terça-feira, 29 de março de 2011

Comentário do governador Anastasia ao saber do falecimento de José Alencar

"Minas já deu muitos exemplos para o Brasil de vida e de luta. Poucos foram tão marcantes como é o caso do empresário, político e cidadão José Alencar. Sua luta incansável contra a doença, com certeza, vai ficar na memória de todos nós brasileiros. Vem na minha lembrança agora, uma frase de outro grande mineiro, Guimarães Rosa, que dizia que 'as pessoas não morrem, ficam encantadas'. É o caso do José Alencar. Um exemplo de resistência, persistência e esperança. À família que acompanhou suas batalhas, o nosso pesar, nossa solidariedade, o nosso abraço.”

O governador declarou também que vai decretar luto oficial e que os procedimentos com relação ao velório dependerão naturalmente da vontade da família do ex-vice-presidente: " Vamos aguardar. É claro que Minas Gerais estará aqui sempre solidária para receber e prestar as homenagens a esse grande brasileiro."

Anastasia e Dilma se dizem parceiros – PT mineiro radicaliza e não respeita decisão da presidente


Elogios em meio à tensão

Anastasia e Dilma se dizem ”parceiros”, mas em Minas tucanos e petistas vivem clima de guerra

A presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador Antônio Anastasia (PSDB) voltaram a trocar elogios ontem, apesar do clima cada vez mais tenso entre tucanos e petistas em Minas por conta da sucessão em Belo Horizonte.

PT e PSDB estiveram juntos na eleição de Márcio Lacerda (PSB) em 2008 à Prefeitura de Belo Horizonte, em aliança capitaneada por Aécio Neves, que governava o Estado, e pelo então prefeito Fernando Pimentel, hoje ministro de Indústria e Comércio Exterior. Desde então, o atrito tem sido cada vez maior, em grande medida pelo fato de o atual chefe do Executivo ter tirado cargos de petistas e privilegiado tucanos. O PT mineiro considera impossível reeditar a aliança, mas Dilma também fez ontem acenos ao prefeito.

“Em Minas Gerais seremos parceiros de primeira hora, tendo inclusive orientação por nós dada a todo o governo, de termos uma parceria republicana, de altíssimo nível, com o governo federal”, disse o tucano a Dilma. Apesar de ter sido recebido com vaias por parte da plateia, composta de servidores públicos,Anastasia afirmou que recebia a presidente “com o coração em festa” e prometeu andar de “mãos dadas” com a União.

Dilma retribuiu os elogios de Anastasia. Chamou o governador de Minas de “parceiro”. O último encontro entre a presidente e Anastasia, em 17 de março, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, já havia sido repleto de cordialidade e elogios mútuos. Mas, por trás da cerimônia – na qual Anastasia e o ministro Fernando Pimentel trocaram vários cochichos -, um clima de guerra marcava as relações entre PSDB e PT no Estado. Para o governo federal, o cenário em Minas pode ter influências nacionais relevantes e, por isso, é acompanhado de perto pelo Palácio do Planalto.

“Politicamente, estamos cada vez mais distantes. Até porque o governo tucano não dá ênfase às questões sociais”, criticou o deputado estadual Rogério Correia (PT), líder da oposição na Assembleia.