Fonte:
Agência Minas
Os
registros de homicídios em Belo Horizonte caíram 15,1% nos dez primeiros meses
de 2013 em comparação ao mesmo período do ano passado. Enquanto de janeiro a
outubro de 2012 foram 649 mortes por homicídio na capital, em 2013 esta
estatística chegou a 551 registros. Desde junho, o acumulado deste tipo de
crime na capital tem se mantido em queda na comparação com o ano anterior. As
estatísticas foram publicadas no Boletim Mensal de Estatísticas da Secretaria de Estado de Defesa Social
(Seds) e já estão disponíveis no site da Seds.
Na Região
Metropolitana, também há queda de 1,6% dos homicídios consumados na avaliação
dos primeiros dez meses: foram 1.509 ocorrências entre janeiro e outubro de
2012 contra 1.484 em 2013. Já no Estado, há certa estabilização, com acréscimo
de 0,75% nos números. Foram 3.210 homicídios consumados no período de 2012 em
todo o Estado, contra 3.224 neste ano - o que representa 24 mortes a mais no
cálculo dos 853 municípios mineiros de janeiro a outubro.
Entre os
crimes violentos (agrupamento de sequestros e cárceres privados, roubos
consumados, extorsão mediante sequestro, homicídios tentados e consumados e
estupros consumados e tentados) e crimes violentos contra o patrimônio (roubos
e extorsões mediante sequestro), há aumento das estatísticas na comparação com
o acumulado de 2012. Entretanto, essa diferença de dados entre 2012 e 2013 tem
diminuído a cada mês. O secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz,
destaca uma lista de ações que estão sendo desenvolvidas para reprimir e
prevenir estes crimes e disse que espera estabilizar os dados até o final do
ano. Ele destaca ainda que os roubos tem “prioridade absoluta” nas ações
preventivas e repressivas desenvolvidas em Belo Horizonte até o final do ano.
Entre as
ações desenvolvidas, pode-se citar o aumento de operações realizadas pelas
polícias, em especial as Impacto e Divisas Seguras, que têm a parceria do
Ministério Público e polícias Rodoviária Federal e Federal. “Nestas operações
há expedição de mandados de prisão e cautelares de busca e apreensão, além de
abordagens de rua”, conta o secretário.
Rômulo
Ferraz também destaca a eleição de 13 municípios prioritários, que juntos
englobam a maior parte dos crimes violentos, para trabalhos do Igesp Focal – a
Integração da Gestão da Segurança Pública com métodos, reuniões e ações
priorizadas nestas cidades. “Entre as ações desenvolvidas, estão, por exemplo,
a identificação de um número específico de alvos para prisão, entre criminosos
que tenham praticado vários crimes, sobretudo roubos, e ainda estejam soltos”,
destaca Rômulo Ferraz.
O
secretário lembrou ainda que o efetivo das polícias está sendo ampliado, com a
contratação de 6 mil novos policiais civis, militares e bombeiros e que parte
das 3 mil novas viaturas adquiridas para as instituições já foi distribuída.
“Cerca de 700 novas viaturas já estão com as polícias na capital e no interior
e outras 2 mil serão entregues até janeiro de 2014”, ressalta.
Legislação
De acordo
com o secretário, uma das dificuldades na redução da taxa de crimes violentos
contra o patrimônio é a legislação vigente, que dificulta o acautelamento dos
praticantes de roubo, levando-os a reincidência. “Muitas vezes o mesmo
praticante de roubo é preso por cinco, dez vezes consecutivas”, afirma.
Na
demonstração de como as polícias de Minas estão sendo atuantes na prisão de
suspeitos, o secretário salienta o balanço de prisões do primeiro semestre
deste ano, que foi 13,26% maior que no mesmo período do ano passado.
Foram realizadas 5.534 prisões de suspeitos a mais em todo o Estado no primeiro
semestre deste ano que no mesmo período do ano passado. As detenções passaram
de 36.205 nos seis primeiros meses de 2012 para 41.739 no primeiro semestre de
2013.
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