no momento da transmissão do cargo, às 15h, ameaçou o cancelamento do evento. Populares, que se aglomeravam na porta do Palácio da Liberdade, se retiraram do local. Depois de almoçar no Palácio das Mangabeiras, Aécio dirigiu-se à praça da Liberdade. Por volta de 16h30 as águas deram trégua.

Emocionado, Aécio quebrou o protocolo e permitiu que Anastasia fosse o primeiro a discursar. O governador empossado agradeceu ao padrinho político e disse que não se tratava de uma despedida, mas de uma festividade. "Neste momento, nosso sentimento é um misto de saudade antecipada e de imensa alegria de ter podido participar, sob sua liderança, deste mutirão realizado a favor de Minas Gerais e de seu povo", disse Antonio Anastasia.

Aécio, passou o Grande Colar da Inconfidência para Anastasia, e, ao lado da filha, se despediu dos mineiros. "Obrigado pelo afeto com que sempre fui recebido por onde andei e pela enorme confiança depositada em minhas mãos. Obrigado Minas, muito obrigado!", disse Aécio com voz embargada.

O tucano disse que não faria balanço de seu governo, pois tinha certeza que os mineiros sabiam a dimensão do seu trabalho. Acompanhado de ex-governadores, Aécio fez referência especial a Itamar Franco (PPS). Também lembrou do seu avô, Tancredo Neves. O tucano disse que aprendeu com ele a fazer política. "Aprendi, com o presidente Tancredo, que ela é também a forma mais honrada de exercer a solidariedade", disse Aécio.

Após o discurso, Aécio Neves ouviu a banda do projeto social Valores de Minas tocar a música "Amigo de Fé", de autoria de Roberto Carlos. Por fim, desceu a escadaria do Palácio da Liberdade e atravessou a praça em um tapete vermelho.

Aécio Neves deixou o governo sete anos e meio após ter assumido o cargo.

Ex-governador terá agenda intensa após deixar o governo
[RET_TEXTO_A]Aécio Neves (PSDB) deixou o cargo ontem para concorrer a uma cadeira no Senado Federal. O tucano pretende participar de evento católico em São João Del Rei, amanhã. Depois, comparece no lançamento da pré-candidatura de José Serra (PSDB), ex-governador de São Paulo, ao Palácio do Planalto. O evento está marcado para o dia 10 deste mês.
Aécio Neves pretende tirar cerca de 10 dias de férias. Fará viagem pessoal. Em seguida, retorna a Belo Horizonte onde montará um escritório político.
O mineiro já disse que pretende participar de inaugurações de obras realizadas em sua gestão. Vai acompanhar o novo governador, Antonio Anastasia (PSDB).
O tucano promete empenho para eleger seu sucessor em Minas. Também já disse que trabalhará pela eleição de Serra.
O mineiro deixará o governo, mas não deve deixar de se assediado por seu partido, especialmente da ala paulista, para que seja vice-candidato à Presidência na chapa de Serra. (AG)

Homenagem
Artistas. Luciano Huck, Cristiane Torloni, Maitê Proença, Ziraldo, Alcione, Fagner, Odilon Wagner, Zico e Rogério Flausino. Estes foram os artistas que participaram da cerimônia de transmissão de cargo ontem.

terça-feira, 30 de março de 2010

Aécio e Lacerda entregam novo trecho da avenida Antônio Carlos


BELO HORIZONTE (30/03/10) - O governador Aécio Neves, o vice-governador Antonio Anastasia e o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, liberaram para a população da capital, nesta terça-feira (30), novo trecho da obra de alargamento da avenida Antônio Carlos, entre o Complexo da Lagoinha e a rua dos Operários, no bairro Cachoeirinha. São 2,2 quilômetros de avenida com quatro faixas de trânsito em cada sentido, além de uma faixa exclusiva para ônibus. A obra beneficiará cerca de 3 milhões de pessoas.

O trecho liberado faz parte da segunda fase de obras de alargamento da avenida realizada pelo Governo de Minas e que inclui sete novos viadutos, dos quais, cinco estão concluídos. As obras contam com recursos de R$ 250 milhões, sendo R$ 190 milhões do Tesouro do Estado e R$ 60 milhões da Prefeitura de Belo Horizonte.

‘”Uma obra magnífica. Estou emocionado ao ver que em tão pouco tempo fizemos uma obra que todos que vivemos em Belo Horizonte esperávamos há décadas. É talvez uma das maiores agonias que nós, em Belo Horizonte, passávamos. Estamos dotando Belo Horizonte dos recursos e da infraestrutura necessária para ela alçar voos. É uma obra que pouca gente acreditava que ficaria pronta nesse tempo tão curto. Está aí, com todas as pistas liberadas. Dentro de 45 dias, o restante das alças dos viadutos serão concluídas”, disse Aécio Neves.

Os dois viadutos ainda em obras estão localizados próximos à rua Formiga e ao Conjunto IAPI. Serão finalizados até maio. Além de aumentar a fluidez no tráfego, eles facilitarão o acesso aos bairros Cachoeirinha, Bom Jesus, São Cristóvão e Renascença.

Cristiano Machado

O governador Aécio Neves também anunciou a liberação de R$ 20 milhões – R$ 17 do Governo do Estado e R$ 3 milhões da Prefeitura de Belo Horizonte - para a construção de passarelas e acessos de pedestres na avenida Cristiano Machado. O objetivo é possibilitar a retirada de 2/3 dos sinais de trânsito da avenida, tornando mais rápido o percurso do centro de Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, e à Cidade Administrativa.

“Vamos fazer acessos a algumas passarelas já existentes e até o final do ano, vamos ter pelo menos 2/3 dos sinais não existindo mais, o que vai fazer com que do centro da cidade ao Aeroporto Internacional, você não leve mais do que meia hora. Da Cidade Administrativo menos que isso ainda. Pedimos um esforço enorme ao governador Anastasia e ao prefeito Marcio Lacerda para encontrarmos os recursos e isto está garantido”, afirmou Aécio Neves.

Acesso ao Mineirão

O governador Aécio Neves também anunciou o Estado liberará recursos para viabilizar a construção de um viaduto sobre a avenida Antônio Carlos, na altura do cruzamento com a avenida Abraão Caran, facilitando o acesso ao estádio Mineirão. Os recursos serão usados para pagar as indenizações das desapropriações necessárias para a execução da obra.

“Estamos já transferindo os recursos para iniciar rapidamente as desapropriações para fazermos o viaduto da Abraão Caran, que liga ao Mineirão, inclusive, com retorno para a Universidade. A obra será feita com parceria com prefeitura, com uma contribuição do governo federal, que esperamos, mas o que era fundamental e que nem o governo federal nem a prefeitura poderiam fazer: o Estado vai colocar os recursos para iniciar as desapropriações. Vamos ter mais uma passagem livre na Antônio Carlos”, disse.

Copa 2014

Segundo o governador, tanto as obras da Linha Verde quanto da Antônio Carlos também serão fundamentais para dotar a capital de infraestrutura para a Copa de 2014. Ele também destacou a parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte.

“A nossa parte, fizemos. A Antônio Carlos está aí, a Linha Verde com acesso do aeroporto ao Mineirão está aí; até o projeto para a Copa do Mundo. O Estado está adiantado. E essa parceria com a prefeitura é que tem sido absolutamente fundamental para que essas obras ocorram nessa velocidade. Estou muito feliz de me despedir de Belo Horizonte entregando a avenida Antônio Carlos ao tráfego. Minas dá ao Brasil um bom exemplo de como se faz obra em tempo recorde e com preço adequado, sem sobrevalorização e com muita qualidade”, disse.

Mudanças na avenida Antônio Carlos

Com aproximadamente 8 km, a avenida Antônio Carlos é a principal via de ligação entre o Centro de Belo Horizonte à região Norte e Pampulha. Pela avenida circulam diariamente 85 mil veículos. Com o alargamento, a via passa a ter 52 metros de largura, 27 metros a mais que a antiga via. Novas faixas, viadutos, passarelas e trincheira reduzirão o tempo de deslocamento da população, garantindo mais segurança e mais qualidade de vida à população.

Na primeira fase da obra, que também contou com a participação do governo federal, o Estado investiu R$ 16 milhões na indenização dos proprietários dos imóveis. O investimento do Estado impulsionou o ritmo das obras, permitindo maior agilidade na remoção das famílias que residiam às margens da avenida. Toda a obra gerou aproximadamente 4.700 empregos diretos e indiretos, de acordo com dados do Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot).

Trânsito rápido

Com a obra de alargamento, a avenida Antônio Carlos, juntamente com a Linha Verde, se tornam dois importantes corredores de trânsito rápido de acesso à Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, aos estádios do Mineirão e Mineirinho, ao aeroporto da Pampulha e ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins.

Concluída a obra de alargamento, a Antônio Carlos contribuirá de forma decisiva para o desenvolvimento do turismo de negócios da capital, oferecendo suporte a infraestrutura logística da Copa 2014. A avenida também facilita o acesso dos aeroportos ao Centro de Feiras e Exposições (Expominas), na região Oeste da capital.

Antonio Anastasia toma posse como governador de Minas Gerais nesta quarta-feira


Nesta quarta-feira (31), às 11h, o vice-governador professor Antonio Anastasia toma posse no cargo de governador do Estado de Minas Gerais, em Sessão Solene da Assembleia Legislativa.

Logo em sua chegada à Assembleia, o professor Anastasia concederá entrevista coletiva. Em seguida, terá início a solenidade, com o vice-governador passando a tropa militar em revista. Ele seguirá para o Plenário Juscelino Kubitschek, onde ocorrerá a sessão solene de posse do novo governador de Minas Gerais.

Já às 15h, acontece a solenidade de transmissão do cargo do governador Aécio Neves ao professor Antonio Anastasia. A solenidade acontecerá na sacada do Palácio da Liberdade, repetindo o que foi feito em 2003 e em 2007, quando Aécio Neves tomou posse em seus dois mandatos à frente do Governo de Minas.

Serviço:

Evento: Sessão Solene de posse do novo governador de Minas Gerais


Local: Assembleia Legislativa de Minas Gerais


Data: 31/03


Horário: 11 horas


Evento: Solenidade de transmissão do cargo de governador de Minas Gerais


Local: Palácio da Liberdade


Data: 31/03


Horário: 15 horas


Governador participa de celebração de Ação de Graças


O governador Aécio Neves, acompanhado do vice-governador Antonio Anastasia, visitou nesta terça-feira (30) o Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Durante a visita, o governador assistiu, na ermida, a uma celebração de Ação de Graças, presidida pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, e agradeceu o período que passou à frente do Governo de Minas.

“Depois dessa travessia, desses sete anos, volto aqui para agradecer o privilégio que tive de contar com a companhia, com o apoio, com a solidariedade de mineiros, muito acima de partidos políticos e de disputas eleitorais ao longo de todo esse período. Fico muito feliz em olhar para trás e, da mesma forma que compreendo que temos ainda muito o que fazer, devo reconhecer que avançamos, e avançamos de forma muito consistente ao longo desse período”, afirmou.

Aécio Neves lembrou que, após se eleger pela primeira vez para o Governo de Minas, esteve no Santuário. O governador também visitou o local em 2004. As visitas ao Santuário repetem gesto do presidente Tancredo Neves, que tinha o hábito de ir ao local.


Estado e Prefeitura entregam novo trecho da avenida Antônio Carlos


O governador Aécio Neves, o vice-governador Antonio Anastasia e o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, liberaram para a população da capital, nesta terça-feira (30), novo trecho da obra de alargamento da avenida Antônio Carlos, entre o Complexo da Lagoinha e a rua dos Operários, no bairro Cachoeirinha. São 2,2 quilômetros de avenida com quatro faixas de trânsito em cada sentido, além de uma faixa exclusiva para ônibus. A obra beneficiará cerca de 3 milhões de pessoas.

O trecho liberado faz parte da segunda fase de obras de alargamento da avenida realizada pelo Governo de Minas e que inclui sete novos viadutos, dos quais, cinco estão concluídos. As obras contam com recursos de R$ 250 milhões, sendo R$ 190 milhões do Tesouro do Estado e R$ 60 milhões da Prefeitura de Belo Horizonte.

”Uma obra magnífica. Estou emocionado ao ver que em tão pouco tempo fizemos uma obra que todos que vivemos em Belo Horizonte esperávamos há décadas. É talvez uma das maiores agonias que nós, em Belo Horizonte, passávamos. Estamos dotando Belo Horizonte dos recursos e da infraestrutura necessária para ela alçar voos. É uma obra que pouca gente acreditava que ficaria pronta nesse tempo tão curto. Está aí, com todas as pistas liberadas. Dentro de 45 dias, o restante das alças dos viadutos serão concluídas”, disse Aécio Neves.