O PSDB não
é um partido tranquilo. Aécio
Neves, um de
seus fundadores, sempre soube disso e nunca abandonou a legenda ou tentou ser
um sabotador de decisões majoritárias de seus pares. Soube ter calma durante
todos estes anos de vida da legenda, unir seus pares, agregar novos
companheiros e por isso, continua sendo uma liderança do partido sem manchas em
sua fidelidade partidária.
Por mais que nunca tenha deixado as especulações sobre seu nome como pré-candidato tucano à Presidência da República – o que ocorre desde sua reeleição ao Governo de Minas, em 2006 -, ele sempre se preparou para este momento e deixou claro que estaria à disposição do PSDB para o que a maioria decidisse. Foi engolido por velhos ranços partidários, interesses pessoais e regionais de outras correntes e até mesmo sabotagem interna a algumas propostas postas.
Agora, quando sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto se cristaliza e ele caminha para assumir a presidência do PSDB em maio deste ano, Aécio Neves têm demonstrado calma e serenidade, por mais que isso irrite a crônica política e o PT, ávidos por uma palavra ríspida do senador mineiro contra outros tucanos, como José Serra, por exemplo.
Quem conhece Aécio Neves e toda a sua trajetória política sabe que isso nunca acontecerá. Quando parte da direção do PSDB sepultou sua proposta de prévias partidárias em 2009, Aécio Neves foi a público retirar seu nome do cenário e declarar total apoio a José Serra. Por mais que várias legendas (PMDB, PPS, PV, PDT, PR, PP, DEM, entre outras) tenham corrido a Minas Gerais, oferecendo-lhe abrigo para se lançar candidato à Presidência da República no ano seguinte.
Agora, novamente, Aécio mantém a postura de respeito total ao seu partido e a seus companheiros de legenda. Porém, está mais maduro e tem tomado as rédeas das discussões com serenidade e muita habilidade.
O senador mineiro tem construído um projeto de governo baseado nas bandeiras históricas dos tucanos; tem conversando tanto com a base partidária quanto com todos os líderes regionais e quer organizar administrativamente a direção nacional do partido.
Por mais que a crônica e o PT queria o contrário, a fogueira dentro do ninho tucano tem poucos atiçadores. O mais provável é que tenham de lutar contra o vento da bonança que o PSDB soprará com Aécio Neves.
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