Primeiro foram os líderes
dos partidos de oposição, como o pré-candidato para 2014, Aécio Neves, quem
apontaram os erros da proposta construída às pressas pela presidente Dilma
Rousseff para tentar aplacar as manifestações populares com um pacote de medidas
que incluía a reforma política. Agora, as críticas chegam do Poder Judiciário.
A constatação é de que a
proposta de se realizar um plebiscito para se decidir a reforma política no
país, além de ter um alto custo financeiro, seria inviável dentro do prazo que
Dilma deseja. A sua intenção é que todo o processo aconteça dentro de 90 dias
para que haja tempo hábil das mudanças já valerem a partir das eleições de
2014, quando ela própria enfrentará Aécio Neves.
Os últimos plebiscitos
realizados no Brasil mostraram que este prazo de 90 dias é totalmente irreal.
Tanto a consulta popular sobre o desarmamento quanto o processo de possível
divisão do Estado do Pará demoraram certa de seis meses para serem concluídos.
Alguns ministros do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) também são contra a proposta da presidente Dilma em
função do alto custo que o plebiscito iria gerar para o governo federal. Um
deles é o ministro Marco Aurélio Mello. Segundo ele, estes recursos públicos
poderiam ser “direcionados para melhorias de serviços essenciais, como saúde,
educação e segurança pública”.
Estima-se que o custo de um
plebiscito no Brasil giraria em torno de R$ 400 milhões aos cofres públicos, já
que o voto é obrigatório para os cerca de 140 milhões de eleitores.
Na próxima semana, Dilma
Rousseff deverá se reunir com os líderes da oposição. Ela já sabe que irá se
deparar com uma resistência contundente à proposta de plebiscito. Terá de ter
muita habilidade para contornar a situação, já terá pela frente, na mesma mesa,
o seu principal adversário para 2014 e presidente nacional do PSDB, Aécio
Neves.
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