sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Hélio Costa e seus amigos

Hélio Costa, governar não é um passeio. É coisa séria!

Charge: Hélio Costa em “Esqueceram de Mim”

Hoje em Dia: PT e PMDB já buscam culpados pelo naufrágio de Hélio Costa


PT e PMDB brigam nos bastidores

Desentendimentos entre os partidos ganham ares de batalha no apagar das luzes da campanha eleitoral em Minas

A três dias da eleições, PT e PMDB dão início a uma guerra interna que sugere o rompimento da aliança feita para lançar a candidatura do senador peemedebista Hélio Costa ao Governo de Minas, tendo o petista Patrus Ananinas como vice. Os dois partidos tentam se responsabilizar por uma eventual derrota ao Palácio Tiradentes no próximo domingo.

Ontem, os desentendimentos ganharam ares de batalha semelhante à que ocorreu na escolha do nome do candidato, em meados de junho. Troca de acusações e fogo amigo são a nova tônica do relacionamento.

O presidente do PT estadal, deputado federal, Reginaldo Lopes, acusou o PMDB de não se engajar na campanha pelo Governo. “Lamentavelmente, o PMDB não entrou na campanha de Hélio Costa”. A declaração é uma resposta aos ataques que peemedebistas e até mesmo Patrus Ananias fizeram, desde o início da semana, ao PT.

Na segunda-feira, Patrus responsabilizo o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) pelo desempenho pouco favorável da chapa majoritária na Região Metropolitana. Patrus disse que o equívoco que causou a queda de Hélio Costa nas pesquisas começou em 2008, quando Pimentel e Aécio se uniram para eleger Marcio Lacerda (PSB) prefeito de BH.

Desde a declaração, uma enxurrada de acusações partiu de representantes dos dois partidos. PMDB e o próprio Patrus apontaram a falta de empenho da militância petista.

Reginaldo Lopes rebateu ao afirmar que Hélio Costa só mantém o cerca de 33% nas pesquisas de intenção de voto porque o PT o ajudou. “O que mantém Hélio Costa com o índice atual se deve exclusivamente ao PT”, registrou.

Para Lopes, é injusto atribuir a conta de desempenho aquém da chapa aos petistas. Ele lembrou que o partido abriu mão de dois nomes para apoiar Héio Costa. A referência foi a Patrus e Pimentel, que até o último instante eram pré candidatos. “O PT fez o maior sacrifício. Tinha dois grandes candidatos e cedeu os dois para montar a chapa”, afirmou.

O fogo amigo parte de todos os lados. Até o secretário geral do PMDB, deputado estadual Antônio Júlio, admite a falta de empenho de seu partido para Hélio Costa. Ele se diz dos poucos que estão engajados, e afirma que existem grande dificuldades na campanha. “As coisas dificultam porque cada um quer jogar a culpa para cima do outro”.

Para o deputado, a falta de empenho dos colegas pode ter explicação. Ele registra que existe falta de planejamento generalizada. “É uma desorganização a campanha de Hélio Costa. Eles não nos comunicam sobre as agendas”. Antônio Júlio disse que só fica sabendo dos locais onde o candidato estará porque entra em contato com o comitê.

“Faltou planejamento, mas não fico reclamando. Comento o que acho que está errado. Eles não ficam satisfeitos, mas eu falo”, desabafou.

Mesmo com os problemas, Antônio Júlio garante que sai às ruas para fazer campanha para o colega. E ainda diz que pede votos para o candidato ao Senado pelo PT. “Pimentel nunca teve coragem de me dar uma ligação, mas eu faço campanha para ele”.

Nos bastidores, a guerra está declarada e tem proporções maiores. A informação é a de que a campanha peemedebista foi abandonada pelos deputados e lideranças dos dois partidos, que se empenham nas próprias eleições a uma cadeira na Câmara Federal ou Assembleia Legislativa. em muitos casos, estariam até fazendo campanha para o adversário, Antonio Anastasia (PSDB). Alguns petistas chegam a se referir aos peemedebistas com xingamentos, e vice-versa.

O presidente do PMDB em Minas, deputado federal Antonio Andrade, tentou colocar panos quentes na briga entre aliados e dentro do próprio partido. Ele minimizou as divergências. “Nem todo o PT está na campanha e nem todo o PMDB está na campanha. Isso é natural”, afirmou. “Respeito a posição de cada um e estou fazendo a minha parte, mas, na nossa campanha, tem lideranças de todos os partidos, até do PSDB”.

Se a chapa for derrotada, uma segunda fase de batalha terá início. A de ocupação dos cargos em um eventual governo petista, caso a presidenciável Dilma Rousseff saia vitoriosa do pleito. Setores do PT não querem que Hélio Costa reassuma o Ministério das Comunicações.

A chapa ao Governo de Minas da base do presidente Lula (PT) foi formada de forma turbulenta. Desde o início do ano, Pimentel e Patrus apostam que um dos dois seria o eleito para encampar a candidatura. Mas o PMDB pressionou e Hélio Costa foi declarado candidato pelo comando nacional dos peemedebistas e petistas.


Fonte: O Tempo Online – 30/09/2010

Luciano Huck recomenda vídeo de Tom Cavalcante em seu Twitter

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Anastasia consegue com TRE 7º direito de resposta no site de Hélio Costa que insiste em divulgar informações falsas


TRE-MG concede novo direito de resposta para Antonio Anastasia no site de Hélio Costa

Justiça Eleitoral considerou que candidato adversário divulgou informação inverídica sobre ICMS cobrado no Estado

Este é o sétimo direito de resposta concedido ao governador durante campanha eleitoral por veiculação de informações falsas

Os juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) decidiram por maioria, na sessão plenária desta terça-feira (28/09), conceder mais um direito de resposta em favor do candidato Antonio Anastasia, em razão da veiculação de informações inverídicas pelo seu adversário Hélio Calixto Costa. A decisão de hoje refere-se à veiculação no site da campanha do candidato do PMDB, onde são feitas afirmações sobre a cobrança da alíquota do Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o álcool em Minas Gerais.

Em seu voto, a juíza Mariza Porto entendeu que houve veiculação de informação inverídica. “É inverídica a suposição de que qualquer cidadão deslocar-se-ia por grandes distâncias para abastecer seu veículo, no intento de receber benefício relativo ao valor do ICMS”.

Pela decisão, o direito de resposta terá que ser veiculado e publicado no site oficial de campanha de Hélio Costa, com duração de um minuto, pelo prazo de 10 dias.

Informações Inverídicas
Com a decisão desta terça-feira, a coligação “Somos Minas Gerais” já obteve sete direitos de resposta em razão de informações inverídicas divulgadas durante a campanha de Hélio Costa. No dia 18 de setembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou que houve tentativa de induzir o eleitor a erro ao prestar informação falsa sobre a cobrança de impostos na atividade de exploração de minério de ferro.

O ministro do TSE, Marco Aurélio Mello, considerou irregular a tentativa do candidato do PMDB de responsabilizar o governador de Minas, Antonio Anastasia, pela isenção de ICMS às empresas mineradoras no Estado, quando, na verdade, o benefício foi concedido pelo governo federal. O ministro afirmou que a falta de veracidade das informações é incompatível com o “equilíbrio que deve reinar em uma disputa eleitoral”.

De acordo com o Tribunal, o direito de resposta ao candidato da Coligação Somos Minas Gerais, primeiro a ser concedido na campanha eleitoral ao Governo de Minas em 2010, teria que ser veiculado durante o programa eleitoral de Costa, no dia 20/09 e ainda durante dez dias no site oficial do candidato do PMDB.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu também outros 5 (cinco) direitos de resposta a Antonio Anastasia, no último dia 26 de setembro, no programa eleitoral de Hélio Costa. A avaliação do ministro do TSE, Gilmar Mendes, é de que houve distorção na informação contida no programa eleitoral do candidato do PMDB ao comparar a alíquota de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) incidente sobre o álcool em Minas Gerais a dos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás.

O ministro Gilmar Mendes destacou em sua decisão, “que é público e notório o fato de que as alíquotas do ICMS aplicadas às operações internas de circulação de mercadorias e serviços são estabelecidas e regulamentadas por leis e decretos dos Estados e do Distrito Federal. É o que se verifica, inclusive, no art. 155 da constituição federal. Nesse sentido, parece ser suficiente a consulta à legislação estadual pelos responsáveis do programa eleitoral impugnado, por se tratar de dado objetivo, específico e de fácil pesquisa”.


Fonte: Coligação “Somos Minas Gerais”

Folha: Anastasia lembra que ministério de Patrus Ananias apontou Minas como o Estado líder na implementação do Sistema Único de Assistência Social


Convergência e afirmação de Minas


No centro da inovação do nosso modelo está a ideia-força da gestão de qualidade, com planejamento rigoroso e qualidade nos gastos públicos

A ampla aliança que se formou em Minas em apoio ao nosso projeto político não nasceu ontem, apenas para atender a urgência ou as circunstâncias da disputa eleitoral em curso. Não é fruto de intervenções de cúpula, vetos partidários ou imposições travestidas de entendimento, para atender a interesses estranhos a Minas e que nada têm a ver com a vida dos mineiros.

A nossa aliança resulta de grande convergência em torno de um governo sério, solidário, ousado e transformador, que conquistou, nesses últimos anos, com Aécio Neves à frente, a maior aprovação de toda a nossa história, e que agora, se assim os mineiros decidirem nas urnas, terei o desafio de continuar e fazer avançar ainda mais.

Nesse tempo, firmamos parcerias com todos os governos, principalmente com o governo federal, sem qualquer constrangimento político; governamos com todas as prefeituras, mesmo as que estão sob a responsabilidade de prefeitos de oposição; e soubemos compartilhar trabalho, recursos e esforços com múltiplos segmentos da nossa sociedade organizada.

Por isso avançamos tanto.

O amplo reconhecimento sobre a gestão de Minas é ainda mais substantivo porque está respaldado por instituições e autoridades que não estão no nosso campo político. O governo federal, por exemplo, reconheceu a excelência da educação pública de Minas, quando posicionou o Estado em 1º lugar em educação básica, segundo o Ideb.

Na área de assistência social, lembra, enquanto o ranking nacional existiu.

Diversas unidades da Federação buscaram aqui ideias e projetos inovadores, testados e aprovados, como solução para antigos problemas ainda renitentes Brasil afora.

No plano internacional, fomos o único Estado subnacional do mundo convidado a apresentar o nosso modelo de gestão na reunião anual de governança do Banco Mundial.

No centro da inovação do nosso modelo está a ideia-força da gestão de qualidade, com planejamento rigoroso, austeridade fiscal, qualidade nos gastos públicos; ação integrada e efetivo controle de resultados. O ponto de chegada nunca foi outro se não o de governar para melhorar a vida das pessoas.

Por isso, nesse período, tiramos o compromisso com a equidade do papel e do discurso e investimos três vezes mais por habitante nas regiões mais pobres. Os investimentos em educação cresceram 277%; em segurança, 500%; em saúde, 732%. A pobreza caiu 46%; a mortalidade infantil, 22%; e a desnutrição caiu pela metade.

Estamos tirando do isolamento mais de 200 cidades ainda ligadas por estradas de terra; o saneamento subsidiado alcança comunidades que nunca contaram com a efetiva presença do Estado; a energia alcança todo o interior, as localidades mais distantes; a telefonia celular não é mais privilégio apenas das grandes cidades.

A economia mineira cresceu quase sempre acima da média nacional e geramos proporcionalmente mais empregos que a média brasileira. Já alcançamos cinco das oito metas do milênio. E o Ipea projeta que vamos erradicar, três anos antes do país, a pobreza extrema.

Esses são resultados de governo e projeto que têm os pés no presente e preparam o futuro sem se afastar, um só instante sequer, dos nossos valores e da nossa história. Tenho convicção de que esta Minas autônoma, altiva e próspera, senhora do seu destino, pode contribuir muito mais com a construção do Brasil do nosso tempo.

ANTONIO ANASTASIA, 49, advogado, é governador de Minas Gerais e candidato à reeleição pelo PSDB.



Fonte: Folha de S. Paulo

Patrus ressentido joga a toalha e volta a responsabilizar Pimentel por desempenho de Hélio Costa


Patrus responsabiliza Pimentel por eventual derrota em Minas

Para candidato a vice-governador, aliança com Aécio para eleger prefeito de BH em 2008 fragilizou a militância petista na cidade
O ex-ministro Patrus Ananias (PT), candidato a vice-governador de Minas na chapa de Hélio Costa (PMDB), nem esperou a eleição para acusar o ex-prefeito Fernando Pimentel (PT) por eventual derrota para o governador Antonio Anastasia (PSDB), que tenta reeleição.

Patrus disse que foi um equívoco a aliança que Pimentel fez em 2008 com o então governador tucano Aécio Neves para eleger o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda(PSB). O PT tinha o controle político da capital desde 1992.

“O que há de concreto e objetivo é que tínhamos a Prefeitura de Belo Horizonte e abdicamos de manter essa liderança. Isso fragilizou o nosso partido e a nossa militância em BH. Por conseguinte, [fragilizou a militância] em todo o Estado.”

A declaração foi dada depois que Costa foi ultrapassado por Anastasia em todas as pesquisas -no Ibope, a diferença já é de 13 pontos. Costa perderia no primeiro turno.

A fala expõe o racha no PT entre os grupos de Patrus e Pimentel, originado na última disputa municipal.

“Sinto que a militância do PT ficou machucada com o processo de 2008. Para mim é um processo que está resolvido, mas é sempre bom resgatar para não perder a memória”, disse o ex-ministro.

Para Patrus, a situação da aliança PMDB/PT na eleição se complica ainda mais quando eles têm que enfrentar a força política do Palácio da Liberdade, que o ex-ministro definiu como sendo um “partido secular”.

A divisão foi acentuada em 2009 quando os grupos de Patrus e de Pimentel mediram forças pelo controle do partido. Pimentel emplacou o presidente do PT-MG e tem maioria no diretório estadual. Neste ano, ele bateu Patrus na prévia e foi indicado pré-candidato ao governo.

A intervenção do PT nacional, com a chancela do presidente Lula, porém, tirou de Pimentel a candidatura, e o PT-MG foi empurrado para a aliança com Costa. Novamente, Lula agiu e convenceu Patrus a ser vice de Costa e indicou Pimentel para ser candidato ao Senado.

Pimentel não quer comentar a fala de Patrus.


Fonte: Paulo Peixoto – Folha de S. Paulo

terça-feira, 28 de setembro de 2010

José Serra: 450 mil seguidores no Twitter e milhões de votos pelo Brasil


O perfil de José Serra no Twitter atingiu hoje a marca de 450 mil seguidores. Em maio de 2009, Serra estreou discretamente na rede quando ainda estava à frente do Governo do Estado, aproveitando as poucas horas vagas para descrever e comentar fatos do seu cotidiano.

“Acho o máximo essa liberdade de poder falar de tudo, não só de política e governo que é o que eu faço o dia inteiro”, explica Serra que assim como boa parte dos tuiteiros, escreve sobre música, cinema, futebol, livros, e também gosta de “receber críticas, sugestões, reclamações e elogios, naturalmente”.

Em pouco mais de um ano, Serra é o político brasileiro mais popular no Twitter. Diferente de muitos políticos e famosos na rede, Serra faz questão de atualizar pessoalmente seu perfil e manter-se próximo dos seus seguidores, apesar do tempo cada vez mais escasso, em função da campanha eleitoral. “O que mais me fascina nessa aventura da internet é a proximidade e é a quebra de barreiras. Aqui a gente fala e a gente ouve. Essa é a essência do diálogo, cada vez mais importante para a construção de um mundo melhor”, afirma Serra.

Para se juntar a esse enorme time de seguidores de Serra, entre no http://www.twitter.com/, crie um perfil e comece a seguir @joseserra_ .

O que é o Twitter – Rede social que permite a troca de links e informações em restritas a 140 caracteres. Segundo pesquisa da consultoria comScore, o Brasil é o segundo país com maior número de usuários, logo atrás da Indonésia. Em terceiro lugar, aparecem Venezuela, Holanda e Japão.




Hélio Costa em "A Queda"

Charge – Hélio Costa, Patrus e Newton Cardoso: ET em apuros na reta final da eleição


Hélio Costa despenca nas pesquisas e é abandonado pelos amigos em Minas

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Globo: Dinheiro de propina iria para Hong Kong para apagar incêndio de Dilma, Hélio Costa e Erenice, diz Quícoli

Quícoli, que denunciou esquema na Casa Civil, diz que propina iria para Hong Kong


O esquema de tráfico de influência instalado na Casa Civil contaria até com duas contas em Hong Kong, na China, para onde deveriam ser enviadas as propinas pagas pelas facilidades obtidas, segundo o empresário Rubnei Quícoli, de Campinas. Esse esquema seria comandando pelo ex-diretor de Operações dos Correios Marco Antonio de Oliveira, seu sobrinho Vinícius Castro, ex-funcionário da Casa Civil, e Israel Guerra, filho da exministra da pasta Erenice Guerra.

A denúncia, que consta de reportagem da revista “Veja” desta semana, foi confirmada ontem por Quícoli. O empresário – que, em parceria com as empresas de energia EDRB e KVA, tentava um empréstimo de R$ 9 bilhões no BNDES – enviou ontem ao GLOBO, por email, os números de duas contas no HSBC de Hong Kong, em nome de Right Day Enterprises Limited e Tartar International Limited, que seriam do genro de Marco Antonio, o empresário Roberto Ribeiro. Este negou ao GLOBO ter passado os dados com o propósito de que fosse depositado dinheiro fruto de propina, mas confirmou ter se reunido com Quícoli.

Pedido de propina de R$ 5 milhões
Segundo “Veja”, Marco Antonio chegou a pedir que o genro, que mora em Miami, viesse ao Brasil para se reunir com Quícoli. O encontro, conta a reportagem, ocorreu em 12 de junho, no Hotel Inter Continental da Alameda Santos, em São Paulo.




- Essa conta (no exterior) é do genro do Marco Antonio. Após o Vinícius não ter sucesso comigo, o M.A. (como Marco Antonio é chamado) tomou frente para arrecadar R$ 5 milhões dizendo que seria para a Erenice apagar um incêndio dela e da Dilma e outro valor não mencionado pelo M.A. para ajudar na campanha do Helio Costa – respondeu Quícoli, por e-mail, ao GLOBO.

O e-mail de Ribeiro a Quícoli é datado de 25 de maio deste ano.

No dia 6 de maio, Quícoli já havia recebido um e-mail que seria de Vinícius, em que é apresentada uma conta para depósito no Brasil, em nome da Synergy Assessoria e Consultoria Empresarial LTDA, de Brasília.

No texto, Vinícius pede que, “tão logo possível, (Quícoli) encaminhe minuta do contrato para levarmos ao jurídico e providenciarmos o preenchimento da respectiva nota fiscal”.

- Primeiro, o Vinícius me enviou essa conta (a da Synergy). Eu enrolei e, lógico, não aceitei jamais – respondeu Quícoli ao GLOBO.

O contrato seria feito com a Capital Assessoria, empresa da mãe de Vinícius Castro e de Saulo Guerra, outro filho de Erenice Guerra. O serviço prestado pela Capital seria a intermediação do empréstimo no BNDES para a construção de uma usina de energia eólica no Nordeste do país.

O grupo de lobistas teria se contentado em receber R$ 5 milhões para viabilizar o empréstimo. Esse é o dinheiro que deveria ter sido depositado nas contas de Hong Kong. Segundo “Veja”, os números das contas no exterior foram oferecidos a Quícoli como uma “opção mais discreta” para o recebimento da propina. Quícoli, porém, afirma que não aceitou a proposta e não pagou a propina. Segundo o empresário, o empréstimo do BNDES foi suspenso depois que ele se negou a pagar pelo lobby.

Apesar de negociar com a Capital, Quícoli já afirmara ao GLOBO que nunca se encontrou com os irmãos Saulo e Israel Guerra, filhos de Erenice.

Mas disse que participou de várias reuniões na Casa Civil, a primeira com a então secretária do ministério, Erenice Guerra. Na ocasião da entrevista, Quícoli disse não saber se os R$ 5 milhões pagariam dívidas de campanha, nem se Dilma e Erenice sabiam do pedido milionário: – Não me disseram que era (para cobrir) um rombo da campanha.

Acho que eram dívidas particulares.

Alguma coisa assim que o partido não tinha como sustentar.

Acho que eram coisas particulares e não tinham nada a ver com o partido, em si. Ele (Marco Antonio) me disse que era dos três, na verdade, Dilma, Erenice e Helio Costa.

Ex-braço direito de Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, Erenice negou ter permitido um esquema de facilitações a empresas na Casa Civil. O PT ingressou com uma ação na Justiça Eleitoral contra o empresário de Campinas, alegando calúnia e difamação contra o partido.

Helio Costa também negou ter pedido dinheiro. O BNDES negou a existência de lobby para favorecer as empresas ligadas a Quícoli.

Veto foi ‘estopim’ da denúncia
Perguntado sobre sua motivação e a data escolhida para fazer a denúncia, publicada pela “Folha de S. Paulo” há duas semanas, o empresário respondeu que aproveitou o momento das denúncias do empresário Fabio Baracat sobre a Capital: – Como uma ministra coloca os filhos dela lá para viabilizar aporte de R$ 9 bilhões? Quando vi que o contrato que eu tinha, da empresa (Capital), era a mesma, conversei com a empresa (ERDB) e falei: vou me manifestar.

Primeiro, chequei no BNDES e deu que o meu projeto estava totalmente anulado. Daí, deu a entender que, realmente, o poder deles, por eu não ter assinado o contrato, foi de vetar.

Foi o estopim para mim.

Leia também:

  1. Veja: Ex-diretor dos Correios, indicado por Hélio Costa, ameaça abrir a boca e diz que “era tudo robalheira”
  2. ISTOÉ denuncia ações de Hélio Costa e aponta indícios de que ex-ministro montou esquema para lavagem de dinheiro da Telebrás
  3. Veja denuncia: Diretor dos Correios em Minas enviou telegrama a eleitores para promover Hélio Costa

Fonte: O Globo – Tatiana Farah

Ibope: Anastasia abre 13 pontos de diferença sobre adversárioIbope: Anastasia abre 13 pontos de diferença sobre adversário


A nova pesquisa eleitoral do Ibope, divulgada na manhã desta segunda-feira, dia 27, mostra que o governador Antonio Anastasia, candidato à reeleição, ampliou para 13 pontos a vantagem em relação ao segundo colocado na preferência dos eleitores mineiros.

Os números mostram que Anastasia tinha 42% das intenções de voto na pesquisa da última terça-feira e, agora, está com 46%. Um crescimento de quatro pontos em menos de uma semana. Já o candidato Hélio Calixto Costa, do PMDB, continua caindo. Ele passou de 34% para 33%. Segundo o Ibope, Antonio Anastasia seria eleito no primeiro turno com 57% dos votos válidos.

A pesquisa mostra que, nos últimos dois meses, o reconhecimento de Antonio Anastasia como o candidato mais preparado para governar o Estado nos próximos quatro anos foi crescente. Enquanto o candidato do PMDB permaneceu em queda, Antonio Anastasia cresceu 25 pontos desde o final de julho, segundo o Ibope.

No caso de um eventual segundo turno, o governador Antonio Anastasia também seria eleito. O Ibope mostrou que ele tem 47% das intenções de voto contra 34% do outro candidato. O número de eleitores que ainda não decidiu o seu voto representa 15%.

Além do Ibope, as últimas pesquisas dos institutos Datafolha, Vox Populi, EM Data, Data Tempo/CP2 e Nexus confirmam a liderança de Antonio Anastasia para as eleições ao Governo de Minas.

Senado
O Ibope também pesquisou as intenções de votos para o Senado. Dois candidatos serão eleitos em Minas Gerais. O ex-governador Aécio Neves e o ex-presidente Itamar Franco mantém a liderança na pesquisa. Aécio Neves, que tinha 67% das intenções na última medição, agora passou para 69%.
Itamar Franco manteve os 44% na preferência dos eleitores de Minas. Já o candidato que aparece em terceiro lugar caiu para 29%.

Considerando apenas os votos válidos para o Senado, quando se exclui os votos brancos, nulos e eleitores indecisos, o ex-governador Aécio Neves continua em primeiro lugar, com 46% das intenções de voto, seguido por Itamar Franco com 30% das intenções. Já o terceiro colocado aparece apenas com 19%.