PSDB e DEM: Dilma mente e faz terrorismo
Líderes da oposição reagem reafirmando que nunca se cogitou privatizar Petrobras, BB e CEF, como diz o PT
BRASÍLIA e SÃO PAULO. A oposição reagiu com críticas ao discurso de ontem da ministra-candidata Dilma Rousseff. Dirigentes do PSDB e do DEM negaram que no governo de Fernando Henrique tenha sido cogitada a privatização de estatais como Petrobras, Banco do Brasil, CEF e Furnas, como sugeriu Dilma.
Classificaram as afirmações da pré-candidata do PT à Presidência de delírio, mentira e até mesmo de “conversa de elefante”.
A pré-candidata petista afirmou que o Brasil escapou de um desastre maior com a crise global porque “os brasileiros resistiram a esse desmonte” e “impediram a privatização parcial e integral da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal (CEF) ou de Furnas”.
- São reminiscências incorretas e imprecisas. O Brasil resistiu à crise por muitas razões que ela não citou. Quanto às privatizações, essa foi uma conversa de elefante. Nunca houve essa ideia. Isso faz parte desse terrorismo que o PT tem aplicado – disse o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
Na avaliação de Guerra, o PT, durante o congresso, acenou para a esquerda de forma imprecisa ao aprovar medidas radicais, ao mesmo tempo em que a ministra fez um discurso com conteúdo conservador. Para o líder do DEM no Senado, JoséAgripino, tratou-se de loucura a afirmação de que Petrobras, Furnas, Banco do Brasil e CEF só não foram privatizados porque os “brasileiros resistiram”: – O delírio da ministra está chegando às raias da mentira.
Nunca se cogitou nada disso, privatização da Petrobras, de Furnas. Isso nunca existiu.
O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega disse que Dilma está equivocada ao dizer que as privatizações no governo de Fernando Henrique foram um desastre para o país. Segundo ele, a venda das estatais ajudaram o país e os consumidores: – Se a ministra externou essa visão ideológica (de ser contra as privatizações) ela está ultrapassada e fora de moda. Também contraria o que o presidente Lula tem defendido. Hoje o país tem mais telefone do que gente. Alguém tem dúvida de que a CSN está numa situação melhor do que antes de ser privatizada, e que a Vale se transformou numa gigante mundial? Para ele, se o governo não contar com dinheiro privado na infraestrutura, o país não terá fôlego para crescer: – O investimento do PAC é de pouco mais de 0,5% do PIB. O país precisa de 3% a 5% do PIB em investimentos para colocar a sua infraestrutura de pé. O PAC é um grande slogan.* Enviada especial
Fonte: Soraya Aggege* e Lino Rodrigues – O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário