Governador diz que definição do candidato até dezembro o colocará em condições de ampliar alianças. Caso contrário, reafirma que disputará o Senado
Leonardo Augusto - Estado de Minas Sexta-feira 06 de novembro de 2009 08:10
Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Ao visitar obras de duplicação da Avenida Antônio Carlos, Aécio Neves disse que respeitará a decisão do partido sobre candidatura ao Planalto.
O governador Aécio Neves (PSDB) justificou na quinta-feira a pressão que exerce sobre a cúpula tucana por uma decisão mais rápida na escolha de quem será o candidato do partido à Presidência da República afirmando não se tratar “apenas de uma manobra política”, mas de “um gesto de correção para com o PSDB”. Aécio disse que, até dezembro, se considera “em condições de ampliar alianças, de apresentar um projeto novo para o Brasil falando do pós-Lula, agregando outras forças políticas”, argumentou. O governador defende que a decisão ocorra até o mês que vem. Já o governador de São Paulo, também pré-candidato da legenda ao Palácio do Planalto no ano que vem, quer que a definição aconteça em março.
Aécio, que voltou a frisar ser candidato ao Senado caso a escolha do nome do partido na briga pelo governo federal não ocorra até dezembro, fez relação entre sua eventual candidatura à Presidência da República e o impacto em Minas, caso participasse da disputa pela sucessão de Lula no ano que vem. “Tenho responsabilidade com Minas que antecede todas as outras. Construímos aqui algo novo, que precisa ter continuidade. Para o estado é fundamental que este projeto possa ter continuidade nos próximos anos e, eventualmente, uma candidatura minha à presidência, de alguma forma, impulsiona esse projeto, dá mais visibilidade a ele”, avaliou.
Caso não seja o escolhido do partido, Aécio disse que caberá respeitar e, “de forma muito clara, dizer que mergulharei nas questões mineiras. Ajudarei a eleger aqui o nosso candidato a governador e ajudarei a dar a vitória, em Minas, espero que consiga, a um outro candidato que o PSDB venha a escolher”.
Continuidade O pré-candidato do PSDB na sucessão em Minas é o vice-governador Antônio Augusto Anastasia. Aécio afirmou não ter dúvidas de que o partido tem possibilidade concreta de vitória no estado. “As pessoas vão dizer se querem continuidade do projeto ou se querem a ruptura. Espero que a resposta seja pela primeira opção.” O principal candidato da oposição deverá sair do PT, que tem como pré-candidatos o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Pelo PMDB, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, também já afirmou que pretende disputar o Palácio da Liberdade no ano que vem.
Durante visita a obras na Avenida Antônio Carlos, em Belo Horizonte, o governador disse “não ser o caminho natural” uma possível candidatura de dois tucanos ao Senado no ano que vem. As eleições em 2010 envolverão duas das três vagas de cada estado. Em Minas, além da possibilidade de Aécio disputar vaga no Senado, um dos atuais ocupantes de cadeira na Casa, Eduardo Azeredo (PSDB), já demonstrou interesse em disputar a reeleição.
MudançaAs primeiras três secretarias estaduais serão transferidas
para o Centro Administrativo do governo até 15 de janeiro, segundo afirmou ontem o governador Aécio Neves. O cronograma prevê ainda que a quarta secretaria mude no mês seguinte. Ainda conforme cálculos do governador, os 16 mil servidores estarão no centro até 1º de setembro. Sobre a redução de jornada de trabalho para os funcionários públicos estaduais, Aécio disse que a questão será definida “tecnicamente sem que haja perda de produtividade”.
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