Bertha Maakaroun
O último a viver ali foi Pimenta da Veiga (PSDB). Os prefeitos que o sucederam optaram por não ocupá-la. Em outubro de 1998, no governo Célio de Castro, foi transformada em um centro municipal de estudos administrativos. Durou poucos meses.
A ideia não prosperou. Está fechada a casa que desde 1946 hospeda os prefeitos da capital e em 1977 chegou a ser cedida por decreto municipal para a Secretaria de Estado de Segurança Pública: seria residência oficial do secretário. Hoje sem função, a residência oficial do prefeito, na Pampulha, tem custo de manutenção anual de R$ 66,9 mil.
Será vendida. A determinação do prefeito Márcio Lacerda (PSB) é o primeiro passo para se desfazer de uma coleção de imóveis ociosos, alguns ocupados ilegalmente, que neste momento estão sendo listados e avaliados. A um quarteirão do Museu de Arte da Pampulha, de frente para a lagoa, a casa foi construída em 1944 em um terreno de 1.480 metros quadrados.
Além do acesso pela Avenida Otacílio Negrão de Lima, os prefeitos que ali moraram um dia puderam entrar e sair pela Avenida dos Estados, driblando eventuais visitas inconvenientes, que se anunciavam pela entrada principal. Exceção a um painel de azulejos, no jardim, pintado por Guignard, nada há na arquitetura da casa que sugira traços da ousadia do modernismo de Oscar Niemeyer.
São 353 metros quadrados de área construída: quatro quartos, dos quais duas suítes, nove banheiros, uma sala de visitas conjugada, uma sala de lareira, uma sala de jantar, uma cozinha, adega, despensas, além de área de serviço, todos os cômodos pequenos, o que torna o projeto quase um “labirinto”. Na área de lazer há uma piscina, uma quadra de peteca e uma churrasqueira. O acabamento, no geral, não é luxuoso.
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