O líder da oposição, Aécio Neves, comentou o pronunciamento
feito pela presidente da República, Dilma Rousseff, na última sexta-feira em
rede nacional de canais de TV. Numa clara tentativa de se livrar de qualquer
ônus das manifestações populares que tomam as ruas do país, ela tentou se
esquivar de explicar a responsabilidade do governo federal sobre diversas
reivindicações feitas pela população. E neste ponto, recebeu a dura crítica
tanto dos oposicionistas quanto de parte de sua base aliada.
Dilma nada disse sobre a corrupção em seu governo; a volta de
ex-ministros afastados por suspeitas de ilegalidade; a falta de compromisso com
uma reforma tributária ampla e irrestrita que poderia desonerar o custo de vida
do trabalhador brasileiro e tampouco assumiu a parte cabida ao seu governo e ao
do ex-presidente Lula em relação aos gastos com as obras de reforma e
construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014.
Neste ponto, a presidente foi ainda mais longe ao afirmar que o
governo federal não colocou recursos nestas obras. Uma mentira desmascarada
rapidamente pela mídia, que provou a aplicação sim de dinheiro do Tesouro
Nacional e de bancos estatais.
Dilma chegou próxima de simular uma completa ausência de
participação de seu governo nas obras dos estádios. Foi logo rebatida
ironicamente por Aécio Neves: “ela passou seis meses inaugurando
estádios como se fossem seus para agora dizer, erradamente, que não há recursos
federais”.
Para Aécio Neves, o pronunciamento de Dilma, além das mentiras,
foi carregado de oportunismo político. Em nota, o presidente nacional do PSDB
afirmou que a presidente da República “escolheu fazer um discurso que
reproduz o tradicional jeitinho de fazer política no Brasil: empurrando os
problemas para debaixo do tapete, fingindo que não tem nada a ver com o que
está acontecendo, que é tudo responsabilidade dos outros, que só não fez melhor
porque não foi permitido. Fez, assim, um discurso como se a população
brasileira fosse formada por alienados e desinformados”, escreveu o líder
da oposição, Aécio Neves.
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