domingo, 25 de abril de 2010

PSDB abre portas para o PMDB

Aproximação. Nárcio Rodrigues não esconde o interesse do PSDB em atrair o PMDB de Minas Gerais


Flávia Martins y Miguel

O presidente do PSDB de Minas, deputado Nárcio Rodrigues, convida o PMDB para que os dois partidos caminhem juntos nas eleições no Estado. Ele afirmou que os problemas internos do PT deixam claro que o palanque único em Minas não vai acontecer. O tucano afirma que há espaço para que tucanos e peemedebistas andem juntos, inclusive, em uma aliança programática.

"O PSDB quer que o PMDB venha conosco nessa disputa. Sob a presidência do deputado Antônio Andrade e a liderança do ministro Hélio Costa, temos espaço para construir uma aliança e ter um governo compartilhado. Nós queremos conversar. Não para poder disseminar a divisão (entre PMDB e PT), que está muito clara", diz.

Mesmo com as dificuldades nas negociações para um acordo entre PT e PMDB em alguns Estados, o que coloca em risco o entendimento das duas siglas em relação ao apoio à candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência, o PSDB mineiro estava evitando assumir que a discórdia entre os aliados do presidente Lula pode estar favorecendo o pré-candidato à reeleição, o governador Antonio Anastasia (PSDB).

No entanto, Nárcio voltou a cutucar os petistas, dando mais uma razão para que o PMDB se aproxime dos tucanos. "O PMDB não entendeu que eles (os petistas) têm um problema interno que, nem quem está lá, consegue resolver. Como vão conseguir pensar em fazer um condomínio de poder com outros? A casa está desarrumada e dividida. No PSDB há um enorme espaço para construirmos juntos. Basta querer", destacou.

Nárcio relembrou que no passado essa aliança não ocorreria por causa de valores éticos diferentes compartilhados pelo PSDB e pelo PMDB, que estava sob a liderança de Newton Cardoso.

Já o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB) admitiu que é inevitável o favorecimento da candidatura de Anastasia a partir das desavenças internas do PT e do desencontro da base aliada de Lula em Minas. Segundo ele, os eleitores já começam a perceber a solidez das propostas de Anastasia em detrimento do "processo nebuloso" mostrado pela base.

"Isso, sem dúvida, favorece. Eles (a base de Lula) devem chegar a algum tipo de entendimento nos próximos meses. Mas, os problemas internos, para nós, são indiferentes. Estamos muito certos de que o eleitor tem consciência do que foi o governo Aécio Neves e também o que foi o desgoverno do PT em relação a Minas. E temos muitas condições de mostrar que vamos continuar aprimorando com Anastasia", afirmou. O deputado deixou claro que os tucanos aceitam a comparação das gestões com o PT.

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