quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Na TV, Aécio Critica 'Paternalismo' do PT e faz Aceno a Alckmin


Fonte: Folha de São Paulo

O programa do PSDB que vai ao ar na noite desta quinta-feira em rede nacional de TV faz uma crítica à condução da economia, à falta de investimentos em infraestrutura, às obras federais paradas e ao "paternalismo'' dos governos do PT.

Aécio Neves é o único protagonista do programa, o que mostra que o discurso segundo o qual o partido poderia realizar prévias para escolher o candidato à Presidência não condiz com a realidade do tucanato hoje.

O mineiro faz um aceno ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, único dos governantes tucanos citados como bom gestor, cuja experiência nas escolas técnicas é mostrada como exemplo.

O programa, realizado pelos marqueteiros Renato Pereira e Chico Mendez, da Prole, segue a fórmula usada no primeiro semestre, de ''conversa com os brasileiros''. De ônibus, Aécio viaja ao interior do Ceará, a Campina Grande, ao interior de Mato Grosso e à capital paulista para falar com personagens que enfocam críticas ao governo Dilma Rousseff.

A feirante de Campina Grande reclama do preço dos alimentos, que reduziu seu lucro. O sertanejo mostra as obras inacabadas da transposição do rio São Francisco e diz que perdeu a esperança de que seus netos vejam uma solução para a seca no Nordeste.

Os grandes agricultores matogrossenses se queixam da dificuldade de escoar a produção, que bate recordes.

Nesse ponto, Aécio faz uma ironia com um dos slogans do marqueteiro João Santana, que costuma usar nas propagandas petistas a ideia de que a vida das pessoas mudou ''da porta de casa para dentro'' nos governos do PT, mas precisaria mudar da porta para fora.

Aécio diz aos ruralistas que ''da porteira para dentro'' o Brasil bate recordes de produção, mas da porteira para fora há problemas de logística que impedem o crescimento da agricultura.

O mote usado nas inserções partidárias, segundo o qual ''quem muda o Brasil é você'', permeia tanto as histórias dos personagens quanto o discurso do presidenciável tucano, que, em conversa com jovens da periferia paulistana em que são abordadas as manifestações de junho, diz que tem uma visão diferente do PT sobre o papel do Estado.

"Tenho uma visão menos paternalista que essa que está aí'', diz ele. Para o tucano, o Estado tem de dar ''condições'' para as pessoas empreenderem, ser ''parceiro'', numa crítica indireta ao assistencialismo de programas como o Bolsa-Família.

Nenhum comentário:

Postar um comentário