terça-feira, 27 de abril de 2010

Enquanto o PT mineiro não se entende, palanque de Dilma fica indefinido e PMDB parte para o ataque para formalizar novas alianças

Palanque de Dilma em Minas estremece
Enquanto PT não se decide, PMDB de Costa já negocia chapa com PDT e PCdoB
Cansado de esperar um desfecho na disputa interna no PT de Minas, o PMDB partiu para as negociações sobre a chapa no estado.
Os peemedebistas acreditam que, fechando uma aliança ampla em torno do senador Hélio Costa para o governo, o PT não teria outra saída a não ser aderir, com risco de ver esvaziado o palanque da pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff no segundo maior colégio eleitoral do país.
No próximo domingo, os petistas mineiros farão prévias para escolher entre os pré-candidatos Patrus Ananias e Fernando Pimentel. Mas o PMDB decidiu não esperar e já negocia acordos inclusive com aliados históricos dos petistas, como o PCdoB.
O mais assediado pelos peemedebistas mineiros, porém, é o PDT, do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, amigo de Costa.
As cúpulas do PMDB e do PT haviam acertado um prazo de até 9 de maio para a definição do nome petista e uma possível aliança na formação de palanque único para Dilma no estado. Mas o diretório estadual do PT, comandado por aliados do exprefeito de BH Fernando Pimentel, afirma que a decisão sobre a formação de chapa única deve sair somente no encontro estadual do partido, marcado para 21, 22 e 23 de maio.
- Nós não temos prazo. Estamos na campanha, e cada dia é importante – declarou Hélio Costa, após almoço com a direção do PCdoB, ontem. Hélio Costa: PMDB quer entendimentos “suprapartidários” Na semana passada, ele se reuniu com integrantes do diretório estadual do PDT. O senador afirma que essas negociações não têm objetivo de enfraquecer o palanque de Dilma no estado, e sim de ampliar o apoio em torno da petista. Ele disse que o PMDB pretende manter entendimentos “suprapartidários”, mas descartou qualquer possibilidade de coligação com o PSDB. Publicamente, Costa tenta minimizar suposta irritação com a demora do PT.
- Nós temos um lado. Nosso lado é o da ministra Dilma. Através desse tipo de conversação, vamos chegar ao nosso objetivo, que é o objetivo do presidente Lula, que é o objetivo da ministra Dilma, de ter palanque único em Minas – ressaltou.
Para seduzir o PDT, o senador ofereceu, segundo o deputado estadual pedetista Sargento Rodrigues, até espaço na chapa majoritária.
- O ministro Hélio Costa foi muito firme. Tem a vaga de vice, duas de senador e duas de suplência. Disse que o PDT podia escolher – contou o parlamentar, que participou do encontro com o peemedebista.
Nos bastidores, inclusive entre petistas, há a expectativa de que o vencedor das prévias do PT sairia candidato ao Senado, enquanto o derrotado poderia ser candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados.
Tanto Pimentel como Patrus, porém, reafirmam que são candidatos a governador.
Em Minas, os pedetistas fazem parte da base aliada do governo comandado há mais de sete anos pelos tucanos – com o ex-governador Aécio Neves e o atual, Antônio Anastasia. E o PSDB quer o PDT na aliança em torno de AnastasiaAécio Neves, além do ex-presidente Itamar Franco (PPS). para a sucessão estadual. Mas a vaga de vice ficará com PP ou DEM, e a chapa deve ter como candidatos ao Senado o próprio
- O PSDB tem interesse (na participação do PDT), mas não ofereceu nada. Não podemos fazer composição onde não tenhamos espaço – observa Rodrigues.

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