Narcio Rodrigues, Presidente do PSDB-MG e Coordendor da campanha Anastasia.
"O jogo começa é agora"
Coordenador da campanha de Anastasia confia no apoio de candidatos e prefeitos para vencer
Deixar claro ao eleitorado de Minas Gerais que o governador Antonio Anastasia (PSDB) foi o mentor administrativo e operacional do governo Aécio Neves (PSDB) e que sua reeleição significará o avanço dos projetos desenvolvidos no estado. Essa é a estratégia da coordenação da campanha tucana na tentativa de conquistar mais quatro anos no Palácio da Liberdade. Segundo o presidente estadual do PSDB e coordenador da campanha, deputado federal Nárcio Rodrigues, para reverter o desconhecimento do candidato – apontado como seu principal obstáculo na disputa –, a ideia é a partidarização da campanha, com a participação dos candidatos ao Legislativo dos 14 partidos que compõem a coligação “Somos Minas Gerais”.
Qual a estratégia de campanha para ganhar esta eleição?
O grande adversário da nossa candidatura é exatamente o grau de desconhecimento da figura do Antonio Anastasia. Mas o fato de estar ligado umbilicalmente ao projeto liderado pelo governador Aécio Neves faz com que a candidatura dele tenha um potencial muito grande. Primeiro porque o governo dele e do Aécio tem uma aprovação de 92% . Então, esse sentimento mineiro de que houve uma transformação aqui precisa ser colado na figura do Anastasia. O governador Anastasia é um parceiro que ajudou o Aécio a construir esse projeto. No primeiro momento, organizando o programa de governo em 2002, e depois entrou no governo com a característica de fazer as coisas acontecerem. Enquanto o Aécio tomava as decisões estratégicas e políticas, ele tomava as decisões administrativas e operacionais. Então, pode-se dizer com tranquilidade que este governo é construído a quatro mãos e é preciso passar isso para a população. Essa é a grande chave da nossa campanha: continuar o processo que está transformando a vida de Minas Gerais.
E como conseguir isso?
O jogo começa agora. Tudo foi treino. O que vamos fazer para combater o desconhecimento dele é a politização, a partidarização da campanha. A campanha precisa ganhar as ruas com discurso político. Isso se faz com engajamento das lideranças políticas, de prefeitos, vereadores, dos candidatos às eleições proporcionais. Temos de fazer a junção da eleição majoritária e proporcional para ganhar capilaridade na nossa ação.
Como serão os programas de rádio e televisão?
É claro que o horário eleitoral é que vai permitir igualdade de disputa entre os dois candidatos. Não se pode desconhecer que o Hélio Costa (candidato a governador pelo PMDB) foi candidato a governador por dois mandatos (1990 e 1994), foi candidato a senador (1998), foi ministro de Estado (das Comunicações no governo Lula), teve uma exposição política muito grande e tem grau de conhecimento e reconhecimento em Minas pela sua presença na vida política. Agora, o Anastasia ficou exatamente no bastidor nesse período, ele fez a retaguarda neste governo. Então, acredito que o horário eleitoral vai colocá-lo em evidência. Ele está há quatro meses no governo e o ranking de governadores o coloca como segundo colocado entre aqueles que têm maior índice de aprovação no Brasil.
Como será a participação do ex-governador Aécio Neves na campanha?
Tenho a impressão de que Minas vai votar para fortalecer a liderança do Aécio. O papel de Aécio vai ser chamar Minas Gerais para essa convocação, que os mineiros entendam que a vitória de Anastasia é a vitória de Minas e da sociedade, e não de um partido político. Vejo o Aécio mais empolgado e devotado à campanha do Anastasia do que esteve na campanha dele em 2002 e 2006. Talvez por ele ter a percepção de que o empenho que está emprestando à campanha é componente importante para que Minas possa continuar avançando.
Qual a estratégia para o interior, onde o governador Anastasia é ainda mais desconhecido?
A interiorização da campanha vai ocorrer com comprometimento das lideranças locais e com o chamamento da própria sociedade. Você imagina: 224 municípios estavam fora da malha viária do estado, e os eleitores têm que ser lembrados que isso mudou porque um governo se voltou fundamentalmente para isso, para interiorizar o acesso à luz elétrica, ao celular, e naturalmente o que estamos fazendo neste momento é essa acoplagem das candidaturas majoritárias às proporcionais. Os candidatos a deputado estadual e federal têm grande capilaridade porque buscam o voto em todos os municípios. E nós temos uma coligação muito grande, formada por 14 partidos e que, naturalmente, por ter um número de candidatos expressivo, vai ter a capacidade de multiplicar a figura do Anastasia, até levá-la onde ela ainda não é conhecida.
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