Cemig gasta R$ 400 mi por fatia maior na Light
Fonte: O Tempo
Operação contou com investidor privado e envolveu R$ 1,6 bilhão
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) aumentou sua participação no grupo de controle da Light, a concessionária de energia do Rio de Janeiro, de 26,06% para 32,58%. A operação, considerada o principal investimento em ativos da Cemig neste ano, vai custar R$ 400 milhões aos cofres da estatal mineira, que tem em caixa R$ 2,7 bilhões para investimentos e aquisições. O diretor de finanças e relações com investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, informou ontem que a operação estará totalmente concluída em 120 dias, depois da Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) de sócios minoritários.
Ele afirmou que a Cemig não precisou se endividar no negócio. “Foi uma parceria com os investidores que bancaram 75% do investimento e a Cemig só 25% (R$ 400 milhões), que foi do próprio caixa. Os investidores entraram com R$ 1,2 bilhão”, disse Rolla. No total, R$ 1,6 bilhão foi gasto na operação.
O bloco de acionistas da Light fica dividido entre o grupo de controle que detém 52%, o novo mercado com 32% (acionista da Bolsa) e BNDESPar com 15%. A Cemig está no grupo de controle do qual faz parte também a SPE Parati. “A maneira que encontramos de não estatizar a Light foi fazer uma parceria cominvestidores financeiros. Fizemos uma empresa na qual temos participação pequena de 25% e os outros investidores têm 75%”, explicou Rolla.
O executivo explicou que são investidores privados que têm interesse na gestão da SPE Parati, sem citar os nomes. Rolla lembrou que o mesmo procedimento aconteceu quando foi constituído o Fip Coliseu para a compra da Taesa pela Cemig.
BALANÇO
Vendas fazem lucro crescer
A Companhia Energética de Minas Gerais ? Cemig divulgou, também ontem, que seu lucro líquido consolidado atingiu o patamar recorde de R$ 526 milhões no primeiro trimestre de 2011. Segundo o presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, “os excepcionais resultados se devem ao portfólio de negócios equilibrado e de baixo risco da empresa”.
A receita operacional líquida da companhia somou R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre de 2011 frente a um faturamento líquido de R$ 2,9 bilhões no mesmo período em 2010. Da mesma forma, a geração de caixa, medida pelo Lajida (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,3 bilhão, alta de 11%. O diretor de Finanças e Relações com Investidores, Luiz Fernando Rolla, explica que “no primeiro trimestre, a empresa continuou a apresentar uma geração de caixa consistente como resultado das operações que buscam agregar valor ao acionistas”.
As vendas totais da Cemig, no primeiro trimestre de 2011, somaram 17.981 GWh, um aumento de 16% em relação aos 15.504 GWh apurados no primeiro trimestre de 2010. Esse resultado foi impulsionado pelo segmento industrial, com crescimento de 12% nas vendas. O consumo residencial, segmento que perde apenas para a área industrial em participação nas vendas diretas da Empresa, cresceu 21% no trimestre, para 2.831 GWh.
No acumulado do ano, até o dia16 de maio, as ações preferenciais (CMIG4) e ordinárias (CMIG3) da Cemigapresentaram uma expressiva valorização de 22% e de 25%, respectivamente. (HL)
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