A Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Social (Sedese), por meio da Coordenadoria Especial de
Políticas Pró-Igualdade Racial (Cepir), promoveu uma ação para marcar o Dia
Internacional Contra a Discriminação Racial. Panfletos contendo informações
sobre o tema foram entregues aos servidores e visitantes que passaram pelo hall
do prédio Minas, na Cidade Administrativa, nesta quinta-feira (21).
Segundo
o coordenador da Cepir, Clever Machado, a data e a mobilização reforçam o
combate a qualquer tipo de discriminação racial e visam promover a
conscientização de direitos e oportunidades para todas as pessoas.
“Ações
dessa natureza são necessárias, para que a sociedade possa refletir sobre o
racismo individual e social que, infelizmente, ainda faz parte da nossa
realidade. Com o objetivo de mudar esse cenário, o governo de Minas tem
trabalhado com foco na promoção da igualdade racial, por meio da instituição de
políticas públicas”, explicou.
Comemoração
A
data foi instituída no dia 21 de março, de 1960, na cidade de Joanesburgo,
capital da África do Sul, após um ataque do exército a manifestantes negros que
protestavam contra uma lei que os obrigava a portar cartões de identificação,
especificando os locais por onde eles podiam circular, por conta de sua cor.
Em
memória à tragédia, que matou 69 pessoas e deixou outras 186 feridas, a
Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu a data como o Dia Internacional
de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
Panfletos contendo
informações sobre o tema foram entregues aos servidores e visitantes que
passaram pelo hall do prédio Minas, na Cidade Administrativa.
Como Agir ao Deparar com Crime de Racismo
Muitas
pessoas que sofrem com o preconceito ou racismo não procuram ajuda porque não
sabem como agir, segundo Clever Machado. “Ao ser vítima de um desses crimes,
a pessoa deve chamar imediatamente a Polícia Militar e registrar o boletim de ocorrência,
apresentando testemunhas. Se o caso for de racismo, o praticante do ato será
preso em flagrante”, ressalta o coordenador, lembrando que o crime de racismo é
inafiançável.
Clever
explica que o racismo é o ato de impedir o acesso de um individuo a locais ou
serviços, ao mercado de trabalho e aos campos político, econômico,
social, cultural, entre outros, pela cor da pele, raça, religião ou orientação
sexual.
A
Coordenadoria Especial de Políticas Pró-Igualdade Racial (Cepir), vinculada à
Sedese, está à disposição para atender todos esses casos. “As vitimas podem
procurar a Cepir para orientação. Se for o caso, a coordenadoria faz um termo
de declaração, que é enviado para delegacia, Ministério Público e Defensoria
Pública”, afirma.
Já
o preconceito, segundo o coordenador, é caracterizado pela injúria e
xingamento, atribuído a uma pessoa pelas mesmas razões que o racismo. Clever
ressalta que a confusão no momento de relatar os crimes pode comprometer o
processo: o preconceito também gera processo judicial, mas aceita fiança.
“Assim
sendo, é importante que o profissional responsável pelo boletim de ocorrência
ouça atentamente o caso e faça o relato de acordo com o depoimento da vitima”,
conclui.
Criada
pelo Governo de Minas, em janeiro de 2011, a coordenadoria tem por finalidade
coordenar e acompanhar as ações de promoção da igualdade étnica e racial
desenvolvidas no Estado de Minas Gerais, em consonância com o Estatuto da
Igualdade Racial.
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