Não
é a primeira vez que Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Dilma Rousseff
e espécie de “chanceler paralelo para assuntos bolivarianos”, exprime a posição
do governo brasileiro frente às sucessivas crises políticas na Venezuela.
Da
mesma forma como tenta agora amenizar o grave quadro de crise política no país
vizinho, que já soma duas dezenas de mortos em apenas duas semanas, Marco
Aurélio Garcia afirmou, remando contra os fatos, que a liberdade de imprensa
existe plenamente na Venezuela.
No
dia 04 de agosto de 2009, Garcia chegou a responder com ironia a um repórter de
O Globo que o questionou sobre as denúncias de jornalistas e órgãos de imprensa
sobre a censura e a repressão política naquele país:
"Se
a liberdade de imprensa acabou na Venezuela, terá sido depois que viajei,
porque o que vi em programas de televisão que foi dito sobre o presidente Hugo
Chávez não está nos livros" de jornalismo, comentou Garcia ironicamente.
Como
não há qualquer repreensão ou correção quanto às declarações de Garcia por
parte do governo Dilma, a conclusão é óbvia: o “chanceler paralelo” continua a
dar a última palavra quando o assunto é Venezuela e apoio a seus ditadores.
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