segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Transcrição da entrevista do governador Aécio Neves durante a inauguração da exposição do Circuito Cultural Praça da Liberdade

Conta para gente o que vai ser esse circuito cultural.
Talvez nenhum outro projeto do Governo, nesses quase oito anos de governo, me encante tanto quanto esse. Na verdade, estamos transformando a praça da Liberdade, concebida para ser a praça do poder, na praça do povo e nada é tão forte em Minas Gerais quanto as nossas tradições e as nossas manifestações culturais. Então, prédios que estavam obsoletos para serem espaços de governo, agora são transformados inspirados naquilo que de mais moderno ocorre no mundo. Espaços arquitetônicos tradicionais, históricos, com conteúdo inovador.
Portanto, aqui se transformará a Praça da Liberdade no principal espaço de convivência entre os mineiros e uma convivência amalgamada naquilo que temos de mais relevante que é a nossa tradição, os nossos valores culturais. Conseguimos fazer isso também de forma eficiente, sem custos para o Estado, através de parcerias com empresas privadas, com o Banco do Brasil, com a Vale do Rio Doce, com a Tim, enfim, empresas que estão nos ajudando a entregar a Praça da Liberdade renovada para a população de Minas e do Brasil. Já neste ano teremos alguns prédios já abertos, já inaugurados, e espero até o final de 2010, quando termina o nosso mandato, ter toda a praça já entregue à população brasileira e mineira, em especial.
E a exposição?
Essa exposição, na verdade, é um convite para que os meus conterrâneos de Belo Horizonte, de Minas, compreendam a dimensão daquilo que está sendo feito aqui. Isso não é apenas um corredor cultural como já ouvi alguns dizerem. É o mais adensado espaço cultural do Brasil e essa exposição permite as pessoas compreenderem com clareza aquilo que estamos fazendo aqui, como por exemplo, o mais moderno planetário do mundo está aqui, agora em Belo Horizonte, o espaço de minas e metalurgia, portanto, a principal vocação econômica de Minas Gerais nos últimos dois séculos, aqui também está representada, o Espaço Vale que vai contar a história de Minas Gerais, o Centro Cultural Banco do Brasil, que trará para Belo Horizonte em espaço adequado as principais exposições que andam pelo país como já ocorre em São Paulo e no Rio de Janeiro. O que eu quero dizer, com muito orgulho, aos mineiros é que esse espaço cultural não fica a dever nada a nenhum outro que exista no Brasil. Ao contrário, está à frente de qualquer outro.
A Gripe suína, que está assustando todo mundo, teve adiamento das aulas que o senhor se mostrou favorável.
As autoridades estão preparadas, Minas está preparada para lidar com esse vírus? Eu acredito que sim, tudo que é possível fazer está sendo feito em articulação. Em articulação com o governo federal, com a Anvisa, em articulação com os municípios, com as comunidades. Essa decisão do adiamento das aulas foi uma medida preventiva, até para que pudéssemos preparar um pouco mais os professores, preparar um pouco mais enfim todos que trabalham na área de educação, para que a qualquer sintoma, por menor que seja, qualquer indicio de contaminação as medidas sejam tomadas antecipadamente. Portanto estamos atentos, preocupados, mas não alarmados. Acho que Minas Gerais tem feito o que é possível fazer com informação e essa informação agora enfim, será divulgada ainda de forma mais densa, mas também com instrumentos preventivos com os quais o Estado está dotado hoje.
O senhor vai percorrer o Nordeste agora. O governador José Serra já esteve em Pernambuco...
Eu, na semana que vem, atendo um convite do presidente do partido vou estar também em Pernambuco, em Recife na próxima sexta-feira. Depois tem um conjunto de visitas, que está sendo programada, no Norte do país. Eu quero ter uma visão in loco e conversas mais profundas com os representantes da região Amazônica. Independente da densidade eleitoral é uma responsabilidade enorme que os brasileiros devem ter para com o projeto de desenvolvimento sustentável daquela região. Temos também a previsão de visitas ao Ceará e à Bahia. Eu recebo o título de cidadão baiano. Vamos andar, andar fazendo aquilo que defendi desde o início, discutindo projetos e permitindo ao Brasil, no ano que vem, compreender o que difere, o que distingue o projeto que será capitaneado pelo PSDB, independente do seu candidato, daquele que está hoje em execução pelo governo federal.
Esse silêncio do Serra ajuda o senhor? O senhor avalia que é bom para o senhor não assumir essa candidatura?
Olha, cada um tem seu estilo. Eu sempre defendi internamente e publicamente que era importante que o PSDB andasse pelo país, que o PSDB se reencontrasse com setores da sociedade, dos quais nos distanciamos ao longo desses 20 anos de vida partidária. Temos que constatar isso, nós estivemos mais próximos de alguns setores dos quais não estamos mais hoje. Então esse retorno, esse reencontro é muito importante. E essas visitas ajudam muito nisso e no momento final, Serra, eu e todo partido estaremos juntos para apresentar aos brasileiros esse novo e ousado projeto de governo.

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