segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Globo: “Dilma diz que conceder 7,7% de reajuste para aposentados é marola eleitoral”


Dilma diz que conceder 7,7% de reajuste para aposentados é ‘marola eleitoral’

Ipojuca (PE) – A pré-candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, reconheceu nesta sexta-feira ser muito importante “recompor” o poder de compra dos aposentados, mas admitiu que o reajuste de 7,7% aprovado pela Câmara para aqueles que ganham acima do salário mínimo se trata, na realidade, de uma “marola eleitoral”, porque é muito fácil, segundo ela, “cumprimentar com o chapéu alheio”.

- Fomos o governo que deu o reajuste mais significativo aos aposentados: um aumento real de 74%. Isso é inquestionável.Considerando que mais de 70% dos aposentados recebem salário mínimo, estamos falando de um reajuste bastante significativo. Agora reconheço e o governo Lula reconhece, que eles tiveram perdas significativas, perdas reais mas antes do nosso governo. Não estou mais no governo para fazer uma avaliação do impacto fiscal. Mas tenho certeza que se tem uma pessoa que tem essa sensibilidade social é o presidente Lula – disse.

Ninguém pode dar o passo maior do que a perna ou cumprimentar com o chapéu alheio. Ela explicou como encararia a questão, se fosse presidente:

- Eu avaliaria com muito carinho qual é o pedido dos aposentados. Reconheceria as perdas. Agora, você só pode dar o que é possível. Eu não sei até onde o governo poder ir. Porque quanto à questão da situação financeira, ninguém pode dar o passo maior do que a perna ou cumprimentar com o chapéu alheio. Tenho certeza que Lula vai tomar uma decisão equilibrada, de quem governa olhando o povo brasileiro, ao contrário de outros que votaram o aumento de 7,7% só para fazer marola eleitoral. As pessoas precisam ter seriedade na sua conduta política. Nós temos coerência. Sempre fomos a favor dos aposentados e dos trabalhadores – acrescentou.

Depois, Dilma desculpou-se lembrando que já não integra mais o governo, e portanto não poderia falar por ele.

- Digo nós, por força do hábito. Mas o governo é (a favor dos aposentados).


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