quinta-feira, 4 de março de 2010

Cidade Administrativa, Economia Prevista é de R$ 80 Milhões

A mudança no desenho da geografia do poder em Minas torna hoje um dia histórico para o Estado e para Belo Horizonte. Será inaugurada nesta manhã, com a pompa que o projeto exige, a Cidade Administrativa Tancredo Neves, nova sede do governo. A data escolhida é a do centenário de nascimento do ex-presidente, eleito indiretamente em 1985 com a missão de reconduzir o país à democracia, se a morte inesperada não o impedisse de tomar posse.

Após 113 anos, o núcleo do poder mineiro deixa a praça da Liberdade e passa a se abrigar nos edifícios modernos e imponentes projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Localizada a 20 km do berço da capital mineira, a Cidade Administrativa finca o nome do governador Aécio Neves não só na história, mas em uma região carente de investimentos públicos, o chamado vetor Norte.

A nova sede vai abrigar, num só local, as 18 secretarias de Estado e 25 órgãos do governo, que, hoje dispersos na região Centro-Sul de Belo Horizonte, geram altos custos com aluguéis e manutenção. A expectativa é que a mudança para o novo complexo gere uma economia de pelo menos R$ 80 milhões atuais ao Estado.

A nova sede, construída em apenas 26 meses, foi orçada inicialmente em R$ 500 milhões, mas custou R$ 1,2 bilhão. Porém, sua concepção é balizada na promessa de redução de custos, eficiência na prestação de serviços e desenvolvimento econômico regional.

Referência. Apesar de ser batizada com o nome do ex-presidente Tancredo Neves, avô do governador, a Cidade Administrativa traz à tona a figura de Juscelino Kubitschek. O desenvolvimento de uma obra grandiosa, assinada por Niemeyer, é algo a que Belo Horizonte assistiu na década de 40, com a criação da Pampulha, e também o país, com a transferência do governo federal do Rio para Brasília.

Mesmo evocando o passado, os edifícios que são inaugurados hoje foram concebidos em acordo com conceito e tecnologia sustentáveis. O governo espera reduzir em 90% seu atual consumo de água e economizar R$ 10 milhões anuais em sua demanda de energia elétrica.

Fonte: Jornal O Tempo

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