quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Dilma no ‘Soletrando’: Confiram a Presidenta Tentando Pronunciar e Escrever Palavras Difíceis




Governo Federal não Cumpre Meta de Formação de Cuidador de Idosos

Fonte: Hoje em Dia

O Estatuto do Idoso, lei que garante os direitos das pessoas com mais de 60 anos no Brasil, ainda não é colocado em prática. Um dos pontos desrespeitados é a capacitação de cuidadores de idosos. O governo federal se comprometeu a formar, até o fim deste ano, 150 mil para atendimento gratuito à população carente. Mas cumpriu apenas 1% da meta, ou seja, 1.500.

A informação é do presidente do Centro Internacional de Longevidade no Brasil e ex-diretor do Departamento de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS), Alexandre Kalache Ele avalia que não houve muito o que comemorar, ontem, Dia Mundial do Idoso. Nessa mesma data, o estatuto completou dez anos.

Caso a promessa do governo, via Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI), fosse cumprida, mais idosos belo-horizontinos em situação de vulnerabilidade social poderiam ser atendidos por profissionais capacitados. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, há 135 cuidadores atuando pelo programa Maior Cuidado, para atender a 453 pessoas.

"Não há recursos federais para capacitar e contratar mais profissionais", afirma a coordenadora da Coordenadoria de Direitos da Pessoa Idosa, Maria Fontana.

Para Alexandre Kalache, a capacitação de cuidadores, principalmente para atuação social, evitaria que idosos carentes fossem encaminhados para instituições especializadas de longa permanência, que têm custo alto para o governo e baixa qualidade para os internos.

O presidente da Associação dos Cuidadores de Idosos de Minas Gerais (ACI-MG), Jorge Roberto Silva, luta para a regulamentação da atividade como profissão.

O Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI) não respondeu ao quesrionamento sobre a meta de capacitação de cuidadores. Registrou, no entanto, a assinatura de um decreto da presidente Dilma Rousseff, na segunda-feira, estabelecendo o Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

1º de Outubro - Dia Internacional do Idoso

Tenho certeza que você já viu uma placa no ônibus ou no metrô reservando alguns assentos para pessoas idosas. Isso acontece para facilitar a vida das pessoas mais velhas.

Desde 2004 o Brasil tem leis para proteger os idosos. Essas leis fazem parte do Estatuto do Idoso. 

Outros exemplos: desconto de 50% nas atividades culturais, de lazer e esportivas; programas nos meios de comunicação com conteúdos culturais e educativos sobre o processo do envelhecimento; penalidades para quem mostrar imagens que desrespeitem as pessoas mais velhas ou para quem abandonar os idosos sem assistência.

No dia 1º de outubro se comemora o Dia Internacional do Idoso, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). 

A população idosa não para de crescer. No Brasil, são mais ou menos 15 milhões de pessoas. Daqui a 20 anos, essa população deve dobrar. No mundo inteiro a população está ficando mais velha.

Até 2050, o número de pessoas acima de 65 anos será maior do que o de pessoas com menos de 15, nos países mais avançados. 


Hoje, a expectativa de vida nos países desenvolvidos é de mais ou menos 75 anos e será de mais ou menos 90 anos em 2050.

Pensar na velhice é tarefa de todos, não só dos velhos, mas também dos jovens. Existe preconceito em relação aos idosos. Por um lado, a idade está associada à sabedoria e à experiência. Por outro lado, o velho é visto como uma pessoa frágil e sem autonomia.

A velhice é apenas mais uma fase da vida. E uma fase que pode ser bem longa. Hoje em dia muitos países convivem com idosos de diversas gerações.


A ONU divide os idosos em três categorias: os pré-idosos (entre 55 e 64 anos); os idosos jovens (entre 65 e 79 anos - ou entre 60 e 69 para quem vive na Ásia e na região do Pacífico); e os idosos de idade avançada (com mais de 75 ou 80 anos).

Se a população está ficando mais velha, também está ficando mais saudável. Há até uma especialidade médica para cuidar das pessoas mais velhas: a geriatria.

Como comemorar o Dia Internacional do Idoso? Lembrando que também vamos chegar lá. Vamos comemorar com cuidado e atenção, respeito e gentileza, como todo idoso merece. 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Andando para Trás - Artigo do Senador Aécio Neves


Publicado na Folha de S. Paulo

Os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2012 divulgados pelo IBGE mostram os limites do modelo de políticas sociais adotado no país a partir de 2003, com a chegada do PT ao poder.

O governo federal prefere fechar os olhos à realidade a refletir sobre os alertas que vêm sendo feitos por especialistas de várias áreas.

Vale destacar alguns dos números da Pnad 2012. Nada menos do que 13,2 milhões de brasileiros de 15 anos ou mais são analfabetos. De 2011 para 2012, mais 300 mil pessoas entraram nessa sombria estatística.

No Nordeste, a taxa de analfabetos na mesma faixa etária ultrapassa 17% da população, o que demonstra a permanência de imensas diferenças regionais.

O crescimento da desigualdade é evidente: 1% dos brasileiros com rendimentos mais elevados ganham 87 vezes mais do que os 10% dos brasileiros com os rendimentos mais baixos. Em 2011, esta diferença era de 84 vezes.

Também é preocupante a questão da renda e do trabalho. O apagão de mão de obra qualificada se aprofunda pela baixa escolaridade do trabalhador e pela sua frágil formação para o mundo cada vez mais exigente do trabalho.

Os novos dados do analfabetismo que surpreenderam o país, somados a informações já reveladas por outras pesquisas e constatadas diariamente em todo o Brasil, mostram um governo que vem menosprezando a mais poderosa alavanca de transformação social: a educação.

Quando o governo do PSDB implantou os programas de transferência de renda - que continuam sendo fundamentais - na década de 1990, o objetivo era que fossem ponto de partida para conquistas sociais importantes e definitivas para as famílias cadastradas.
O PT fez com que esses programas se transformassem em ponto de chegada. E contenta-se hoje com a administração da pobreza, ao invés de investir em formas efetivas para a sua superação.

O partido submeteu a lógica de ações estratégicas para o país à conveniência do discurso político da legenda. Por isso, insiste em tratar a pobreza pela ótica exclusiva da privação de renda, quando o mundo caminha na direção de percebê-la como uma privação mais ampla, também de direitos e serviços.
Essa visão, mais realista e mais justa com milhões de famílias, esbarra nos maus resultados da gestão federal em diversas áreas, na propaganda e no discurso salvacionista do governo.
Por mais que a atual administração federal tenha criado o mantra de que acabou com a miséria no país, os brasileiros sabem que isso não é verdade. Precisamos ter coragem de fazer avançar as políticas sociais no país, para que elas sejam de fato instrumento de travessia na vida de milhões de brasileiros.