Crise no Cefet
Fonte: Coluna de Raquel Faria – O Tempo
Por determinação do MEC, o Cefet-MG está demitindo todos os seus 370 professores contratados. Só deverá manter os efetivos. A ordem significa um corte brutal de mais de um terço do corpo docente. E foi comunicada na sexta-feira aos funcionários pelo diretor da instituição mineira, Flávio Santos. Se mantida, a decisão colocará em risco atividades no Cefet: há cursos em que 80% dos professores são contratados – e vão embora.
Outros tempos
Na alegação do MEC, o Cefet extrapolou o limite para contratação de professores sem concurso, que é de 20% do quadro. Em sua defesa, a instituição justifica que passou do limite porque o MEC não autorizou concursos para suprir novos cursos e unidades abertas no governo Lula. Ou seja, o Cefet flexibilizou a regra para atender a política oficial de expansão do ensino técnico. Porém, mudaram o governo e as prioridades. Agora, em tempo de cortes orçamentários, o MEC quer aplicar com rigor a norma que antes era conveniente ignorar.
Muito estranho
A ordem do MEC é uma freada brusca e violenta na instituição que vinha crescendo e se interiorizando com força. E ocorre em momento de grandes investimentos em Minas, quando o mercado enfrenta ameaça de um apagão profissional. Para tornar tudo mais esquisito, correm rumores sobre desavenças entre o diretor mineiro e o ministro da Educação: defensor da transformação do Cefet em universidade tecnológica, Flávio Santos teria enfrentado Fernando Haddad quanto este quis fazer da instituição mineira um instituto como outros que funcionam no país.
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