Hélio Costa afirma desconhecer elo entre Correios e filho de ministra
O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PMDB, o ex-ministro Hélio Costa, disse nesta quarta-feira (15), em Belo Horizonte, desconhecer o suposto esquema de tráfico de influências que seria orquestrado por Israel Guerra, filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.
Segundo reportagem da revista “Veja”, empresário revelou esquema no qual, por intermédio do filho da ministra, buscava ampliar contrato com os Correios, no segundo semestre do ano passado. Costa era ministro das Comunicações, pasta da qual a estatal é subordinada, e deixou o cargo em 31 de março deste ano para se tornar pré-candidato ao governo estadual.
“Eu não era ministro, não. Sabe o que acontece? Essa história dos Correios tem que ser discutida, evidentemente, partindo da ótica se existe relação com a minha administração. Como não existe, eu não posso comentar”, afirmou.
Alegando não ter lido “direito” a matéria, o candidato disse, no entanto, não existirem provas de participação de Guerra nas intermediações denunciadas pelo empresário à revista Veja.
“Afirmaram que o rapaz (Israel Guerra) tinha uma empresa. Não, ele não tem uma empresa. Depois diziam que a empresa fazia negócios com os Correios. Não, a empresa que ele não tem não faz negócios com os Correios”, disse Costa durante lançamento oficial do seu plano de governo.
Porém, ele afirmou que existe uma campanha em curso contra a estatal. Sem citar nomes, disse que “grupo internacional” tem intenção de desmoralizar a instituição para poder privatizá-la.
“Continuam fazendo essa campanha contra os Correios simplesmente porque tem um grupo querendo, de todas as formas, diminuir a importância dos Correios para que o governo venda os Correios. Eles querem privatizar uma empresa que tem 116 mil empregados e é considerada uma das melhores empresas do mundo”, frisou.
Críticas aos tucanos
Durante o lançamento oficial do plano de governo, Hélio Costa aproveitou para criticar a atuação do governo tucano, que administra o estado há oito anos, principalmente na área da saúde. Costa citou ao menos duas cidades mineiras nas quais, segundo ele, existem apenas as placas informativas de construção das unidades hospitalares.
“Neste último fim de semana eu cheguei em Sete Lagoas. Levaram-me a uma placa e disseram: olha aqui esta placa, esse é o hospital regional. Tem sete anos que ela está dependurada aqui. Passamos por Ibirité (região metropolitana de Belo Horizonte). O que é o hospital regional de Ibirité? A placa, que está lá há oito anos, dizendo que tem R$ 10 milhões liberados para a construção”, ironizou o ex-ministro.
Por sua vez, o ex-ministro Patrus Ananias (PT), candidato a vice na chapa do peemedebista, foi incisivo ao afirmar que o governo de Costa, em quatro anos de administração, vai “erradicar” a fome e a desnutrição, além do analfabetismo, no Estado.
Fonte: Rayder Bragon – UOL ELeições
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