Fonte: Portal PSDB MG
O
presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), votou, nesta
quarta-feira (13), pelo voto aberto em todas as deliberações do Congresso
Nacional. A PEC 43, de 2013, que institui o voto aberto, foi aprovada por 54
votos a 10 em 1º turno.
Aécio
Neves ressaltou que seria importante manter a análise de vetos presidenciais de
forma fechada, mas que, como a votação da PEC estabelecia o fim do voto secreto
ou sua manutenção em todas as votações, defendeu o voto aberto em todos os
casos.
Abaixo, transcrição de
fala do senador durante votação.
“Ouvimos
durante toda a tarde e início da noite as mais variadas manifestações e todas
elas têm que ser respeitadas. Até porque argumentos existem de todos os lados.
Não gostaria de pecar pela omissão.
Preferiria
que tivéssemos oportunidade votar o voto aberto nas situações previstas,
podendo haver manifestações favoráveis ao voto aberto em determina
circunstância e, eventualmente, em outras não.
Estou
votando pelo voto aberto, já que essa é a opção e me parece o caminho mais
adequado. Mas não quero deixar de registrar de forma clara e manter a coerência
do meu pensamento. E todos devemos ser julgados pela coerência dos nossos
pensamentos e atitudes.
Fui
presidente da Câmara dos Deputados, líder por vários mandatos, parlamentar por
16. Chego hoje ao Senado. Acho que o voto aberto na grande maioria dos casos é
absolutamente necessário, um instrumento de conexão maior do Parlamento, dos
representantes com seus representados.
Mas
continuo compreendo, e essa era minha posição pessoal, que em relação aos vetos
presidenciais o voto secreto é uma defesa do Parlamento e da consciência do
parlamentar contra pressões e manipulações do governo, do poder central. Em
todos outros casos, inclusive votação para indicação de autoridades, acho que
há um sentimento comum de que deve ser aberto. Não vejo o menor problema ou
qualquer tipo de constrangimento que possa haver.
Mas
em relação ao voto, parlamentar que sou, que tem defendido incessantemente as
prerrogativas dessa Casa – aprovamos apenas um instrumento novo durante esse
dois anos e meio na direção do fortalecimento do Parlamento, que foi decisão
tomada de que a partir de agora os vetos, após 30 dias, são colocados em
votação –, infelizmente, ao não termos o voto preservando o parlamentar,
certamente o poder central poderá comemorar hoje a manutenção de todos os seus
vetos.
Não
haverá força no Parlamento, infelizmente, para derrubar qualquer veto, em razão
das pressões que conhecemos, exercida pelo Executivo.
Voto,
portanto, pelo voto aberto nas condições que o regimento agora nos oferece, em
todas as situações. Mas fica meu registro que perdemos a possibilidade, com
voto aberto para vetos, perdemos parcela das prerrogativas do Parlamento
brasileiro”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário