Por Ana Vasco- Aécio Blog
A revista Carta Capital desta semana traz uma reportagem especial sobre Aécio Neves e sobre o cenário que levará à definição das candidaturas e das alianças para as eleições presidenciais de 2010. Ela também trata a respeito da decisão que Aécio Neves tomou de assumir sua disponibilidade para candidatar-se à presidência, rejeitar a posição de vice em uma chapa única do partido e pedir o adiantamento do prazo de escolha do candidato, para o PSDB.
"Quero dizer antes de tudo que respeito o Serra. É um grande político brasileiro e entendo a posição vantajosa que ele tem na disputa. E também que não estou em busca de uma saída honrosa. Apesar de não tratar as coisas com obsessão, desejo ser candidato a presidente pelo PSDB", disse Aécio em entrevista.
De acordo com a reportagem: "O neto de Tancredo Neves é polido. Evita polêmicas e repete o argumento de que será mais útil ao partido como candidato a senador do que como vice na chapa de Serra. Alguns de seus aliados recorrem, porém, a uma metáfora equestre, para explicar a opção. Só vale montar no cavalo com as rédeas na mão, pois quem está na garupa inevitavelmente vai ao chão se o condutor cair, mesmo se for um excelente cavaleiro".
Apesar de estar em uma posição relativamente desfavorável nas pesquisas, Aécio Neves tem um perfil que é muito adequado para um candidato no atual momento político. É um conciliador, defende os avanços sem mudanças radicais e é contra a polarização partidária. "A primeira coisa que faria na Presidência seria buscar uma agenda mínima comum com o PT", assegura.
Além de tudo isso, Aécio tem também a fama de agregador. A revista lembra que, com a sua candidatura, a base de sustentação governista seria abalada. Setores de alguns partidos, como o PMDB e o PSB, provavelmente o apoiariam, como também o PDT, PP e PTB. "Minha preocupação é superar essa disputa de poder entre o PT e o PSDB. Fazer uma campanha sem ódio, sem radicalismo, sem essa inócua busca pela paternidade deste ou daquele programa. Isso não é um concurso de pontos. Quero inspirar esperança nos eleitores", afirma. Avaliando as condições e o temperamento de Aécio e o quadro geral, a reportagem conclui: "Os marqueteiros e estrategistas governistas preferem, de longe, enfrentar Serra".
Aécio também destacou, na entrevista, alguns temas que devem ser essenciais na agenda do próximo presidente do Brasil. A questão das reformas estruturais - como a reforma política e a da Previdência - são, para ele, uma necessidade urgente para o país. Aécio também defende a adoção de uma política monetária mais ousada que estimule a indústria brasileira. "Devemos ressaltar a necessidade de uma reforma do Estado, fazer diferente do governo atual, que tem inchado a máquina, tem 40 ministérios", lembra.
Com o auxílio de Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus, a Carta Capital também se lança na difícil missão de imaginar os avanços nos cenários das pesquisas e as chances dos pré-candidatos. Sem grandes conclusões, nos mostra que as decisões tomadas agora são determinantes para o rumo das próximas eleições e para a vitória de qualquer que seja o lado.
Leia mais um trecho da reportagem da “Carta Capital” sobre o governador Aécio Neves.
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