terça-feira, 29 de setembro de 2009

Aécio recebe José Camilo Zito, prefeito de Duque de Caxias e pres. do PSDB/RJ






Ouça a entrevista completa aqui

Confira, abaixo, transcrição da entrevista
Aécio Neves

Estou tendo a alegria de receber mais uma vez o amigo e essa extraordinária liderança popular do PSDB, nosso companheiro Zito, de Duque de Caxias, nosso presidente do PSDB do Rio, acompanhado do amigo Amorelli, seu vice.

Na verdade, o Zito me dá a oportunidade de falar um pouco sobre o Rio, mas também um pouco sobre o Brasil. Tive a oportunidade de fazer para ele um relato sobre essas nossas reuniões que têm ocorrido em várias partes do Brasil, da confiança que tenho de que o PSDB está no caminho certo discutindo primeiro o seu projeto para, tendo essas bandeiras já definidas, aí sim definir o candidato. Ele concorda que essas reuniões são extremamente importantes e todos nós sabemos que a posição do partido no Rio de Janeiro é absolutamente vital.

O Zito é uma liderança consensual do partido no Rio de Janeiro, ele tem se colocado extremamente aberto à condução desse processo, ele tem conversado também com outras forças políticas e nós todos do partido, que não estamos no Rio de Janeiro, no meu caso especial com meus vínculos tão afetivos e pessoais com o Rio, temos sempre um olhar lá, de atenção, para que tenhamos o melhor caminho.

Não há ainda, como não há no plano federal, no plano estadual uma definição, mas o companheiro Zito me traz aqui luzes e uma palavra de muito otimismo com relação às nossas condições de enfrentarmos as eleições do ano que vem e termos também no Rio de Janeiro um belo resultado.

Que luzes são essas? Vai haver um palanque lá forte?

Acho que sim. É necessário que haja um palanque. O PSDB está unido. O partido vem se fortalecendo, vem buscando modernizar o seu perfil. Tivemos durante a última eleição para a capital uma aliança com algumas forças políticas, entre elas o próprio PV, mas é muito natural que, a partir do momento que o PV apresenta uma candidatura presidencial, o PSDB se reúna para discutir esse processo para darmos ao candidato do partido, qualquer que seja ele, as melhores condições de disputa no Rio de Janeiro. Não há uma definição de quais sejam essas condições, até porque as conversas ainda continuam com todas essas forças políticas.

Estou muito feliz porque tive a oportunidade de estar com Zito durante a sua campanha em Caxias e conheci uma forma, até um pouco diferente da nossa, mas extremamente próxima à população, ao povo, de se fazer uma campanha eleitoral. É algo que me chamou muito a atenção. Acho que o Zito ajuda ao PSDB a ter esse cheiro de povo que em determinados momentos da nossa história nós andamos perdendo.

Prefeito Zito
O PSDB vai ter candidato ao governo ou é possível ainda uma aliança, uma composição com outro nome?

Tudo é possível. A situação da candidatura presidencial não está resolvida, está indefinida e a minha vinda aqui é primeiro para pegar esses bons fluidos desse governo altamente positivo e de um governador campeão. Acho que o nosso país está em estado de graça e o PSDB muito mais ainda porque tem dois candidatos altamente vencedores. Um jovem campeão que nos ensina cada vez mais a governar, uma cidade, um Estado e quem sabe, se for da vontade de Deus, um país. A minha vinda aqui, quero deixar bem claro, que um palanque do PSDB ou não no Estado do Rio de Janeiro, ele pode ser importante como não. O PMDB em vários estados tem aderido ao PSDB. Esperamos que com Aécio candidato a presidente, o PMDB possa até ser um dos nossos aliados no Estado do Rio de Janeiro, quem sabe? Vamos aguardar o momento certo.

Quer dizer que muda, se for Serra é uma coisa, se for o Aécio é outra? O que muda?

Não, não é questão de mudança. Um é mais maleável que o outro, o outro tem mais jogo de cintura que o outro.

Quem tem mais jogo de cintura e quem é mais maleável?

Eu como presidente regional do PSDB, não consigo esconder que eu sou mais Aécio. Eu tenho uma visão de que esse país precisa renovar, precisamos dar demonstração como aconteceu aqui em Belo Horizonte a transformação de um estado em oito anos e de um governador que trata a todos na situação de igualdade, que demonstra a sua humildade, a sua popularidade, enfim, essa é uma discussão que não é do Zito, enquanto prefeito que sou. Uma discussão que será do Zito presidente de um partido e toda a cúpula nacional que discutirá no momento certo. Volto a frisar, graças a Deus, temos dois grandes candidatos que, certamente, aquele que for escolhido tem uma possibilidade enorme de governar esse país.

O senhor disse que na hipótese do governador Aécio Neves ser o candidato, é possível uma aproximação com o PMDB lá, mas o PMDB lá, o Sérgio Cabral é candidato à reeleição. Isso significa que é possível uma composição do senhor apoiando o governador Cabral?

É uma possibilidade não só com o Aécio, com o Serra também. O PMDB em vários estados já está aderindo ao PSDB e certamente uma candidatura vitoriosa que será a do Aécio ou do Serra, o Sérgio Cabral é inteligente e capaz de entender o quanto será importante a adesão do PSDB, que tenha um vice do PSDB, enfim, política é diálogo e as portas do PSDB estarão abertas. Nós não temos nada contra o governador Sérgio Cabral, até porque ele foi do nosso partido.

Sobre conversas do PSDB com o deputado federal Fernando Gabeira.

Eu acho viável, toda conversa política é viável. E fica muito mais fácil quando é bom para dois. Não pode ser bom só para o Gabeira. Tem que ser bom, principalmente, para o PSDB.

Aécio Neves

O PMDB na Assembleia Legislativa, na semana passada, disse que agora é oposição. Como é que o senhor vai costurar essa questão agora?

Não muda nada na minha avaliação. O governo tem a sua ampla maioria desde o início do governo e essa maioria não se dá em razão de se gostar mais ou menos do governador. É pelos resultados do governo. Continuarei tratando os peemedebistas, as lideranças do PMDB, os prefeitos do PMDB como sempre tratei até agora, inclusive os prefeitos do PT. Isso, talvez, seja uma marca do nosso governo. Não há aqui qualquer tipo de discriminação. Nós, felizmente, estamos passando do momento mais agudo da crise, vamos cumprir integralmente a nossa proposta orçamentária, vamos entrar no ano que vem com muito vigor, com grandes projetos focados principalmente nos municípios. Essa tem sido, talvez, a nossa maior marca, a transferência de recursos em, enfim, convênios permanentes com os municípios e é isso que vai definir, lá na frente, as eleições.

Eu acho que setores – nós vemos hoje o PMDB com uma disputa interna, não cabe a mim adentrar nessa disputa -, mas qualquer seja a decisão que eles tomarem na Assembleia será respeitada por mim. Não muda o tratamento que eu dou aos municípios mineiros governados pelo PMDB ou por qualquer outro partido.

Mas há uma queda da receita de R$ 2 bilhões até o fim do ano.

O que está sendo recompensado com esses recursos do Banco Mundial que nós estamos já recebendo e essa nova linha de financiamento que nós vamos estar recebendo até abril do ano que vem. Nós vamos com isso complementar e compensar as perdas que nós tivemos com a diminuição da arrecadação.

Essa decisão do PMDB na Assembléia não distancia o PSDB do PMDB em Minas Gerais para 2010?

Ao contrário. Meu sentimento é inversamente contrário a esse.

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