Fonte: Hoje em Dia
O Estatuto do Idoso, lei que
garante os direitos das pessoas com mais de 60 anos no Brasil, ainda não é
colocado em prática. Um dos pontos desrespeitados é a capacitação de cuidadores
de idosos. O governo federal se comprometeu a formar, até o fim deste ano, 150
mil para atendimento gratuito à população carente. Mas cumpriu apenas 1% da
meta, ou seja, 1.500.
A informação é do presidente
do Centro Internacional de Longevidade no Brasil e ex-diretor do Departamento
de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS), Alexandre
Kalache Ele avalia que não houve muito o que comemorar, ontem, Dia Mundial do
Idoso. Nessa mesma data, o estatuto completou dez anos.
Caso a promessa do governo,
via Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI), fosse cumprida, mais idosos
belo-horizontinos em situação de vulnerabilidade social poderiam ser atendidos
por profissionais capacitados. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência
Social, há 135 cuidadores atuando pelo programa Maior Cuidado, para atender a
453 pessoas.
"Não há recursos
federais para capacitar e contratar mais profissionais", afirma a
coordenadora da Coordenadoria de Direitos da Pessoa Idosa, Maria Fontana.
Para Alexandre Kalache, a
capacitação de cuidadores, principalmente para atuação social, evitaria que
idosos carentes fossem encaminhados para instituições especializadas de longa
permanência, que têm custo alto para o governo e baixa qualidade para os
internos.
O presidente da Associação
dos Cuidadores de Idosos de Minas Gerais (ACI-MG), Jorge Roberto Silva, luta
para a regulamentação da atividade como profissão.
O Conselho Nacional dos
Direitos do Idoso (CNDI) não respondeu ao quesrionamento sobre a meta de
capacitação de cuidadores. Registrou, no entanto, a assinatura de um decreto da
presidente Dilma Rousseff, na segunda-feira, estabelecendo o Compromisso
Nacional para o Envelhecimento Ativo.
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