Ao
anunciar em sua conta do Twitter que havia promulgado a lei do Minha Casa
Melhor, programa que financia a compra de móveis e eletrodomésticos, a
presidente Dilma Rousseff atropelou nesta quarta-feira (16), seus subordinados
e incluiu produtos que ainda não estavam na cesta de itens definida pelo
governo.
Pela
manhã, numa série de publicações no microblog, Dilma elencou mercadorias que os
beneficiários do programa habitacional Minha Casa Minha Vida podem comprar a
juros subsidiados de 5% ao ano e prazos de até 4 anos para pagar. Entre os
eletrodomésticos, citou tablet e micro-ondas, dois itens que ainda não podiam
ser comprados pelo cartão. Na lista dos móveis, incluiu adquirir armário de
cozinha e rack.
A
inclusão desses produtos na cesta do programa estava em discussão e dependia do
aval do Conselho Monetário Nacional (CMN), que normalmente se reúne na última
quinta feita do mês.
Depois das mensagens de Dilma, porém, foi convocada para
esta quarta uma reunião extraordinária do CMN para chancelar as informações
dadas pela presidente a seus seguidores. O órgão é formado pelos ministros da
Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, e pelo presidente
do Banco Central, Alexandre Tombini.
No
Twitter, a presidente não informou que o programa seria ampliado, apenas listou
os itens como se eles já fizessem parte das opções. O anúncio da decisão do CMN
só foi feito depois das 19 horas. O Ministério da Fazenda informou, por meio de
nota, que a inclusão desses itens atende a uma demanda dos beneficiários.
O
CMN também subiu o limite para a compra de produtos que já estavam na lista -
máquina de lavar, cama de solteiro, mesa com cadeira, sofá e guarda-roupa. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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