Fonte:
Portal O Tempo
Irritada
com os últimos apagões ocorridos no país, a presidente Dilma Rousseff contestou
as explicações dadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e até por
técnicos do Ministério de Minas e Energia e disse que os cortes de luz são
provocados por falha humana, nunca por raios.
"No
dia em que falarem para vocês que caiu um raio, gargalhem", afirmou Dilma,
ontem, durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.
"Raio
cai todo dia neste país, a toda hora. Raio não pode desligar sistema. Se
desligou, é falha humana. Raio é derivado de uma coisa chamada chuva, crucial
para o sistema funcionar. Não posso querer que tenha chuva e não tenha raio. A
nossa briga é para impedir que, quando o raio cai, o sistema pare".
Para
o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, o corte de abastecimento que deixou
consumidores de 12 Estados sem energia, no último dia 15, pode ter sido causado
por um raio.
Dilma
admitiu haver outros riscos de interrupção de energia, mas rejeitou o termo
apagão, alegando que a palavra foi usada quando "o Brasil inteiro ficou às
escuras", em 2001, porque não havia linhas de transmissão suficientes.
"Sem que vocês saibam, deve ter umas
3.000 quedas de energia por ano", afirmou. Para ela, é preciso ser
"implacável" com a falta de luz. "Não podemos aceitar conviver
com isso", disse.
Ridículo.
A presidente desdenhou de comentários dando conta de que o Brasil pode ser
obrigado a economizar novamente energia, como em 2001, e chegou a falar em
má-fé. "Acho ridículo dizer que o Brasil corre risco de racionamento"
Com
planilhas sobre "descargas elétricas" na mão, Dilma se levantou e,
diante dos repórteres, começou a dar uma aula sobre raios e a necessidade de
proteção do sistema. "No caso de transmissão, somos vítimas eternas e
temos de nos preparar", insistiu.
Ex-ministra
das Minas e Energia, Dilma também atribuiu a uma falha humana a falta de luz
que atingiu o aeroporto do Galeão anteontem. "O sistema elétrico do Galeão
terá de ser trocado. No Rio, sempre que a temperatura passa de 40 graus, a
Light tem problema", disse.
Juros
vão cair mais. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou ontem, em
entrevista ao portal G1, que o Banco do Brasil e a Caixa continuarão a reduzir
taxas de juros. "Em 2013, a economia vai começar muito melhor do que
começou em 2011. Em 2011, os juros estavam altos. Tínhamos algum tributo que
estamos tirando. Não tinha redução de energia elétrica e o câmbio estava
desfavorável".
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