quinta-feira, 23 de maio de 2013

Aécio Neves 2014: Dilma se Nega a Propor Novo Código da Mineração

Aécio Neves ganha mais munição para 2014. E a doadora, incrivelmente, é a sua principal adversária no embate eleitoral que será travado no próximo ano: a presidente da República, Dilma Rousseff, candidata declarada à reeleição.

E a provisão é das fortes: mais uma vez, Dilma se negou a formular e enviar ao Congresso Nacional uma proposta para reformular o código da mineração. A demanda é histórica e foi fruto de promessas da própria presidente desde 2010.

O novo código da mineração colocaria novas normas para a pesquisa e exploração de minérios no Brasil. Ele também mudaria a Compensação Financeira sobre Produtos Mineirais (Cfem), o chamado royalty da mineração. Hoje, para o minério de ferro, por exemplo, se cobra 2% sobre o lucro líquido das empresas extrativistas, uma alíquota muito abaixo do que outros países exportadores da commodity estipulam.



O senador Aécio Neves é um dos maiores defensores da revisão do código da mineração. Sempre alertou para a baixa compensação que é dada aos estados e municípios exportadores de minério de ferro..

Chegou a apresentar projeto no Senado Federal propondo a mudança da Cfem de 2% sobre o lucro líquido das mineradoras para 4% sobre o faturamento bruto. Por motivos políticos e não técnicos, a presidente Dilma foi contra o projeto do senador do PSDB.

Há dois anos, a presidente faz promessas em relação ao novo código da mineração. Não cumpriu nenhuma delas. Depois que vetou a proposta de Aécio Neves, ensaiou uma comissão do governo federal para estudar um texto que seria enviado agora no primeiro semestre de 2013 ao Congresso Nacional.

A notícia agora é de que Dilma Rousseff desistiu de propor um novo código da mineração. Tem medo do debate no Legislativo, uma característica que deixou evidente no episódio da MP dos Portos.

A bandeira dos estados e municípios mineradores continua empunhada. O PT parece abandoná-los, mas terá de se explicar em 2014, quando será cobrado mais uma vez por Aécio Neves.

Nenhum comentário:

Postar um comentário