O
senador Álvaro Dias, líder do PSDB, pretende iniciar, na tarde desta
terça-feira (25), a coleta de assinaturas para tentar abrir uma CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) para investigar a Petrobras.
As
estratégias para angariar apoio serão debatidas em reunião da oposicão com
Aécio Neves, presidente do PSDB e pré-candidato à Presidência da República.
A
movimentação pela CPI ocorre após as revelações sobre detalhes de contrato que
obrigaram a estatal a comprar da refinaria de Pasadena (entenda o caso abaixo).
O
próprio senador, porém, admite a dificuldade de instaurar a CPI.
—
Temos que buscar apoio de dissidentes na base governista. Isso depende muito do
clima da base. A
estratégia de Dias deve ser atacar em duas frentes. Em uma delas, buscará apoio
para a CPI apenas no Senado. Em outra, tentará atrair também deputados, o que
possibilitaria uma CPI Mista.
—
As revelações são graves. Temos de agir, mesmo que a dificuldade [para intaurar
a comissão] seja grande.
Reunião com Aécio
Antes
de iniciar a empreitada, porém, a oposição fará uma reunião com Aécio Neves.
Além de tucanos, representantes de outros partidos foram chamados integrar o
encontro, marcado para as 15h.
A
tentativa de se instaurar uma CPI aponta para uma subida de tom do PSDB em
relação ao caso. Depois de se posicionar contra a criação da CPI da Petrobras,
o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, divulgou nota no
domingo (23) defendendo as investigações.
Na
nota, o ex-presidente disse que o presidente nacional do PSDB, senador Aécio
Neves (MG), tem o apoio dele para conduzir as negociações.
Pasadena
A
compra da refinaria de Pasadena custou à Petrobras US$ 1,18 bilhão, quase 30
vezes mais que o valor pago pela empresa belga Astra para adquirir a mesma
refinaria um ano antes.
No
início da semana passada, a presidente Dilma Rousseff, presidente do Conselho
de Administração da Petrobras na época, disse, em nota à imprensa, que a
transação foi autorizada mediante parecer "técnica e juridicamente
falho", dando início às pressões contra a estatal.
Reportagem
do Jornal da Record deste fim de semana mostra que, de fato, Dilma só tomou
conhecimento dos detalhes sobre o contrato em 2008, dois anos depois de o
Conselho de Administração da Petrobras aprovar a compra.
Fonte: Portal R7
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