quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O que as pesquisas sinalizam de novo no cenário da corrida presidencial.





A última rodada da pesquisa CNT/SENSUS coloca na mesa do jogo político nacional algumas variáveis importantes para os principais grupos políticos e partidos tomarem suas decisões sobre os seus candidatos na corrida presidencial.

No mais importante partido de oposição do Brasil, o PSDB, os tucanos estão entre apostar suas fichas em um candidato já conhecido pela população, que lidera, em patamar estável, há alguns meses, as listas de presidenciáveis - governador de São Paulo, José Serra, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, ainda desconhecido por cerca de 1/3 da população, mas, entre todos os presidenciáveis, o que alcança a menor rejeição do eleitorado(26%).

Na mesa dos tucanos, as dúvidas estão entre um candidato com alta visibilidade e recall (Serra foi deputado, senador, ministro do Planejamento, ministro da Saúde, candidato derrotado a presidente, prefeito e governador de São Paulo), mas que encarna e reacende as referências ao PSDB tradicional e à “era FHC”, e um rosto novo no cenário nacional, que carrega herança política (Tancredo Neves), e acrescenta à imagem do líder aglutinador os méritos de bom gestor – Aécio foi escolhido, por pesquisa nacional do Instituto Datafolha deste ano, o melhor governador do Brasil e Minas Gerais é referência de boa e moderna governança para instituições do porte do Banco Mundial.

No campo do governo, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff não alcança, ainda, sequer o patamar detectado de transferência direta de votos do presidente Lula – 21,5%. Tem, no entanto, rejeição alta, de 37,6%, e passa a conviver, a partir de agora, com adversários promissores no mesmo campo político, como a senadora Marina Silva (PV). A outra alternativa petista, no campo do Governo, o ex-ministro Antônio Palocci, pontua muito mal em todas as listas e é o campeão da rejeição.

A alta rejeição a outros nomes mais próximos a Lula, como Ciro Gomes (PSB-CE), 39,9% de rejeição e Heloísa Helena (PSOL), 43% de rejeição, deixam a porta fechada, por enquanto, para a possibilidade de um “plano B” à candidatura de Dilma.
Segundo o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, índices superiores a 40% de rejeição significam candidatos sem chances de vitória na sucessão.

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