Quando uma pessoa é picada por um animal peçonhento (venenoso) e não recebe o tratamento correto, com o soro adequado, as consequências vão de sequelas graves até a morte. E para a produção do soro, a extração do veneno de algumas espécies de serpentes e escorpiões é imprescindível. A Fundação Ezequiel Dias (Funed), uma das três instituições brasileiras responsáveis pela produção de soros antiofídicos e antiescorpiônicos no Brasil, desenvolve uma série de projetos e parcerias para manter sempre regular o estoque de venenos, transformando essa tarefa numa atividade de educação socioambiental e cooperação institucional.
Nos meses mais quentes do ano, que já se aproximam, as ocorrências de acidentes com animais peçonhentos são mais frequentes, pois é nesse período que as serpentes e escorpiões se tornam mais ativos e saem em busca de alimentos. Em média, a Funed recebe cerca de 25 cobras por semana (100 animais/mês). No mês de agosto, por exemplo, a Fundação recebeu 83 serpentes. No entanto, a maioria delas do gênero Crotalus, popularmente conhecida como cascavel, que é a mais comum na região sudeste. Serpentes como a da espécie Micrurus Frontalis, mais conhecida como coral, são raridades, assim como as serpentes do gênero Lachesis, popularmente conhecida como surucucu. Uma das formas encontradas pela Fundação Ezequiel Dias para manter a regularidade de venenos desses animais, menos comuns na região, foi a elaboração e implantação do “Projeto Micrurus: ampliação de plantel e manejo em cativeiro”. O objetivo é aumentar o número de exemplares das cobras do gênero Micrurus - ao qual pertence a coral verdadeira - para extração do veneno, utilizado na produção do soro antielapídico.
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Agência Minas
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