O
presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou a nota oficial
do PT que classificou o julgamento do mensalão como "político" neste
fim de semana. Segundo o tucano, a interpretação "não contribui para a
democracia".
"Não
foi um julgamento político", disse Aécio nesta segunda-feira (18) durante
evento em Poços de Caldas (MG). "O que eu lamento, e falo agora como
presidente nacional do PSDB, é o presidente nacional do PT ter confundido uma
decisão da Suprema Corte brasileira com uma ação política", completou o
mineiro em referência ao petista Rui Falcão.
Na
última sexta-feira (15), o STF (Supremo Tribunal Federal) expediu mandado de
prisão para alguns dos condenados no mensalão, entre eles, o ex-presidente do
PT José Genoino e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Falcão
divulgou nota em nome do partido classificando o julgamento como
"político". Os petistas presos também afirmam que são "presos
políticos numa democracia". Aécio ponderou que "ninguém comemora
prisões ou sofrimento de quem quer que seja". No entanto, o provável
candidato do PSDB à Presidência da República em 2014 disse que as prisões
acabaram com o "sentimento de impunidade no país".
Questionado
sobre a postura do STF frente ao mensalão mineiro, que deve entrar em pauta no
próximo ano para julgar irregularidades nas finanças da campanha de reeleição
do então governador Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998, Aécio afirmou que "o
que serviu para este caso [mensalão do PT] deve servir para todos os
outros".
Aécio
participa de evento em Minas Gerais acompanhado do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso e dos oito governadores tucanos, além de vários dirigentes do
partido. O objetivo, segundo ele, é celebrar os 30 anos da assinatura do
documento em apoio às Diretas Já! pelos então governadores Tancredo Neves e
Franco Montoro, e lançar o "Federação Já". O tucano diz que é preciso
"fortalecer os Estados e municípios do Brasil". (Folha Poder)
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