sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Ano Novo, Agenda Velha

 
2014 começou replicando as agruras do ano passado: desconfiança, expectativa de baixo crescimento e indisposição para investir; balança comercial no vermelho, juros mais altos para conter a ameaça inflacionária que continua rondando o país; atrasos crônicos nas obras, movidas muito mais a foguetório e palanque, do que planejamento e gestão.

Isso sem contar as estranhezas de sempre, que se repetem em novas edições da contabilidade criativa. Desta vez, nem mesmo áreas convulsionadas como saúde e segurança escaparam dos cortes improvisados para compor o indefectível superávit primário gerado a fórceps.

Bastam alguns instantes acompanhando a política econômica do governo federal para concluir que não devemos esperar muito mais do que os remendos dos últimos anos.
A agenda principal é paralisante, voltada para corrigir erros criados pela própria administração federal, refletindo um tempo perdido em que discurso e realidade se distanciaram "como nunca antes na história desse país".

A necessidade do Brasil inaugurar uma nova agenda parece que ficará mesmo circunscrita à reedição dos debates tradicionais em ano de sucessão presidencial. Pouco ou quase nada se acrescentará de prático, como medida para destravar o país. 

Nunca é demais lembrar que poderíamos estar em outro estágio, caso o ciclo de governo petista não tivesse levado dez longos anos para decidir sobre as concessões em infra-estrutura. Ou que poderíamos estar entregando agora as importantes obras de mobilidade urbana, que tanto serviram de argumento para justificar os esforços para realizar a Copa do Mundo de 2014 em nosso território, e que, em grande parte, vão acabar ficando mesmo no meio do caminho.

Não há qualquer sinal no horizonte ou disposição mínima para abrir discussão sobre o que interessa -- o isolamento do país das mais importantes cadeias produtivas do mundo, a competitividade perdida e o grande esforço que precisamos realizar para incentivar inovação.

A esse respeito, lembrei-me de recente entrevista de um dos mais prestigiados e reconhecidos economistas brasileiros, José Alexandre Scheinkman, às páginas amarelas da revista "Veja". 

Nelas, ele aponta o fraco desempenho do PIB como resultado de erros do governo em questões cruciais para o avanço da economia -- os excessos de protecionismo e intervenção no livre mercado e a omissão na criação das condições para que o Brasil melhore a sua produtividade.

Scheinkman nos lembra que produtividade é a força propulsora das economias que mais cresceram no mundo. Desde 1989, segundo ele, os Estados Unidos aumentaram a produtividade em 12%, a China, em mais de 50%, e a Coreia do Sul, em 65%. E o Brasil praticamente não saiu do lugar. Não por falta de competência ou talento das forças produtivas nacionais, mas de estratégia e estímulos na direção correta.

2014 nasce refém dos erros de 2013, 2012, 2011...
 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Anastasia Visita a Sede da Copasa nesta Sexta-Feira

Fonte: Agência Minas

O governador Antonio Anastasia visita, nesta sexta-feira (31/01), às 11h, a sede da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), em Belo Horizonte.

Anastasia visitará o Centro de Operação de Sistemas da Companhia, responsável pelo monitoramento, 24 horas por dia, de toda a malha de redes da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Na oportunidade, Anastasia também prestará homenagem a Eduardo Rios Neto, primeiro presidente da empresa, que emprestará o nome à Sala de Reunião do Conselho da Copasa.

Serviço:
Evento: Visita à Copasa
Local: Rua Mar de Espanha, 525 - Bairro Santo Antônio
Horário: 11h
Data: 31/01/2014 – sexta-feira

Brasil Aparece em 8° Lugar entre os Países com Maior Número de Analfabetos

Um relatório divulgado nesta quarta-feira (29) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aponta que o Brasil aparece em 8° lugar entre os países com maior número de analfabetos adultos. Ao todo, o estudo avaliou a situação de 150 países.

De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012 e divulgada em setembro de 2013, a taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais foi estimada em 8,7%, o que corresponde a 13,2 milhões de analfabetos no país.

Em todo o mundo, segundo o 11° Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, da Unesco, há 774 milhões de adultos que não sabem ler nem escrever, dos quais 64% são mulheres. Além disso, 72% deles estão em dez países, como o Brasil. A Índia lidera a lista, seguida por China e Paquistão.

O estudo também mapeou os principais desafios da educação no planeta. A crise na aprendizagem não é só no Brasil, mas global. Para a Unesco, o problema está relacionado com a má qualidade da educação e a falta de atrativos nas aulas e de treinamento adequado para os professores.

No Brasil, por exemplo, atualmente menos de 10% dos professores estão fazendo cursos de formação custeados pelo governo federal, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). Entre os países analisados, um terço tem menos de 75% dos educadores do ensino primário treinados.

Sobre os investimentos na área, das 150 nações analisadas, apenas 41 atingiram a meta da Unesco, ou seja, aplicaram em educação 6% ou mais de seu Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas geradas. O Brasil é um deles, mas o gasto anual por aluno da educação básica é de cerca de R$ 5 mil. Em países ricos, esse valor é três vezes maior.

Meta até 2015

No Fórum Mundial de Educação realizado em 2000, 164 países (entre eles, o Brasil), 35 instituições internacionais e 127 organizações não governamentais (ONG) adotaram o Marco de Ação de Dacar, em que se comprometem a dedicar os recursos e esforços necessários para melhorar a educação até 2015.

Na ocasião, foram traçados seis objetivos: os países devem expandir os cuidados na primeira infância e na educação; universalizar o ensino primário; promover as competências de aprendizagem e de vida para jovens e adultos; reduzir o analfabetismo em 50%; alcançar a paridade e igualdade de gênero; e melhorar a qualidade da educação.

Segundo o relatório da Unesco, esse compromisso não deve ser atingido globalmente, apesar de alguns países terem apresentado avanços nos últimos anos.

Em todo o mundo, a taxa de alfabetização de adultos passou de 76% para 82% entre os períodos de 1985-1994 e 1995-2004. Mas, por região, os índices ainda permanecem bem abaixo da média na Ásia Meridional e Ocidental e na África Subsaariana (ao sul do deserto do Saara), com aproximadamente 60%. Nos Estados Árabes e no Caribe, as taxas estão em cerca de 70%.

Esforço de Dilma em Vão? FT Elege o Brasil como o “Grande Perdedor” em Davos

Se o cenário que se desenha para os emergentes não é o dos melhores, para o Brasil consegue ainda ser pior. Mesmo com o esforço da presidente Dilma Rousseff para atrair os investidores estrangeiros e destacar as qualidades nacionais, o País foi classificado pelo blog de emergentes do Financial Times, o Beyond Brics, como o maior perdedor do Fórum Econômico Mundial, em Davos, enquanto o México foi eleito como o grande vencedor do encontro de investidores promovido na semana passada.

O blog ressalta que seria exagerado eleger o Davos como o "Oscar do dinheiro", mas pode-se eleger quais foram os grandes perdedores e ganhadores do mercado, principalmente em relação aos emergentes.

"O Brasil foi o País com menores menções na lista 'quente' de Davos", ressaltou, destacando a percepção de falta de investimentos estruturais e que a aceleração do crescimento nos últimos anos veio do consumo, o que não é visto como um ponto positivo para o País.

Dilma Rousseff discursou em Davos, mas fala otimista não surtiu efeito (Reuters). Entrevistado pelo blog, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn ressaltou que "os investidores em Davos estão procurando por uma economia estável e sustentável, o que não é o caso do Brasil".

Por outro lado, o ganhador em Davos é o México, em meio ao otimismo com a agenda de reformas estruturais realizadas pelo presidente Enrique Peña Nieto. O secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e também mexicano Angel Gurria destacou que está orgulhoso com o país. Durante a conferência, os investidores não apenas disseram que acreditam no presidente, mas também anunciaram novos aportes.

A Cisco anunciou planos de investir US$ 1,3 bilhão, a Nestlé US$ 1 bilhão e a Pepsico, US$ 5,3 bilhões. Entre os países que estão no "meio termo", estão a Nigéria, Tanzânia, Quênia e Uganda. Enquanto, se por um lado há dificuldades em investir em países africanos por outro, os alguns grupos de investidores estão convencidos de que boas coisas irão acontecer em 2014.

Por fim, está a China, que segue concentrando as suas atenções sobre a mudança no seu portfólio de crescimento de investimentos para consumo. Mas o fato, aponta o blog, é que o sucesso das últimas décadas dá aos líderes do gigante asiático credibilidade que falta a outros políticos de países emergentes. Desta forma, o otimismo ainda prevalece quanto à China, mas a mudança de sua estrutura de crescimento pode afetar as outras economias emergentes.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A Farra da Comitiva

A representante do Partido dos TRABALHADORES realizou uma parada nada técnica em Portugal e se hospedou com sua comitiva no Hotel Ritz e Tivol, Um hotel que nada tem de proletário, ocupando 30 quartos.

Só a diária de Dilma chegou a R$ 26,2 mil. Em uma única noite, a comitiva gastou aproximadamente R$ 100 mil em hospedagem, além de jantar no  Restaurante Eleven, um dos mais caros de Lisboa. Jantou e levou vinhos para a viagem!!! ( como mostra a foto)

E qual era o destino desta viagem? Cuba...Um país governado por uma ditadura comunista, onde regalias deste tipo o povo não tem qualquer acesso ( a não ser, claro, os governantes). E o que foi fazer em Cuba? Inaugurar um porto de US$ 957 milhões financiados com o dinheiro do BNDES.