quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dilma abandona o barco de Hélio Costa em Minas: Não tenho pretensão nenhuma de resolver situação eleitoral em lugar algum, disse


Dilma, em relação aos aliados em Minas e São Paulo, diz que não tem pretensão de resolver situação eleitoral em lugar algum

BRASÍLIA. Sob pressão para tentar mudar o quadro, junto com o presidente Lula, das disputas em Minas e São Paulo, a candidata Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que não tem pretensão de resolver a dificuldade de aliados nas disputas regionais. Em Minas, o senador Hélio Costa (PMDB) foi ultrapassado pelo governador tucano Antonio Anastasia no Ibope. Em São Paulo, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) está distante do ex-governador tucano Geraldo Alckmin. Dilma prometeu empenho, mas relativizou sua influência.

- Eu sou mais modesta. Não acho que eu resolvo o problema. Eleição é uma coisa que tem suas características. Cada estado tem a sua característica. Não tenho pretensão nenhuma de resolver situação eleitoral em lugar algum – disse a candidata. – Tenho a pretensão de fazer campanha e de ajudar aqueles que são meus parceiros. Sem achar que eu tenho esse poder, eu vou me empenhar tanto na eleição de São Paulo como na eleição de Minas. Mas não vou descuidar de outros estados.
A afirmação de Dilma foi interpretada como recado para os aliados diminuírem a cobrança. Na mesma linha, Lula mandou recado de que não vai aceitar pressão ou ser responsabilizado por eventuais derrotas de aliados. Mesmo sobre possíveis derrotas de candidaturas forçadas pelo PT e pelo Planalto, Lula não aceita cobrança. O presidente fará esforço pelos aliados nos estados no limite em que esse empenho não prejudique a candidatura de Dilma.

A coordenação nacional identificou que cresceu no eleitorado mineiro e até mesmo entre os prefeitos de Minas o voto “Dilmasia”, em Dilma e Anastasia. Diante disso, avalia-se que é preciso ter cuidado com a forma como Lula atuará em Minas. Segundo um ministro, o mesmo cuidado ocorrerá em outros estados. Em São Paulo, já foi identificado o “Dilmin”, voto em Dilma e Alckmin. A preocupação é encontrar o tom para não abandonar Mercadante, que só saiu candidato a pedido de Lula.


Fonte: Gerson Camarotti – O Globo

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