O
presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva
nesta segunda-feira (5), em São Paulo, na sede do Sindicato Nacional dos
Aposentados.
A
seguir, a entrevista em que ele respondeu perguntas sobre reivindicações de
trabalhadores e aposentados.
Sobre o fator
previdenciário?
Recebi
aqui hoje, e fico muito feliz, uma extensa pauta de reivindicações dos
trabalhadores brasileiros, representados aqui pelo Sindicato de Aposentados e
outros sindicatos ligados à Força. Todos esses temas serão debatidos por nós
com absoluta transparência. Convidei o ex-presidente do Sindicato dos
Aposentados, o conhecido João Feio, para participar, ao lado do governador
Anastasia, da formulação das nossas propostas. Essa questão, assim como outras,
serão debatidas e obviamente avaliadas na sua extensão e nas suas
consequências.
O que há é uma disposição minha clara, e essa é razão de esse
gesto ter sido o primeiro sindicato em São Paulo que venho visitar, de incluir
demandas dos aposentados, da classe trabalhadora, nas discussões do nosso
programa de governo. Todos esses temas, sem exceção, e são cerca de 12
propostas, serão discutidos e debatidos. Sobre cada uma delas, durante a
campanha, nós teremos a nossa posição.
É possível conciliar a
agenda da ortodoxia fiscal com a agenda trabalhista?
Temos que fazer isso com a absoluta responsabilidade e acho que sim,
porque um dos objetivos maiores nossos, por exemplo, é acabar com a inflação. E
isso atende fundamentalmente ao trabalhador, ao que mais precisa. Quando eu
falo em recuperar a indústria, a quem isso atende?
Ao trabalhador, que está
vendo os empregos de maior remuneração indo embora. Quando falo em termos uma
política fiscal transparente, que resgate o emprego no Brasil, e os
investimentos também no Brasil, eu estou falando em voltar a crescer. Não
indicadores pífios, como hoje. Quando voltarmos a crescer, quem ganha? Ganha o
trabalhador. Acho que é absolutamente compatível. Agora, faremos tudo com a
absoluta responsabilidade – como, aliás, tenho agido ao longo de toda a minha
vida pública.
Sobre a fórmula de
reajuste do salário mínimo.
Essa
é uma conquista inexorável, que não é de um governo, de um partido. E nem pode
ser usada como instrumento de propaganda eleitoral. Tanto que existe um
projeto, que foi assinado pelo líder do meu partido na Câmara dos Deputados,
que estende, até 2019, o atual reajuste, com base na inflação e na média do
crescimento do PIB nos dois anos anteriores. Votamos isso no Congresso
Nacional. O que é equivocado é o governo usar isso em véspera de uma eleição
como se fosse uma bondade de um partido político. Não é. É uma conquista dos
trabalhadores.
Sobre a possibilidade de
flexibilização de leis no turismo.
Todos
os direitos dos trabalhadores serão garantidos. Eu tenho, na minha história, o
DNA de quem assinou a Constituição de 1988, que trouxe direitos fundamentais
aos trabalhadores. Todos os direitos dos trabalhadores serão garantidos. Se
houver alguma demanda de trabalhadores de determinado setor, será discutida com
eles, jamais contra eles.
Fonte:
Portal PSDB
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